quinta-feira, 30 de outubro de 2014

QUEBRAR AS REGRAS, PODE?


Mais um relato de Experiência Quase-Morte que nos coloca em uma circunstância indigna. Por um lado sabemos que elas existem, mas não nos preocupamos – obviamente – em experimentá-la. Por outro, se eu não posso passar por ela, seria mais fácil esquecer.

Parece que todas as pessoas que passam por tais experiências sempre se reconciliam. Com o quê? Difícil de precisar, porque elas soam particulares e tendem a preencher respostas cuja as perguntas jamais suporíamos fazer.

Então, como poderíamos experimentar somente as coisas boas? O que eu posso dizer é que elas EXISTEM e você  não dá atenção aos sintomas...

         Em 10 de novembro de 2008, entretanto, aos 54 anos, a sorte pareceu me abandonar. Fui surpreendido por uma doença rara e fiquei em coma durante sete dias. Nesse período, todo o meu neocórtex – a superfície externa do cérebro, a parte que nos torna humanos – ficou paralisado. Inoperante. Completamente ausente.

Quando nosso cérebro está ausente, nós também ficamos ausentes. Como neurocirurgião, ouvi muitos relatos de pessoas que tiveram experiências estranhas, geralmente depois de sofrerem ataques cardíacos: histórias de viagem para lugares misteriosos e maravilhosos, de conversas com parentes mortos – e até de encontros com Deus.

Fascinante, sem dúvida. Mas tudo isso, em minha opinião, era pura fantasia. Afinal, o que provocava as experiências sobrenaturais que as pessoas relatavam com tanta frequência? Na verdade, a resposta não me interessava, mas eu acreditava que essas experiências tinham uma base cerebral. Toda consciência tem. Se não houver atividade cerebral, não há consciência.

Isto porque o cérebro é a máquina que produz a consciência. Quando a máquina falha, a consciência para. Por mais complicados e misteriosos que sejam os mecanismos cerebrais, em essência, a questão é bastante simples. Retire a tomada da TV e a imagem desaparece. O espetáculo acaba.

Por mais que se esteja gostando dele.

Durante o coma, não é que meu cérebro trabalhasse de forma inadequada – ele simplesmente não trabalhava. Hoje, acredito que isso tenha sido responsável pela profundidade e intensidade da experiência de quase morte (EQM) que vivi nesse período. Muitas das histórias de EQM aconteceram com pessoas que ficaram com o coração parado por algum tempo. Nesses casos, o neocórtex está temporariamente inativo, mas em geral não tão danificado, o que faz com que o fluxo de sangue oxigenado seja restaurado por meio da ressuscitação cardiopulmonar ou da reativação da função

cardíaca em torno de quatro minutos. Mas no meu caso o neocórtex estava fora de área. Eu estava conhecendo uma dimensão da consciência que existia completamente à parte das limitações de meu cérebro físico.

De certa forma, vivi uma avalanche de experiências de quase morte. Como neurocirurgião com décadas de pesquisa e prática, eu estava em melhor posição para avaliar não apenas a realidade, mas as implicações do que acontecera.

E essas implicações são extraordinárias. Minha experiência me mostrou que a morte do corpo e do cérebro não é o fim da consciência, e que a existência humana continua no além túmulo.

E, mais importante ainda, ela se perpetua sob o olhar de um Deus que nos ama e que se importa com cada um de nós, com o destino do Universo e de todos os seres contidos nele.

O lugar onde estive era real. Tão real a ponto de fazer a vida no aqui e agora parecer uma ilusão. Isso não significa, entretanto, que eu não valorize a vida que levo agora. Pelo contrário, prezo-a até mais do que antes. E o faço porque consigo enxergá-la em seu verdadeiro contexto.

A vida não é sem sentido, o problema é que não conseguimos perceber esse fato daqui – ao menos na maioria das vezes. O que aconteceu comigo quando estava em coma é, sem dúvida, a história mais importante que terei para contar daqui em diante. Mas é um relato muito delicado porque é estranho demais para a compreensão normal. Além disso, as conclusões são baseadas em uma análise médica da minha experiência e na minha familiaridade com os conceitos mais avançados da neurociência e dos estudos da consciência. Quando percebi a verdade por trás de minha jornada, soube que precisava contá-la. Fazer isso da melhor forma possível se tornou a principal tarefa da minha vida.

Uma prova do Céu, Dr. Eben Alexander III.

Eu consegui ter uma experiência como esta sem precisar me matar – modo de dizer. E não é impossível, apenas estranho. Um bom começo é saber que tudo que você imagina, e tem a mais absoluta certeza, não passa de ilusão...

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A VERDADE DA VIDA V.7

Aqueles que olham o lado positivo das coisas, que enaltecem as qualidades dos outros e que, mesmo nas horas de maior infortúnio, nunca perdem a esperança e a coragem, e avançam continuamente olhando a luz lá adiante, acabam vencendo todas as adversidades e transformando sua vida numa vida repleta de luz e alegria. 

