terça-feira, 29 de abril de 2014

FRUSTRAÇÃO


Em algum momento nos deparamos com a frustração, e ela nunca está só, vem acompanhada da raiva e da arrogância. Aliás, é o fracasso disfarçado de vítima. Frustramo-nos porque queremos culpar alguém ou algo e não achamos, e então o “subconsciente” discretamente assopra em nossos ouvidos: Só sobrou você! Se não achou culpados, o problema está contigo.

Deste modo, frustração é raiva de si. Frustra-se porque é incapaz e sua arrogância dita que não. Não consegue equilibrar a raiva e a arrogância que se digladiam em nome da verdade. Era mais fácil culpar os outros, mas se sua incapacidade já fizer parte dos seus padrões de pensamento, não lhe restará outra opção senão transformar a frustração em depreciação de si mesmo.

Frustramo-nos porque não sabemos e não reconhecemos que somos capazes de “reescrever” as ideias errôneas que acumulamos em nosso inconsciente e chamamos estas ações engessadas de hábitos e certezas, crenças e preconceitos, impossibilidades e injustiças. O erro não está em admitir tais incapacidades que nos foram ditas e impressas em nós, mas em não aprender que tais incapacidades foram meios para se atingir experiência e, assim sendo, incapacidades que deveriam ser descartadas.

Mas o medo nos impede de eliminar as “incapacidades” porque elas estão incorporadas em nós e assumiram o status de “modo de segurança”. O Papa João XXIII disse: “Consulte não a seus medos, mas a suas esperanças e sonhos. Pense não sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não usado. Preocupe-se não com o que você tentou e falhou, mas com aquilo que ainda é possível a você fazer”.

Preso ao passado, geramos culpa e, as expectativas do futuro nos causam sofrimento por algo que não existe. Sofremos porque o passado parece estar presente, nos culpando pelos fracassos de ontem, como se quisessem nos dizer que jamais deveríamos errar. E antecipamos os medos futuros porque baseamos os resultados nas experiências erradas do passado.

Excesso de expectativa é o caminho mais curto para a frustração.

Estamos amarrados em nossas frustrações e não percebemos que as oportunidades jamais conseguirão nos alcançar. Projetamos no futuro incapacidades que nos foram ensinadas e ditas com autoridade e nem sequer cogitamos a ideia de que elas não existem: estão no passado. O presente é um presente por várias razões, talvez a mais importante seja que no presente todas as ações podem mudar as nossas ideias e crenças, agir e moldar, experimentar.


“… que qualquer frustração que você tem é simplesmente o resultado de um pensamento errado. Se você estivesse pensando corretamente, possivelmente não poderia imaginar que alguma coisa estivesse ‘errada’. Você saberia que nada no Universo trabalha contra você. Por definição, dado quem você é, isso é impossível. Passe, então, para a gratidão quando encontrar suas frustrações. E veja cada evento como uma oportunidade. Você sabe exatamente por que recebeu esta mensagem hoje”.

Neale Donald Walsch

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O CAMPO DAS INTENÇOES

Não compreendo porque criamos barreiras para viver. Nos impossibilitando de surpreender e sermos surpreendidos. Ainda nos advogamos imprescindíveis e que nossas ideias sempre serão incorruptíveis. Nos debatemos em conflitos sem sentido porque o que sabemos não é certo. Confiamos na nossa capacidade de julgar para justificar nossas atitudes que podem ser de opressão por causa do que acreditamos ser o melhor. Determinamos batalhas para a nossa sobrevivência e enfim, terminamos nos contaminando com as contradições que estas oposições, criadas para e por nós, se permitem existir.

Não somos contraditórios, nem estamos em uma luta entre nós, só acreditamos que é assim. Observamos o outro como reflexo de nossos medos e projetamos um mundo em que o bem e o mal coexistam. Não existe o mal, nem o bem. Existe somente a experiência. Por temermos o mal, criamos o bem como uma meta quase tão insuportavelmente inacessível quanto o medo de alcançar o mal. O mesmo vale para o contrário. Não somos separados do todo como nos fazem acreditar, e nós o perpetuamos.

