segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O BOM COMBATE.


[...]

A doença nos força a encontrar quem somos, sobretudo os aspectos mais sublimes que eram ocultados pelo ego. Portanto a doença é força que destrói as ilusões, mas se não quiser enfrentar este bom combate as suas opções criarão um estado mórbido e autoalimentado por culpas e ideias que são reflexos de suas crenças de que é incapaz de aprender com a oportunidade.

Quanto a mim, já fui oferecido em libação, e chegou o tempo de minha partida. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o Senhor, justo juiz, naquele dia; e não somente a mim, mas a todos os que tiverem esperado com amor sua aparição (2Timóteo 4,6-8).

Para entender essa passagem poderíamos lembrar aquilo que Paulo escreve no início da primeira carta a Timóteo, recordando as suas responsabilidades:

Esta é a instrução que te confio, Timóteo meu filho, segundo as profecias pronunciadas outrora sobre ti: combate, firmado nelas, o bom combate, com fé e boa consciência; pois alguns, rejeitando a boa consciência, naufragaram na fé (1Timóteo 1,18-19).

Fica claro que o combate de Paulo não é literalmente uma batalha, uma guerra, mas uma imagem que descreve a vida do cristão, o seu comportamento, sobretudo em relação ao perseverar na fé. A vida do cristão é feita de escolhas e a liberdade que nos foi dada faz com que cada vez tenhamos que decidir qual estrada tomar; o bom cristão deve seguir fiel ao ensinamento divino. Esse processo é chamado por Paulo de "combate". O êxito final vai defini-lo como "bom" ou "mau".

'Diário de um Mago' Paulo Coelho.

O Bom Combate é aquele que é travado em nome de nossos sonhos. Quando eles explodem em nós com todo o seu vigor – na juventude – nós temos muita coragem, mas ainda não aprendemos a lutar. Depois de muito esforço, terminamos aprendendo a lutar, e então já não temos a mesma coragem para combater. Por causa disto, nos voltamos contra nós e combatemos a nós mesmos, e passamos a ser nosso pior inimigo. Dizemos que nossos sonhos eram infantis, difíceis de realizar, ou fruto de nosso desconhecimento das realidades da vida. Matamos nossos sonhos porque temos medo de combater o Bom Combate.

[...]

– O primeiro sintoma de que estamos matando nossos sonhos é a falta de tempo
– continuou Petrus. – As pessoas mais ocupadas que conheci na minha vida sempre tinham tempo para tudo. As que nada faziam estavam sempre cansadas, não davam conta do pouco trabalho que precisavam realizar, e se queixavam constantemente que o dia era curto demais. Na verdade, elas tinham medo de combater o Bom Combate.

O segundo sintoma da morte de nossos sonhos são nossas certezas.
Porque não queremos olhar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a nos julgar sábios, justos e corretos no pouco que pedimos da existência. Olhamos para além das muralhas do nosso dia-dia e ouvimos o ruído de lanças que se quebram, o cheiro de suor e de pólvora, as grandes quedas e os olhares sedentos de conquista dos guerreiros. Mas nunca percebemos a alegria, a imensa Alegria que está no coração de quem está lutando, porque para estes não importa nem a vitória nem a derrota, importa apenas combater o Bom Combate.

Finalmente, o terceiro sintoma da morte de nossos sonhos é a Paz. A vida passa a ser uma tarde de Domingo, sem nos pedir grandes coisas, e sem exigir mais do que queremos dar. Achamos então que estamos maduros, deixamos de lado as fantasias da infância, e conseguimos nossa realização pessoal e profissional. Ficamos surpresos quando alguém de nossa idade diz que quer ainda isto ou aquilo da vida. Mas na verdade, no íntimo de nosso coração, sabemos que o que aconteceu foi que renunciamos à luta por nossos sonhos, a combater o Bom Combate.

[...]

– Quando renunciamos aos nossos sonhos e encontramos a paz – disse ele depois de um tempo – temos um pequeno período de tranquilidade. Mas os sonhos mortos começam a apodrecer dentro de nós, e infestar todo o ambiente em que vivemos. Começamos a nos tornar cruéis com aqueles que nos cercam, e finalmente passamos a dirigir esta crueldade contra nós mesmos. Surgem as doenças e as psicoses. O que queríamos evitar no combate – a decepção e a derrota – passa a ser o único legado de nossa covardia. E um belo dia, os sonhos mortos e apodrecidos tornam o ar difícil de respirar e passamos a desejar a morte, a morte que nos livrasse de nossas certezas, de nossas ocupações, e daquela terrível paz das tardes de domingo."


domingo, 28 de fevereiro de 2016

O ACASO VAI NOS PROTEGER...


Se não fosse por isso, acredito que continuaria sendo eu mesmo, isto é, aquele ‘eu’ que falava mais do que ouvia, julgava mais do que calava, pensava mais do que sentia, exteriorizava mais do... você deve saber. Por isso, quando me coloco na reserva, os objetivos passam a ser temporiamente negligenciados e outras ações passam a querer um lugar ao sol.