Pessoas alegres, otimistas, cheias de vida — essas são as pessoas que mais fielmente estão manifestando a verdadeira natureza do homem. 

Tais pessoas são como ímãs que atraem saúde e felicidade. Elas não só recebem a saúde e a felicidade, como também conseguem transmiti-las a todas as pessoas com que se relacionam. Assim como as doenças são produtos da mente e são transmitidas por meio de vibrações mentais negativas, a saúde e a felicidade também são produtos da mente e são transmitidas por meio de vibrações mentais positivas.

É desnecessário dizer que também o caminho para a felicidade é desbravado pela atitude mental positiva e pelo esforço incansável. Nossos pensamentos são como ondas de rádio: embora invisíveis aos olhos, eles constituem um tipo de movimento vibratório. Assim, sempre que um pensamento surge em nossa mente, ele se propaga no espaço, vai influir em todos os seres e passa a trabalhar no sentido de criar coisas e fatos condizentes com ele. Mesmo um pensamento que assoma à nossa mente apenas por um momento, não é algo transitório, que desaparece logo em seguida. Pelo contrário, ele vai se propagando, alcança as mentes de todos os seres vivos que existem no Universo e, encontrando uma mente adequada para recebê-lo, aí se fixa, cresce e afinal se concretiza. 

Se nossa mente estiver sempre tomada por sombrios pensamentos de ódio, de rancor, de doença ou de pobreza, todo o nosso ser acabará se tornando um aparelho receptor que capta os mesmos tipos de pensamentos emitidos por outras pessoas; e fatalmente acabaremos sofrendo as tristes consequências disso, tanto espiritual como fisicamente. 

As pessoas que vivem pensando em coisas sombrias e negativas, não só se tomam emissoras que propagam vibrações de infelicidade neste Universo, como também receptoras que captam e materializam as vibrações de infelicidade emitidas por outras pessoas e que vagam no espaço.

Originalmente, fomos feitos para levar uma vida maravilhosa, gozando de perfeita saúde, prosperidade e felicidade, bastando para isso que não tenhamos pensamentos sombrios, cheios de ódio, rancor, medo, ou pensamentos que atraiam a doença e a pobreza. 

Se somos agora infelizes, isso é consequência do fato de termos tido demasiada propensão para olhar o lado negativo das coisas; de termos vivido com a mente presa às coisas negativas e perdido a liberdade mental de olhar para a Luz, para o lado positivo das coisas.
Essas pessoas precisam saber que nós, seres humanos, não podemos dirigir nossa vida segundo nossos desejos egoísticos. Disse, outrora, um sábio: "A suprema liberdade provém da obediência a Deus". Assim é que a água, por exemplo, consegue fluir livremente e regar o solo fértil apenas quando age conforme sua natureza — a que Deus lhe deu. Alcançamos a verdadeira liberdade somente quando a realização de nossos objetivos está em conformidade com a vontade de Deus. 

Quando o objetivo não está em conformidade com a vontade de Deus, até mesmo os grandes homens, como Napoleão, por exemplo, acabam tropeçando mais dia menos dia. "Aonde quer que eu vá, infalivelmente haverá luz" — para que esse pensamento passe a ser uma convicção e não uma simples ideia formulada, precisamos viver junto com Deus, baseando n'Ele a nossa vida. 

Viver junto com Deus não significa avançarmos teimosamente em direção a uma meta, movidos apenas pela força de nossa própria vontade. Viver junto com Deus é confiarmos tudo nas mãos de Deus, vermos a salvação, a luz e a providência em todos os lugares, e seguirmos em frente com perseverança, ânimo inabalável, e coração confiante na Força Infinita de Deus, agindo com versatilidade, segundo a orientação de Deus. Com base na real compreensão disso é que podemos transformar a convicção "enxergarei a Luz, aonde quer que eu vá" em uma verdadeira força propulsora de nossa vida. Muitas vezes, não percebemos quanta felicidade e beleza existem neste mundo. 

Uma das causas disso é a ideia errônea de que a felicidade e a beleza devem ser algo especial, fora do comum. Precisamos nos lembrar de que Cristo disse: "... nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu jamais como os lírios do campo". É um erro pensar que para se ter beleza e brilho é preciso fazer alguma coisa especial. 

A verdadeira beleza nem sempre é aquela que chama a atenção dos outros. A verdadeira beleza é aquela onde há o vigoroso pulsar da Vida. Quando uma pessoa despertar para a beleza da Vida, compreenderá que sua própria vida é bela, mesmo que ela não use nenhum adorno. 

Felicidade é o nome que se dá ao estado espiritual que se alcança quando se compreende realmente a beleza da Vida. Quaisquer que sejam as situações em que nos encontremos, devemos compreender que essas situações são a matéria-prima que a nossa vida deverá ir esculpindo com todo o empenho. 
 
Masaharu Taniguchi