quarta-feira, 27 de abril de 2016

'FÉ LOUCA' ADENDO [S]



Não dá para começar do início porque tudo contribuiu para que esta ‘fé louca’ surgisse quando alguns fatos se juntaram e se correlacionaram com as minhas ideias sobre ‘fé’. Se eu bem me lembro o maior impacto aconteceu há alguns meses. [BLASFEMAR, PODE?]

No entanto, hoje, eu percebi por onde começar: medos. O medo é que impossibilita que a ‘fé louca’ se manifeste, porque o medo – nem precisa ser um medo bem definido – constrói uma barreira imperceptível para que a fé se manifeste. Por isso que situações extremas – como doenças, terremotos, etc. – acabam ativando a fé. Se o caso for brando acontece apenas uma reformulação de ideias – crenças e hábitos. Porém se forem intragáveis, incuráveis ou insustentáveis – pelo medo, por exemplo –, exigem que nós rompamos com a barreira.

O medo não passa de uma apreensão decorrente do hábito de acreditarmos que as respostas correntes sempre serão as mesmas. E por antecipação sofremos com a possibilidade de elas se tornarem verdade. Ou seja, se tememos sofrer e/ou morrer por causa de uma doença, então nos preocupamos em duas frentes: por esperar o resultado descrito e falado e por cogitar e CRIAR os resultados que...

O medo impede de vermos que as respostas poderiam ser outras, nem imaginadas, como um ‘milagre’, por exemplo. É aí que reside a ‘fé louca’, em criar uma ideia positiva como resultado de um problema negativo. E é difícil acreditar que podemos mudar os resultados com uma mente positiva quando acostumamos em assumir uma posição ‘realista’ – eu diria negativa – já determinada. O erro está em admitir que tais previsões negativas sejam certezas reais e presentes. Elas não passam de suposições criadas por dados e observações e experiências passadas, porém genéricas.

Então deveríamos pensar no que queremos criar, porque temos este poder. ‘Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai’. João 14:12. Estamos tão acostumados em criar o ‘mal’ que o consideramos a realidade, mas somos nós que o criamos e recriamos, damos-lhe força. Supor que o ‘mal’ é criação de Deus é admitir que somos hipócritas, pois em Gênesis 1:31 ‘E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto’.
Portanto a ‘fé louca’ não é tão louca assim, e sim nós, que somos loucos em criar o ‘mal’ para justificar nossos medos. O próximo passo é fixar os seus pensamentos no que deseja e sentir como se já tivesse recebido. O erro está em acreditar que só deveríamos agradecer bênçãos recebidas e se não a recebermos, sentiremos depressão, frustração e raiva. Impedindo que o processo termine como o planejado. Que as orações não são pedidos e sim, agradecimentos.

Preferimos ver para crer.


Ademais, não basta somente se despreocupar, é preciso sentir. Não temos o hábito de nos sentirmos felizes por algo que não existe no presente. No melhor dos casos esperamos a realização do desejo para podermos agradecer a Deus como se Ele estivesse ocupado demais em atender ou julgando o merecimento. Mas existem ocasiões em que agradecemos antecipadamente. Quando esperamos ganhar algo que tem data marcada para acontecer, não pensamos nas impossibilidades e barreiras que poderiam surgir. Ou pensávamos, porque esta realidade está se desconstruindo. Cada vez mais ensinamos aos nossos filhos a importância de julgar, de avaliar, de prever e de temer com o intuito de criar pessoas precavidas – conforme nossas realidades ou crenças. Dando-as pouca margem para criar futuros que não sejam aqueles que definimos. E ainda queremos acreditar que o livre-arbítrio é uma alternativa irrestrita?

Quem nunca se sentiu eufórico diante da ideia de viajar ou ganhar ou realizar um sonho? Este sentimento parece não funcionar quando criamos barreiras – medos. Demorei em aceitar que doenças ‘incuráveis’ era curáveis, passei um bom tempo tentando me resignar, mas não entendia como recriar esta realidade. Os medos impediam que eu desse vários passos nesta realidade pouco difundida de que os ‘milagres’ não dependem de Deus e sim de confiarmos em nós como afirmou Jesus. Existe uma barreira criada por medos infundados e repetidos como reais, de que somos culpados de pecados e, portanto, o usamos como justificativa contra as tentativas de cura. Nos culpamos porque somos dependentes dos outros, de que não somos capazes de criar e damos este poder para aqueles que nem sempre podem criar.

Somos parciais, medrosos e dependentes. Mas existem muitas pessoas que já conseguiram romper estas ilusões.

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