Eu costumo prestar atenção aos sinais, mesmo que sejam absurdamente imprevisíveis são claramente compreensíveis. Mesmo que você não perceba, eles estão gritando.
Então você não acredita em coincidências, eu também. Porque coincidência é como um truque de feitiçaria onde o mágico tira um coelho da cartola e logo depois ouve no rádio Munhoz e Mariano cantando:

... Coelho na cartola é coisa do passado. A moda agora é a mágica do rebolado...


Isto é coincidência? Então você muda a estação e está tocando ‘No rabbit in the hat’. E isto já começa a não parecer coincidência. De repente se lembra que sonhou com o filme ‘Alice no país das Maravilhas’ correndo atrás do Coelho ‘Atrasado’ Branco. ‘Oh, I’m so late!’ porque estou estudando este texto em Inglês.

Procura na internet e descobre: É uma metáfora que quer dizer que você tem um "truque escondido", que você tem algo escondido que pode faze-lo ganhar algo, etc. Então se lembra que realmente tem um trunfo para sair daquele problema ao qual se debatia em resolver, Isto já não é mais coincidência.

Mas este é um exemplo para ‘dummies’.


Ampliar esta ação se torna exponencialmente inimaginável quando, bem, ouça esta música, epitáfio dos Titãs.

...O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído. O acaso vai me proteger enquanto eu andar...




E sabe mais? É quando nos esquecemos de controlar o futuro – baseado no que supomos lógico só porque as experiências do passado nos dizem – o presente aparece diante do seu nariz. Sei que é difícil fazer isto, largar mão do controle, sem cartas na manga ou coelho na cartola, pode parecer um descuido, pior, uma blasfêmia. Mas eu agora não me importo mais. E você ainda me diz:

–– Você é louco! Não preciso de alguém mexendo na minha cabeça.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

PASSADO É FUTURO



Podia ser ontem, mas podia ser a milhares de anos. Trocamos certas certezas em detrimento da experiência. Como gostamos de estatísticas, então:

Como o meu problema é no cérebro sempre me perguntei como alguém com algumas lesões – de 10 a 15 do tamanho de uma esfera de ½ centímetro – pode ser incapaz de andar, sentir, escrever, ver e outras coisas; enquanto alguém que cai sobre um vergalhão na obra ou atingido por um arpão não tem sequelas? Suponhamos que se o cérebro tem 17 centímetros e o vergalhão ½ centímetro, é de supor que a área danificada correspondesse a 34 esferas, mas os espaços vazios entre uma esfera e outra aumentariam a lesão para umas 45 esferas. Ou seja, em uma só lesão, este alguém poderia ficar de 2 a 3 vezes pior do que eu, mas ele sai andando do hospital enfaixado na cabeça para que ele tenha certeza absoluta do que aconteceu.


Joe Dispenza sofreu um grave acidente que afetou suas vértebras torácicas. Previram que ele ia ficar a vida numa cadeira de rodas. E decidiu não fazer cirurgia, mas testar em si mesmo a capacidade de regeneração do seu próprio corpo. Um caso entre muitos. Uma nova visão das capacidades interiores em prol da autocura. Eu admito que preciso de certa dose de Deus no processo para que o meu subconsciente não me impeça de buscar a cura do incurável. Não estou afirmando que ele se curou sem Deus, só que sua ideia de Deus é mais ampla e perfeita.

Recentemente li a tradução do livro ‘O Homem contra si próprio’ de autoria dom Dr. Karl Menninger, um expoente da medicina psicossomática dos Estados Unidos. É um interessante livro de psicossomática que qualifica o contraditório desejo de autodestruição com ‘instinto de suicídio’, e as doenças crônicas como ‘suicídios lentos’. E explica usando exemplos reais, que as doenças são curadas quando se corrige este instinto de autodestruição. em relação às pessoas que lamentam a má sorte, Menninger afirma que não é a má sorte que vem de fora. Segundo ele, é a própria pessoa quem prepara as coisas, inconscientemente, de tal forma que os outros a coloquem em má situação, e dessa forma saboreia uma espécie de prazer masoquista em suportar os sofrimentos da situação adversa em que se colocou. Humanidade isenta de pecado,
Masaharu Taniguchi.



Poderia ficar escrevendo um livro e o assunto não se esgotaria, mas no fim o que nos impede de aceitar estas novas verdades, independente de elas terem sido explicadas pela física quântica ou pela ciência, é o fato de temermos ir contra as crenças já estabelecidas. Sejam religiosas ou preconceituosas. Mas pe quando deixamos de nos importar é que as coisas se resolvem.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

COMO ATRAIR A BOA SORTE


Se você não acredita no poder do pensamento, sugiro que esqueça a ideia de que tudo o que tinha que ser descoberto, já o foi.
Nunca se falou tanto nas capacidades da mente, ou seja, do pensamento. Imaginar é criar. E digo mais, saber e não fazer é o mesmo que não saber. Experimente e persevere, e só assim poderá dizer que sabe.

Que é "palavra"?

