terça-feira, 23 de abril de 2013

confrontando dragões.

Então eu me encontrei, estava diante das minhas sombras. E ela me dizia:

— Porque foram eles os culpados, destruindo os nossos sonhos de criar um mundo perfeito. De não aceitarem os nossos termos e não nos escutarem. Que nós poderíamos ter acabado com a guerra. Que as nossas palavras poderiam mudar os sentimentos e os pensamentos, talvez o mundo. — ecos de uma vida passada que insistia em ditar as regras. — Foram eles que destruíram a nossa autoconfiança, impedindo-nos de... 

— Então... Você já sabe. — precisei de todas as minhas forças e minhas convicções para dizer isto sem pestanejar. 

— O que você quer dizer? 

— O que eu decidi antes! 

— Não me lembro. — ele estava fraquejando e a sua estúpida audácia estava se transformando em medo. O medo que reagiria com violência, se necessário.

— Não aja como se não soubesse. Bom, não importa. Este lugar supostamente mostra a verdade em nossos corações. Então, eu vou me concentrar no que eu quero te mostrar. — O meu corpo adquiriu uma luz inebriante e este poder me deu autoconfiança inabalável, expressei este estado de iluminação com um sorriso alegre e sem obstáculos. — Não foram as pessoas que nos impediram e não foram elas que destruíram os nossos sonhos. Nunca foram elas. Desde o princípio, o único culpado pelos sofrimentos, sou eu. É natural que desejemos grandes realizações, capazes de provocar admiração e júbilo. Contudo são as de pequeno valor que aprimoram o caráter e contribuem para a saúde emocional. Quando não se supera os desafios, considerando-os como obstáculos, acaba se transformando em um empecilho e adapta-se. Torna-se acomodado e conformado. Por isso eu peço o seu perdão. Esta é a minha meta, o nosso destino. 

— Ora, seu... Quem se importa se agora você pensa ser o culpado? Todos só estão te usando. Eles mentiram para nós esse tempo todo. Fazendo regras e nos tratando como idiota. Não se recorda?! Era tão difícil e doloroso. — por mais estranho que parecesse, eu sentia a sua dor que era minha também. Percebi que ele estava muito magoado. — Eu sou o único que te entende. Não confie em ninguém! 

— Sim, elas são importantes. Mas tem outra pessoa em que eu preciso confiar primeiro. Preciso confiar em mim mesmo. Preciso confiar no “eu” que todos acreditam. Confiar e acreditar em todas as lições que foram oferecidas através das pessoas, obstáculos, desafios e da doença. — compreendi a magnitude de nos submetermos ao nosso deus interior. Como disse Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses? Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai.

Livro das Cinco Sombras, pag.206 - http://meioshabeis.blogspot.com.br/p/contato.html


sexta-feira, 19 de abril de 2013

aonde mesmo eu quero chegar?!



Estou em um período de implosão. 

Não sei ao certo se estou tentando me convencer de que as minhas alternativas serão plenamente alcançadas ou se não passam de uma impressão vaga que me persegue. Na verdade, eu tive provas mais do que exatas de que o destino interfere nas nossas vidas, mas como ela se comporta, ainda precisa de alguns ajustes que extrapolam o pensamento cartesiano. Falar de destino é assumir duas posições: a de que tudo foi predestinado ou “quem estamos querendo enganar com este papo?” Mas existem outras variações. Outras ferramentas e outras percepções da realidade que me fazem afirmar que o destino não importa, pois ele nos controla e nós o controlamos. Parece uma incongruência infantil admitir que algo possa criar e ser criado ao mesmo tempo. Não queiram entender.


O importante é rever a nossa realidade, não nos deixando levar pelas informações externas que controlam os nossos sentimentos, que são essencialmente medos. E aceitar que os obstáculos servem a um propósito pessoal e intransferível.