segunda-feira, 11 de abril de 2016

REFLEXO.



Ainda estou com aquela impressão de que algo muito ‘grande’ adveio durante a semana retrasada. De que tudo sugerisse resultados iguais era esperado, mas não foi assim. Nunca vi um montão de pessoas tão sincronizadas, que nem precisavam abrir a boca para se conhecerem. Havia uma ‘conexão’ espiritual, apesar das óbvias diferenças.

Estava, em um desses dias, olhando o mesmo menino brincando com as suas pedras, ver Rolling Stones, quando ouvi comentários preconceituosos. Eu não estava dando atenção, mesmo porque eram ideias falhas, por falta de conhecimento.

Pouco antes estavam discutindo o prazer de caçar e os modos de destrinchar animais, mesmo sendo eles recém-nascidos. Para um vegetariano, o extraordinário eram as coincidências.

Mas algo imprevisto aconteceu, mencionei um pormenor que havia descoberto sobre crianças deficientes – mentais, neste caso. Acreditava que eram espíritos que renasciam assim por terem sido ‘culpados’ por atos contra a vida – independente de se eles estavam cientes ou não do processo, seguiriam o carma. Então, eu disse – e pensei que estava falando alto ou para quem não entenderiaque tais nascimentos eram realizados por espíritos ‘evoluídos’ que se predispunham a ensinar seus familiares a crescer. E os homens que discutiam sobre assuntos mundanos, confirmaram para o meu espanto.

Passei anos acreditando que espíritos ‘ruins’ eram castigados desta forma. Tanto que o fato de eu permanecer doente se deve a esta crença, de que estou depurando males cometidos através de enfermidades ou demais dificuldades. Causa e efeito.

Mas se você pensar, Deus jamais castiga, portanto somente a consciência pode definir as regras. Somos muito mais do que nossos egos ditam, por trás existe um ‘eu’ muito mais capaz. Quero dizer, somente espíritos muito evoluídos conseguiriam suportar tais obstáculos visando, não somente sua própria evolução, mas daqueles que são caros. Mesmo que durante o processo ‘ele’ seja execrado e odiado.

O que me fez sentir um pouco mais ‘calmo’, pois talvez eu tenha percebido o quanto sou importante para quem amo. O peso se transformou em lição. De uma hora para outra eu percebi que, se a minha história parece ‘errada’, é porque tem seus pretextos. Todos sabemos, mas estamos jogando para ganhar.


Olhei para o menino com orgulho. Obrigado.

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