Palavras que constroem uma vida feliz

Se quisermos construir no futuro uma vida feliz, basta imaginarmos fatos felizes no presente, mesmo que no estejam ocorrendo. Porém, imaginar a felicidade, quando no momento presente não se está feliz, parece difícil. Por isso é preciso recorrer a algum meio [hábil] que nos ajude a mentalizar a felicidade. Esse meio, segundo a obra A Verdade da Vida, é a palavra, o uso correto do poder da palavra. A palavra tem poder criador. Mas, vejamos primeiramente o que é "palavra". A 'palavra' significa todos os tipos de ondas vibratórias, mesmo as inaudíveis, tais como as ondas eletromagnéticas (de rádio e de TV) ou as ondas mentais. Mas, em nossa vida prática, o pensamento, a fala e a expressão fisionômica constituem as 'palavras' mais importantes, pois direcionam o nosso destino: ou para um bom rumo, ou para um mau rumo". Precisamos atentar especialmente para o trecho que diz: "... em nossa vida prática, o pensamento, a fala e a expressão fisionômica constituem as 'palavras' mais importantes, pois direcionam o nosso destino".

Palavra é apenas a falada?

Em geral, consideram "palavra" apenas a que é expressa de viva voz, a palavra falada. No entanto, a palavra pensada e a expressão fisionômica, somadas à palavra falada, constituem as "palavras" que decidem o nosso destino. Portanto, se alguém quer melhorar o seu destino, precisa melhorar primeiramente o que pensa, o que fala e o que expressa através do rosto. A "palavra pensada" significa o pensamento constante que a pessoa mantém na mente; em outros termos, é o que ela mais pensa. Mas não se trata simplesmente do que ela pensa conscientemente, e sim do que fica gravado no subconsciente. A definição científica de subconsciente é muito com que o subconsciente é a "parte da mente que age sem que a própria pessoa tenha consciência", e que representa 95 por cento da mente. O dito popular "A vida não é como queremos" se refere aos 95 por cento que o subconsciente representa. Como a própria pessoa não tem consciência das atividades do subconsciente, conclui que sua vida foge ao seu controle e diz que a vida não é como ela quer. Entretanto, apesar de o subconsciente representar a maior parte da mente e atuar de modo inconsciente, dono da mente é o ser humano e este pode controlá-la. Portanto, quem deseja melhorar, precisa analisar melhor a sua própria mente. Por exemplo, há pessoas que dizem que ainda não recuperaram a saúde, embora estejam pensando sempre "Quero ficar saudável!". Mas, muitas vezes, o pensamento "Quero ficar saudável" se completa com a ideia "porque sou fraco"; no consciente há o desejo de saúde, mas, no subconsciente, há a ideia "sou fraco". Isto é, há muitas pessoas que pensam: "Quero ser saudável, porque sou fraco". Mesmo que repitam constantemente "Quero ser saudável", enquanto estiver gravado no subconsciente o pensamento "sou fraco", não conseguirão se tornar saudáveis. Nesse caso, elas precisam anular primeiro esse pensamento já arraigado no subconsciente.

O mecanismo da mente Como melhorar Como vimos, não basta compreender que "imaginando o que se deseja, o desejo se concretiza". É preciso usar corretamente o poder concretizador da mente através da "palavra" (pensada, falada e expressada no rosto) e, para tanto, a pessoa deve analisar o mecanismo de sua própria mente. Por exemplo, como o consciente representa 5 por cento da mente, se a pessoa pensar conscientemente "Quero me tornar saudável", mas mantiver no subconsciente — que representa 95 por cento da mente — a ideia "Sou fraco", não conseguirá ser saudável. Conhecendo tal mecanismo da mente, é que se poderá controlar a própria mente e a própria vida. No caso suposto, como o subconsciente gravou fortemente a ideia "sou fraco" sem que a própria pessoa se desse conta disso, é necessário primeiramente anular essa gravação, sobrepondo--lhe palavras contrárias: "Sou forte". Este meio se torna mais eficaz utilizando também a palavra falada. Pensar "Sou forte" quando se está fraco parece irreal e irracional, mas pensar "Sou fraco" resultará somente em maior fraqueza. Portanto, para anular o pensamento "Sou fraco" do subconsciente é preciso afirmar "Sou forte".

Melhorando o pensamento, o físico melhora

Assim, um enfermo deve persuadir a si mesmo: "Sou forte". Pensar "Quero ficar forte" ou "Deus, faça-me forte" não é eficaz, pois, por trás disso, no subconsciente, há o pensamento "porque sou fraco". Deve dizer repetidamente para si mesmo "Já sou forte", em voz baixa porém enérgica. No começo, essa afirmação soa falsa e a pessoa sente resistência, achando isso ridículo. Se surgir resistência, é uma prova de que existe no subconsciente o pensamento "Sou fraco". Portanto, quanto mais falso soar, mais convém repetir a afirmação em tom audível. É importante pensar, falar e ouvir. Deve-se repetir no mínimo vinte vezes em cada ocasião, várias vezes ao dia, sempre que tiver tempo. A resistência desaparece aos poucos e passa-se gradativamente a sentir o que se afirma. E a pessoa torna-se realmente forte e feliz. Até ter essa sensação de felicidade, decorre um certo tempo, que varia de pessoa para pessoa. Sentindo-se feliz, deve-se continuar procedendo assim, até que o subconsciente fique repleto do pensamento "Sou forte" e se torne uma firme convicção. Quando isso acontece, a pessoa pode se considerar vitoriosa. Os 95 por cento da mente estarão repletos do pensamento "Sou for-te", o qual se manifestará como corpo físico forte. Imaginar é o mesmo que plantar na mente a "semente de pensamento". Não importa como esteja a situação presente; plantando uma semente de melhora, inicia-se a criação da melhora. Desde que li n'A Verdade da Vida que "imaginar é criar", tenho conseguido resultados maravilhosos, orientando muitas pessoas por este princípio.

