sábado, 23 de abril de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 20



Se todo mal passa pelo crivo da bondade de Deus então, estou sendo sarcástico ao desconfiar que tudo que percebo é uma casualidade desconexa e incontrolável que não pode ser cuidada por Deus. E se eu me fixo em aceitar este acaso como parte do ‘processo’ logo penso que deve ser o destino.

Oras, se o destino impõe que o ‘mal’ precise existir como uma penitência aos nossos erros – lei de causa e efeito ou carma –, não teríamos porque sofrer, tudo já está determinado a ser assim. Mas se o fatídico livre-arbítrio dita que temos controle sobre as ações, então Deus nada faz por nós senão esperar por orações e arrependimentos antes de ‘conceder’ qualquer benefício ou milagre. Quando foi que conseguimos acreditar nestas infantilidades?
Esqueça que Deus é um velho barbudo que só se preocupa em vigiar cada ser humano e julgar. Alguns O definem como o Tudo e o Nada, ou seja, toda a matéria e além. Se percebermos que Deus está em cada partícula que nos rodeia e está em nós, entenderemos porque o ‘mal’ é criação de nossas mentes e porque achamos que Deus o criou, somos Ele.

Isso soa absurdo porque achamos que não podemos ser uma fração de Deus, por isso alguns conseguem realizar coisas incríveis quando descobrem esta Verdade. Não estou aqui para convencê-lo disso, mas confiar em Deus é, sobretudo, confiar em si mesmo. Muitos percebem a grandiosidade, mas não sabem usá-la, pois estão imersos em crenças absurdas que ditam que devemos temer ou acreditar no ‘mal’ como se ele fosse maior.

Onde ficou a certeza de que Deus é perfeito? Será que O criamos a nossa imagem e semelhança imperfeita? Se todo mal passa pelo crivo da bondade dEle é porque queremos fazer uso do ‘mal’ a nosso favor. E Ele permite porque é um grande instrumento do ser...

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