Se para a coragem existir é necessário o equilíbrio entre a temeridade e o medo, tudo que precisamos fazer é admitir que as trevas e a luz que possuímos dentro de nós são indispensáveis para a criação de todas as nossas potencialidades. Se Deus é a fonte de tudo que concebemos, concluo: toda a ação do mal passa pelo crivo da bondade de Deus.

Não precisamos acreditar que as diferenças existem, precisamos acreditar nas semelhanças. Não precisamos acreditar que qualquer um dos lados tem prevalência sobre o outro. O mundo se constitui daquilo que criamos e atraímos. Não é uma questão de nos adaptarmos ao meio e sim do meio refletir o nosso mundo interior.





domingo, 13 de abril de 2014

O VAZIO

Então morremos e compartilhamos os “céus” de acordo com a religião que professamos. Gosto da ideia de poder presenciar lugares onde as pessoas se sintam confortáveis para dizer: agora eu posso amar a todas as pessoas. Posso esperar e aprender que as diferenças são imprescindíveis para a manifestação das experiências.

Não gostava da ideia de misturar religiões, fazer isto me parecia um meio de justificar pequenas anomalias do meu julgamento – provindas da religião professada – e que precisavam de ajustes. Aquela informação não condiz com o que eu acredito – não acreditamos totalmente naquilo que nos dizem a respeito de alguns tópicos, polêmicos – e, quem sabe seria melhor se fosse parecida com aquelas informações que dizem os...

Acabamos fazendo uma simbiose. Um enxerto para salvar as nossas convicções de uma iminente ruptura do reator craniano. Quando percebemos, acabamos criando uma aberração religiosa, tão drástica quanto os extremistas fazem ao interpretar grosseiramente as suas escrituras. É tudo uma questão de julgamentos e significados, que mudam de pessoa para pessoa. O problema é o medo, medo de contrariar a maioria, medo de não pertencer, medo de confrontar e de fugir. Medo que estabelece a lei, sobretudo se houver incongruências. Destas os enxertos se encarregam de manipular. Somos manipulados por ideias estapafúrdias e manipulamos através destas. Isto é o carma.

Onde está a justiça divina? Diante dos seus olhos. O conceito de que existe algo por trás de seus olhos é apenas uma suposição como qualquer outra. Este espaço que podemos chamar de Deus ou mundo da imagem verdadeira ou terra de Buda ou campo de intenção são só nomes que se referem ao caminho da felicidade. Observamos todas as coisas e as julgamos más. Temos tanta certeza que interferimos com a nossa sabedoria – de que sabemos tudo – e só pioramos o resultado final. [250713-059]

Pense em você como uma engrenagem de um relógio que, por conhecer os seus movimentos e direções e daquelas engrenagens – pessoas – que estão ligadas a você, supõe e começa a acreditar que poderiam ser melhoradas. Mesmo que a engrenagem – você – esteja agindo com conhecimento da causa e agindo em nome do relógio – Deus –, as suas ações desconhecem o que as demais engrenagens, mancais, eixos e molas do relógio devem fazer para que o relógio funcione muito bem. As nossas tentativas de imaginar o que nos parece ser a perfeição do relógio, são falhas, equívocas e no mínimo imperfeitas. Toda esta fricção que estaríamos causando às demais engrenagens do relógio, gerariam atritos, problemas cuja solução poderia ser indigesto para nós, a pequena engrenagem que acha que deve agir sem considerar o todo.

O relógio travaria. Mas o relógio – Deus – possui uma capacidade surpreendente de forçar as suas peças a fazerem o certo. Este desconhecimento das intenções do relógio em ser preciso e perfeito, esbarra nas nossas ideias do que o relógio deveria ser, ou pior, de que não somos partes do relógio, engrenagens egoístas.

Então as tentativas falhas de uma engrenagem que tenta seguir o seu caminho, decidindo o seu movimento por conta própria, é o que chamamos de problemas, erros e frustrações de alguém que quer decidir o próprio destino. E não podemos decidir o destino? A pergunta certa seria: o que devemos fazer para trabalhar em conjunto com o destino? Aceitá-lo cegamente? Só parece porque tememos o que nos é desconhecido.