Como atrair a boa sorte, Katsumi Tokuhisa.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

SELF-STARTER

Nem tudo é como dizem ser.

Eu me lembro do ditado: saber e não fazer é o mesmo que não saber. Ou simplesmente, Ser o que acham que sou não é o mesmo que ser eu mesmo, eu acho. Estava pensando no quanto nos desgastamos tentando ser o que achamos que significa o que estão dizendo de mim. Ufa!

Ouvi me titularem de ‘cachorro morto’, ou seja, não-proativo que quer dizer que não sou alguém que age antecipadamente, evitando ou resolvendo situações e problemas futuros. E pensei comigo: Hein?!

Não compreendi, mas me enfureci. Antes que ficasse vermelho respirei profundamente e evoquei a primeira regra da indignação: Se eu me ofendi deve ser verdade, pois só nos identificamos com aquilo que temos em nós. Talvez eu seja mesmo assim, porém, depois de algum tempo maldizendo, eu me senti confuso.

Como eu podia ser assim, ou melhor, como eu não podia ser proativo? Eu sei que sou, então.

E se não era para me indignar, por que reagi assim? Óbvio, em qualquer situação, nós nos ofendemos se somos contrariados, mas o problema é outro, pior. Você realmente sabe o que é ser proativo? Semântica, meu velho. Que quer dizer, num sistema linguístico, o componente do sentido das palavras e da interpretação das sentenças e dos enunciados. Ou seja, nem sempre o que nos dizem é exatamente o que eles entendem por ou eu talvez também não entenda,

Eu posso ser proativo sem parecer, como existem muitos ‘cachorros mortos’ disfarçados de espertos. Eu tenho uma amiga assim que parece estar diante do computador, – sim, ela está usando mídias sociais – entretanto o que ela está fazendo supera em muito o significado de proatividade. Seu perfil exige que se pareça com o oposto do que dizem ser proativo, mas supera qualquer palavra que pudesse qualificá-la. Quero ser assim quando crescer.

Portanto ser ‘proativo’ é um termo pejorativo comparado com o que poderíamos fazer criando, não antecipando os problemas e as soluções como se fôssemos um manual de respostas previsíveis, estou falando da capacidade de criar respostas e soluções inusitadas fazendo uso de uma ferramenta excepcional. Nem tão inusitada assim, as conexões que são criadas quando nos conectamos com outras pessoas, outras informações, outras dinâmicas que só seriam possíveis se nós nos abríssemos para aquilo que destoa do que deveríamos fazer. Ou que dizem que nós deveríamos fazer.

Ser assim deveria ter um adjetivo único, contudo entre ser um proativo e um ‘líder’ só falta a autoconfiança e a audácia.

No entanto eu pensei que aqueles que disseram que eu não era proativo, talvez, fossem os ‘cachorros mortos’. E como não quero ser igual e apontar dedos, suponho que eles também não saibam o que é ser proativo. E isto soa como uma tentativa de rebaixar quem se sobressai para que se sintam capazes de parecerem o que invejam sem mover um músculo sequer. Esta briga de crianças é constante na história humana, pessoas assim são dignas de dó... mas eu não quero só ser proativo, quero faze-los ver que podem muito mais.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

AMNÉSIA




Foi um bom ano, mas mais impactante que os
demais porque tudo aquilo que parecia circunstancial e não-importante se juntaram para me mostrar o quanto tudo é imprescindível para o que chamamos de destino. Eu sei, você não acredita em destino, no máximo acolhe o livre-arbítrio como regra, porém nem tudo é preto no branco.

Passei por algumas situações onde estas ‘informações’ se chocaram e criaram situações inusitadas e quase apavorantes, se você considerar que realmente existam mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia. Uma delas culminou em uma sensação incomum e poderosa, mas eu já disse no artigo ‘ROLLING STONES’. O importante aqui é perceber que o destino é como uma autoestrada com começo, meio [hábil] e fim onde os ‘problemas do percalço’ podemos chamar de livre-arbítrio. E o mais legal nestes obstáculos é que, por mais importunos que pareçam, são o que deviam ser. E o mais legal ainda é que ninguém está sozinho, os obstáculos também interagem com o todo. Por certo você deve ser o obstáculo de alguém, mas tudo bem, é assim que deve ser.

O problema é que queremos ser únicos, todo-poderosos e dominar o caminho como se os outros fossem decoração – e são na verdade, ‘de coração’ – para nossos destinos. Longa história, porém não era disso que eu queria falar. A questão é que eu precisei descartar algumas verdades comuns porque elas se mostraram defeituosas, falhas em suas bases. O que você pensaria se, depois de dois anos sem andar, se submetesse a um tratamento alternativo e, poucos minutos depois, voltasse a andar?

