segunda-feira, 25 de abril de 2016

É 'FÉ LOUCA' [3]



Passo 3.

Não é tão difícil compreender, em palavras, o que realmente significa ‘fé louca’. O problema está em querer perceber o que tais palavras querem dizer. E mesmo que existam pessoas crentes de que sabem, poucos conseguem por em prática.

Claro é dizer que, paradoxalmente, esta fé se baseia em ações não-lineares. Digo, a ação A que deveria seguir-se à B levaria a C. Contudo esta ‘fé louca’ não se baseia em uma imutabilidade temporal, mas em uma ‘regra’ que já se propagou aos quatro ventos.

Muito se diz da ‘força do pensamento’ e de suas potencialidades. E muito se diz do quanto o pensamento tem uma força visível. Por vezes chamamos de sorte ou azar, mas estas impressões tendem a ser a ponta do iceberg. As coincidências são os primeiros estágios em que algo impossível pode acontecer. Assim como a fé que pode gerar ‘milagres’.

Mas aí é que as coisas começam a se complicar, porque para que tais coincidências se tornem ‘meios hábeis’ é preciso colocar ‘a carroça diante dos bois’, ou seja, admitir o inacreditável e admitir que ‘toda a oração é só um reflexo da alma tentando revelar o desejo que se aproxima’.
Pois estamos acostumados a pensar que são as ‘orações’ que concretizam os desejos. Ou São Mateus estava errado ao dizer: porque Deus, o vosso Pai, sabe tudo de que tendes necessidade, antes mesmo que lho peçais.

Para me entender você teria que ler muitos livros e ver muitos milagres e, sobretudo, correlaciona-los. Mas eu percebi que tais tentativas de acionar a ‘fé louca’ existe com muitos nomes diferentes. E principalmente pelas combinações destes. É impossível precisar uma metodologia, por isso é tão difícil aceitar eventos não-científicos.

E surgiu uma ciência de transição chamada ‘física quântica’ que, apesar de ser complicada de explanar é o primeiro passo para se entender a ‘fé louca’. Por mais que eu tente estabelecer um gráfico linear que pudesse explicar a base das minhas experiências e compreensões sobre como acionar a ‘fé louca’ eu não consigo. Um bom exemplo seria criar um ‘mapa mental’, mas mesmo assim não conseguiria criar ou recriar a ‘fé louca’ pois ela dependerá das informações já estarem em si, como um sistema operacional. Tais dados se unirão às informações e gerarão reações.

O que posso adiantar é que é preciso ‘extinguir o ego’ para que este processo se inicie, ou seja, remover quaisquer crenças ou ideias preconceituosas que bloqueie a fé[s]. Sobretudo aquelas cimentadas em religiões firmemente imutáveis em suas ideias deturpadas pelas razões humanas em querer entender e propagar impressões ou, aquelas que querem moldar tudo aos olhos das descobertas – partidárias – reveladas pela ciência. Resumindo, acreditamos naquilo que querem que acreditemos, conforme a autoridade dita.

Existe um momento em que a fé é ‘desacreditada’. Devo admitir, por mais que eu afirmasse ter fé, bastou ouvir que a minha fé era pouca que eu desmoronei. [AMOR EXISTE?] E só resta reescrevê-la. Por um tempo tentamos rever outras ideias, mas acabamos voltando á estaca zero. Minto, novas ideias ficam armazenadas no subconsciente esperando o momento em que ‘fé’ e ‘amor’ passam a fazer sentido como eles são descritos pelos sábios e preferimos escolher os que pouco se preocuparam em compreender...

Então a ‘fé louca’ não é tão alucinada assim. É só uma questão de reaprender o que é ‘fé’ e para isto você só precisa prestar atenção no que as religiões dizem usando algumas verdades que ouvimos muito, mas pouco compreendemos.  “Quando criamos uma conexão viva e constante com Deus, automaticamente nos conectamos com toda a família global. E o resultado disso é que passamos a receber cooperação de todos, não apenas daqueles que foram beneficiados com a nossa ajuda. Assim funciona a maquinaria divina. Quando elevamos a consciência em direção ao Supremo, nos conectamos com toda a criação. Como resultado, tudo de melhor vem a nós. O método para isso é criar um relacionamento vivo com Ele baseado no amor, na honestidade e na confiança”. Brahma Kumaris.

Portanto a fé só é louca quando nos desvencilhamos das explicações ditadas pelos homens e pela história, parece ser cega, mas ela acredita em Deus, não pelas razões que pensamos acreditar, mas por algo aparentemente indefinível. Percebo que este terceiro passo precisa de mais ‘explicações’ porque somos movidos pela razão.

“É tolice e desnecessário a uma pessoa continuar sofrendo simplesmente porque não alcançou a iluminação, quando esperava alcançá-la. Não há insucesso na iluminação, portanto a falha reside nas pessoas que, durante muito tempo, procuraram a iluminação em suas mentes discriminadoras, não compreendendo que estas não são as verdadeiras mentes, e sim, falsas e corrompidas, causadas pelo acúmulo de avidez e ilusões toldando e ocultando as suas verdadeiras mentes. Se este acúmulo de falsas divagações for eliminado, a iluminação aparecerá. Mas, fato estranho, quando os homens atingirem a iluminação, verificarão que, sem as falsas divagações, não poderá haver iluminação”. Buda compreende que, mesmo que estejamos em ilusão, sem as ilusões – ou falsas divagações – não poderíamos entender a realidade.

Por isso é que é difícil de delinear ‘fé louca’, porém vou tentar exemplificar quando ela se torna incrivelmente simples.

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