O destino não é algo imutável como uma engrenagem criada para gerar um tempo e um movimento e nem flexível como supõe a nosso livre-arbítrio. A ideia de livre-arbítrio esbarra em uma contextualização tão errônea quanto a que fazemos sobre o carma. Não somos guiados por um destino e nem presos por provas de um carma cumulativo, entretanto estamos à mercê de nós mesmos, uma partícula lúcida de nosso espírito que se confunde com Deus. Somos guiados por nós mesmos.

Já pensou em experimentar uma mudança de pensamento? Se um dia uma situação que, aparentemente tende a ser desastrosa começar a se formar, e você começar a pensar que ela se desenvolverá conforme o seu modo de pensar negativo, experimente inverter. Pense em um resultado benéfico – para todos, não seja egoísta e não prejudique ninguém – ou emita pensamentos constantes como: “Coisas boas acontecem todos os dias” ou similar, repita-a mentalmente. Não é para acreditar, não existe um exercício para nos fazer acreditar naquilo que se constitui o certo. Este pensamento tem o poder de reescrever algumas diretrizes deturpadas do seu inconsciente. Faz-te perceber a realidade de que somos peças de Deus.

terça-feira, 8 de abril de 2014

POR QUE NÃO?

Em algum momento da vida nós somos obrigados a rever certas ideias. E neste eu me pus em busca de uma cura para o incurável. Por que as doenças incuráveis deveriam ser incuráveis? E elas são mesmo? O que podemos fazer para restaurar a saúde? Bem, é o que eu tenho me perguntado. Ainda mais que acreditava em milagres e não podia abrir mão de experimentar tudo que estivesse ao meu alcance. Sem desespero, controlando cada passo, era o que eu pensava. Nem sempre os milagres acontecem quando e como queremos, muito menos sem ganhos secundários, efeitos colaterais, todos morais.

Encarei a nona [9] cirurgia espiritual com duas metas bem definidas, de que eu poderia estar no fim desta incoerência que chamamos de doença e, de que o meu modo de ver o mundo iria se transformar. Quando pus em prática as ideias que ouvi de Wayne Dyer, Brahma Kumaris, Jesus Cristo, Buda, Napoleon Hill, Donald Walsch, Masaharu Taniguchi, Bruce Lipton e tantos outros, em áreas do conhecimento tão variadas, percebi que o meu modo de ver o mundo sempre esteve errado. Julgamos e discernimos parcialmente, conforme as nossas crenças e certezas e com isso criamos barreiras para ações que sequer imaginamos.

Abrir-se para o meio, aceitar que as diferenças são ferramentas que cada pessoa utiliza para o seu progresso, provoca-nos medo diante do desconhecido. Passamos tanto tempo acreditando que o mundo é como é por causa do que vemos e tememos que, jamais imaginaríamos que o mundo é o reflexo de nossos pensamentos. Quero dizer, sempre justificamos nossas ações apontando para fora de nós a causa de nosso sofrimento e dizemos: quem começou? Quando deveríamos dizer: quando nos sintonizamos? A culpa deste sofrimento não depende de quem inicia o processo, mas de quando nos conectamos com a ofensa. Não diz o ditado que quando não há quem possa receber o “presente”, este retorna para o dono. O mesmo vale para as ofensas.

Quando aceitei que confio no futuro que [Deus] a providência infinita me oferta, óbvia certeza de que a todos, o destino se mostra exatamente como os seus pensamentos criam este mundo, nada pode me ofender. Sou dono de potencialidades infinitas. Se você ainda não experimentou pensar assim, estas ideias parecerão uma ilusão fanática de um desejo abstrato de um apático, e se não? E se tudo for muito mais simples e por medo não quer experimentar romper com as suas barreiras do conformismo e ser levado pela corrente? De onde emanam as suas certezas, as suas verdades? Que medo é este de experimentar?

O meu mundo mudou.