Durou de três a quatro dias, contudo foi o suficiente para examinar certas verdades. Como alguém que – conforme médicos e nutricionistas – pode andar sem fisioterapia depois dos músculos se atrofiarem? Como eu posso confiar naqueles que se dizem autoridade se eles não compreendem tais ‘milagres’?


E esta não foi a primeira vez em que eu precisei rever minhas ações, porém foi a mais decisiva porque determinei agir segundo a minha percepção de mim mesmo, da ‘minha própria pessoa’, antes de ser submetido. Não estou afirmando que você troque o certo pelo duvidoso ou o duvidoso pelo certo. Mas que pondere o quanto você percebe e entende como está, em vez de aceitar tudo só porque é assim. Um medo tão avassalador, que parece ser só praticidade.

O grande esquecimento a ser extinto, ou melhor, aquilo que foi esquecido e devia ser lembrado. Não o que estou acostumado a acreditar, mas aquelas coisas que parecem estar à margem da consciência e rotulamos como ‘impossíveis’ ou ‘ mágicas’ ou ‘ilusórias’. Chega uma hora em que devemos esquecer o ‘naturalmente real’ e apostar no ‘vago’ como se este fosse a realidade. E para isso devemos abrir mão das nossas conjecturas e certezas e abraçar o ‘potencialmente extraordinário vago’. Eu sei, é difícil de explicar com letras.

Imagine-se com câncer inoperável e incurável e um diagnóstico de poucos meses sem qualquer possibilidade de cura. Então você desiste e espera confortavelmente, em família, a morte ser o menos dolorosa possível. Ou usa um medicamento natural que cura o câncer em poucos meses. Entretanto, mesmo que o quadro se modifique em dois meses, uma grande redução da doença possibilita que você entre em uma ‘zona de tratamento’ usando quimioterápicos, etc.

O ponto é que nos agarramos ao comum e preferimos segurar no tronco e seguir a correnteza ao invés de esperar um pouco mais a vinda dos socorristas, sendo que a espera acabará se mostrando mais rápida do que boiar até terra firme. Quero dizer, porque não continuar o tratamento alternativo e terminar curado sem efeitos colaterais, Temos medo do desconhecido, mesmo que este sinalize claramente sua competência. Preferimos nos agarrar ao conhecido, mesmo que ele não nos dê garantias.

E quando lemos e ouvimos e vemos casos de cura que nos parecem inacreditáveis? Parece que preferimos negar algo extraordinário porque nos acostumamos a controlar os resultados. Que a cura depende da medicina e que os sintomas devem ser os descritos pelas autoridades médicas. E se você andar mesmo que digam ser impossível? Decreto o fim? Quando eu chegar lá eu te digo.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O ORÁCULO.



Calma! Espere um momento. De tempos em tempos procuramos por alguém que nos possa ajudar a resolver os problemas. O mais comum é que procuremos pessoas gabaritadas para isso, se os problemas forem de ordem física, poderemos resolver consultando médicos, advogados, contadores, engenheiros, etc. conforme a espécie de dificuldade, mas se forem problemas de ordem moral ou mesmo espiritual costumamos recorrer, sobretudo, às religiões e principalmente os seus gurus. Ainda bem que temos estas opções.


Porém estamos tão acostumados a recorrer a estes padrões que negligenciamos as respostas advindas da vida. Mesmo para os problemas de ordem física, às vezes – e deveria ser sempre –, a solução está bem diante dos nossos narizes.

Vou dar um exemplo que aconteceu comigo na época em que passava por um processo de diluição do passado e seus problemas, precisei reescrever a ideia de que algumas situações e pessoas inconvenientes deveriam ser afastadas por uma nova ideia de que elas deveriam ser compreendidas e aceitas, mas como?

Não acreditei quando descobri a resposta ao ver este desenho animado. Poderia ter usado tarot, i ching ou outros oráculos, além de filmes ou palestras ou ditados como 'mais vale um pássaro...'. Para contextualizá-lo farei uma pequena introdução sobre o personagem.

Quando criança uma criatura “má” foi aprisionada dentro dele. Como esta criatura fora responsável pela destruição de sua vila e de muitas pessoas, inclusive os seus pais, ela foi estigmatizada pelos sobreviventes. Você pode pensar em todos os problemas que uma criança criada assim poderia ter, mas não. Usou a indignação como uma força de vontade de mostrar para todos que eles estavam errados. Por fim conseguiu provar as suas qualidades e ganhar o respeitos de todos. O seguinte vídeo parte deste ponto, quando o personagem precisa controlar os seus medos para...

O TOMBO



Se eu pareço repetitivo é porque não encontro palavras para finalizar, explicar, liquidar o que me propunha. E fica óbvio que tudo o que tenho dito já foi dito por quem entendeu e tentou simplificar. Alias, quanto mais complexo parece, mais simples eu acabo reavaliando, é preciso ser assim. Falar para crianças.

E traziam-lhe meninos para que lhes tocasse, mas os discípulos repreendiam aos que lhos traziam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele. São Marcos 10:13-15

Eu ainda sou e todas as manhãs repito: Sou ‘idiota’, sábio e perseverante. Para começar o dia com duas resoluções, a de que não quero e não preciso ser arrogante e orgulhoso e me impor diante [?]. E que não posso desistir logo na primeira contrariedade. O que gera um círculo vicioso, porque se eu me sentir contrariado, frustrado ou indignado é sinal de que o meu nível de arrogância atingiu um patamar alarmante. E ele assume uma personalidade orgulhosa que me assusta. Este ciclo se repete não só nesta vida. Buscamos um equilíbrio entre o orgulho e humildade que acaba sendo uma daquelas batalhas eternas entre o bem e o mau. Somente nos resta sermos espertos e passar a perna nos outros se quisermos sobreviver.

"Se é isso que é ser esperto, vou viver o resto da minha vida como um idiota!"

Então eu simplesmente ignoro-os, simplifico. Por isso o ‘idiota’ como uma ideia de ingenuidade e perseverança. Ou seja, o que gera o ciclo ou reativa-o é somente o que me causa medo. Se alguma coisa, ou alguém, se interpõe às minhas verdades eu reajo. Com ferocidade ou submissão. Com arrogância ou desprezo. Com raiva ou impassibilidade. Eu prefiro simplificar usando um axioma, na verdade são alguns.

Se somos criados à imagem e semelhança de Deus, por que pensamos ser inferiores? Ou é Deus que é nossa imagem e semelhança, com barba e impiedoso? Se Deus é perfeito, por que não nos criou perfeitos? Mas se Ele nos criou perfeitos por que não parecemos assim, perfeitos? Ou não vemos a perfeição por que a queremos do nosso jeito? Ou por que a perfeição esteja no fato de podermos fazer tudo. Assim seríamos seus filhos. Se não somos seus filhos, por que rezamos Pai Nosso?

E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi. E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto. Gênesis 1:27-31

Cair nem sempre é ruim.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

FRATURA EXPOSTA.


De muitos modos possíveis, vivo tropeçando. Nos vários sentidos eu caio de modo à quase desistir de levantar, Por vezes o trauma me segura e o sangue arde. Mas na maioria das vezes eu levanto, já não é o caso das quedas imperceptíveis em que me demoro tentando distinguir para onde devo ir. Estamos sendo hackeados por nós mesmos.

Se você está pensando naquelas situações onde ficamos sem chão diante das inevitáveis ‘fraturas’ comportamentais que poderiam ter sido evitadas, você está certo. Coisas como ter certeza daquilo que busca para descobrir que te puxaram o tapete. Primeiro, a certeza nunca é certa, pois se fosse não aconteceriam problemas de percurso. Segundo, ninguém puxa o tapete, na verdade somos nós que tropeçamos no nosso ego, como se nossa sombra fosse como a do Peter Pan que precisava ser perseguida e costurada ao corpo.

O pior desta queda é se apoiar em algo chamado frustração como se ela fosse uma muleta que fica conosco enquanto a fratura não cicatrizar. Se bem que a muleta pode acabar sendo cômoda e ela se chamará ‘zona de conforto’ ou depressão, porém eu já falei disto.

A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda. Oliver Goldsmith

Com o tempo você aprende a cair com classe e a se levantar com orgulho.
Cazuza

Todos caem, mas apenas os fracos continuam no chão... Bob Marley

Se eles dizem, então por que pensar que algo que nos faz tropeçar nos soa como infortúnio? Sempre fomos assim, desconfiados? No entanto a solução para esta fratura exposta é simplesmente mudar o tratamento, já que este é demorado e inconclusivo.

Estava escutando uma palestra sobre Programação Neuro-Linguistica e o terapeuta contava que tinha acabado de ler ‘Sapo em Príncipes’ quando um paciente o inquiriu sobre o tratamento psicológico estar demorando demais para eliminar a ‘fobia’. Ele disse que tinha lido sobre um tratamento que parecia bom demais para ser verdade, mas mesmo assim o paciente exigiu-o. Depois de aplicar um dos métodos, o terapeuta pediu que ele ‘reativasse a fobia’ – coisa de psicoterapia – e ele disse não conseguir. O trauma teria sumido? Para a surpresa do terapeuta o paciente não estava mentindo.

A questão é, existem muitas ‘soluções’ mas elas dependem do quanto você está disposto a abrir sua mente e para isso é preciso descartar suas certezas e aceitar coisas que podem estar além de sua compreensão. Isto é ter fé.

Constantemente caía. E me levantava com sofreguidão e impaciência, E se, talvez, o que me causa esta frustração seja o certo para mim? Já não sou capaz de aceitar que não sei e nem posso controlar os resultados? E que o errado seja o atalho para o certo. Mas tememos entrar no desconhecido... é mais fácil pensar que assim como estamos é melhor.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

GRANDE 'WALL STREET' DE BERLIM

continuação de HORA 'H'.

... o Muro de Berlim? Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes. Bem, por seu aspecto ilusório, que chamamos de realidade, se eu cair para um lado, volto à segurança da ‘zona de conforto’ desagradavelmente adequada. Se for para o que desconheço beiro a insanidade, pois ninguém em seu juízo modificaria a ‘agradável’ vida de sofrimento ao qual nos acostumamos para cair no incógnito.

Se no Muro de Berlim eu penso saber qual lado escolher, numa batalha espero ficar na paz de um território ‘amigo’, mesmo que eu viva com medo e apreensão durante a guerra. Às vezes me sinto assim, dentro desta zona como se esta falsa tranquilidade fosse melhor do que enfrentar meus medos. Ou como em ‘Wall Street’ em que a parede significou uma defesa contra possíveis ataques dos índios, de colonizadores da Nova Inglaterra e dos Ingleses, mas de fato foi usada para manter os escravos negros da colônia. A segurança de um cárcere. Por vezes eu acredito que ‘lutar com unhas e dentes contra pedras e flechas’ seja melhor do que viver se angustiando com as pressuposições de ‘e se...’.

To be, or not to be, that is the question: Whether 'tis nobler in the mind to suffer the slings and arrows of outrageous fortune, or to take arms against a sea of troubles, and by opposing end them?"

Ainda porque nunca sabemos de que lado estamos. Então o muro além de sugerir uma linha de separação pode se transformar em um caminho ‘quase eterno’, um rumo.

Rumo? Seria melhor se eu dissesse limbo, como a morada das almas que, não tendo cometido pecado mortal, estão afastadas da presença de Deus, por não haverem sido remidas do pecado original pelo batismo ou, simplesmente por ser um estado de indecisão, incerteza, indefinição. E eu pensava que ficar sobre o muro significasse ‘estado de espera-nça’, mas parece que este estado pode estar em um dos lados do muro.

E ‘estar realmente sobre’ seja como percorrer a Grande Muralha da China, quem sabe eu consiga ilustrar porque me sinto sobre o muro. È exatamente entre estas duas realidades que as coisas parecem acontecer. A realidade passa a ser uma desconhecida, verdades se tornam nebulosas e dúbias. E coisas extraordinárias surgem para que você reconsidere e consiga saltar para o outro lado. Por este motivo que o muro de Berlim foi construído, evitar a evasão dos alemães orientais que se sentiam abusados por uma resolução opressiva. Será a minha situação uma forma de fuga? Será que as muralhas existem para impedir os movimentos ou a passagem ao invés de proteger?

Sobre o muro eu vejo mais longe. Apesar de ser o um mundo novo, talvez eu consiga ver o que me negaram e, mesmo que me pareça mágica incompreensível, talvez, tenha ascensão a novos meios [hábeis] para enfrentar. Ter acesso que significa elevação a cargo ou categoria superior; iluminação.

Hum! Será que estou tentando cair?

We don't need no education

We don’t need no thought control

No dark sarcasm in the classroom

Teachers leave them kids alone

Hey! Teachers! Leave them kids alone!

All in all it's just another brick in the wall

All in all you're just another brick in the wall

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

HORA 'H'


A doença, a crise, ou qualquer outro tipo de problema, é um alerta ao ser humano.... mas quem vai lembrar disso na hora "H "?  Comentário do post PONTOS CASADOS.

Se eu também me descontrolo quando o problema se apresenta insuportável? Sim, eu acho. Temos a capacidade de generalizar pensamentos e sentimentos conforme um ‘padrão’ se mostra incognoscível. É a nossa natureza. Mas não quer dizer que eu estou disposto para responder não, eu acho.

Este é um cacoete que adquiri por sempre ouvir respostas que eram respondidas com ‘sim’ e ‘não’, juntas. Enfim entendi que tudo tem ‘sim’ e ‘não’ conforme o ponto de vista, no entanto isto ainda não esclarece. Quando chega a hora ‘H’ ficamos presos às respostas automáticas e dificilmente conseguiremos agir com lucidez. Evidentemente entraremos num processo de imperativa inatividade buscando recursos, sempre redundantes e genéricos. O medo, o pavor, o pânico travam o cérebro porque enquanto ele busca por ‘padrões’ reconhecíveis, ele entra em um ciclo exponencialmente ativo e shutdown.

Contudo, mudando os dados, os resultados podem mudar. Mas isso só será eficiente se mudarmos o modo como reagimos ao problema. Garanto para você que é possível reprogramar a mente usando tantos meios hábeis que acabaria me tornando redundantemente incompreensível. E você me odiaria – se já não odeia, perdeu a oportunidade, agora é impossível.

Caso você começasse a pensar em uma situação – hipotética – onde se concentrasse em se pôr na posição do outro, digamos, imagine-se incuravelmente doente. Para ajuda-lo eu serei a ‘prova’. E de nada servirá, porque as suas conclusões jamais serão como as minhas. Você conseguiria supor que alguém ‘com este diagnóstico’ sentiria alívio? Pois eu senti. Quais as razões de alguém tão desgraçadamente ‘fudido’ responder assim? Nem duvido que tenha alguém me recriminando sem sequer pensar sobre o assunto. Te garanto que tudo tem um porquê.

Desculpem-me o termo autopejorativo.

Aqui você deveria considerar que antes de eu saber que estava adoentado, todas as incapacidades e indefinições se transformaram em inaptidões só minhas, não queria e jamais acusaria alguém por minhas inabilidades. Ou seja, como fui progressivamente me desconstruindo – não percebi por dois aspectos próprios: processo arrastado e a facilidade de me culpar. Tem suas vantagens, mas de modo geral é só uma diferença cujos resultados pouco diferem daqueles ocasionado por quem prefira culpar os outros. Demorei, mas compreendi que culpar é uma daquelas soluções ‘padrões’ que recorremos para solucionar o problema na hora ‘H’, porque se só isto resolvesse, eu adoraria.

Então deve ter entendido porque senti alívio. Eu não era o culpado pelas coisas darem errado. UHUUU. Infelizmente quando a ‘ficha’ caiu eu me dei conta que ainda não tinha resolvido o problema, somente o procrastinei. Agora tinha que absorver alguns conceitos indigestos: Agir com resignação diante do impossível – assim que possível, eu descartei. Passei por algumas etapas que destruíram boa parte do meu ‘ego’ usando ‘ferramentas’ bem rigorosas. Agora eu estou sobre o ‘muro’...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

CRAZY HORSE



Estava pensando no artigo que recuperei – MACACO LOUCO VS SOMBRAS – e cheguei à seguinte reinterpretação. Mas antes vamos relembrar: ‘Existem aspectos de nossa personalidade que ignoramos e outros que deliberadamente ocultamos dos outros, mas aqueles que ocultamos de nós mesmos são os piores. Não os desconhecemos, pensamos que não existem, porém é uma proteção de nós mesmos, de nossos mais ocultos medos e expressões’.

Oh!

Ademais, o confronto entre o[s] macaquinho[s] do sótão e as sombras não passa de um subterfúgio da mente. ‘O macaco louco não é uma manifestação das nossas sombras, é o aspecto de nosso eu que está pouco se lixando para as sombras. É a manifestação de nossa vontade de romper com as rígidas estruturas que criam os modelos que nos guiam’. Então é aí que precisamos desconfiar deste confronto teatralizado e admitir a intervenção de um mediador. Não, mediador não, um déspota [tirano]. Vou chama-lo de Crazy Horse ou Cavalo Louco.

Cavalo Louco foi um chefe indígena norte-americano que se impôs contra o governo federal americano. Ao lado de Touro Sentado, ele conduziu seus guerreiros durante a batalha de Little Bighorn, evento em que morreu o célebre General Custer. Um bom personagem para representar o nosso ‘eu superior’. E às vezes o nosso ‘eu’ se comporta assim, na verdade, quase sempre, sempre. Soa autoritário porque sabe e deve ser assim. Ele espera a oportunidade de se fazer presente e isto acontece quando o ego ‘macaco louco’ e as ‘sombras’ se cansam de lutar. E mesmo que nos pareça óbvio e lógico que os dois [ou mais] se enfrentem, isto nunca deixa de ser um teatro de marionetes.

Então você deve estar pensando que o Crazy Horse é o titereiro, o manipulador deste teatro. Bem, é. Também não é. Entre o ‘Ego’ e o ‘Eu interior’ existe um personagem mais graúdo, e este é outra história. Para fins de esclarecimento, quando você desiste de quem é, porque o seu ‘macaco louco’ já não quer brincar com as ‘sombras’, o Cavalo Louco assume o jogo. Porque ‘só os covardes são assassinos’, só o ego assassina aquilo que te define, inclusive os medos. E assim, num jogo de xadrez, o ‘macaco louco’ é o cavalo e as ‘sombras’ – medos, traumas, imperfeições, etc, - são os peões. O rei nunca é o rei. O adversário é você mesmo e o Cavalo Louco é a bússola que conhece o caminho e sabe muito bem como manipular os soldados para que façam o que deve ser feito. Mesmo que pareça uma emboscada. Nem Sacagawea seria capaz para apaziguar os ânimos.

Huf! Por vezes me sinto como o General Custer.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

O TEMPO, O SCAN E O GUARDA-ROUPA


Assistindo demoradamente o quanto preciso fazer para limpar um armário, fico com preguiça só de pensar que é necessário. Mas tudo tem um tempo e um porquê.

E se eu pudesse pensar fixamente em como tornar tudo mais decidido e acelerado, perderia o mesmo tempo para conseguir o que preciso se começasse agora usando só as mãos. Pois feito é melhor que perfeito. A suposta vantagem está em acreditar que ficar refletindo possa ter melhores resultados no final, mas eu garanto, ficará com suas ‘barbas de molho’ e depois, muito depois do limite estipulado, descobrirá que a sua oportunidade passou.

O tempo não obedece à uma lei, ela flui conforme nossa percepção.
Um dia para mim é completamente distante para você. Limpar o guarda-roupa para mim é um suplício. Porém é melhor do que ver um escaneamento enquanto supõe estar fazendo algo. As minhas conveniências só obedecem às minhas incapacidades. Não posso me dar ao trabalho de escolher ser como você.

‘Tudo parece andar aos trancos e solavancos, mas na verdade a vida está fluindo de forma natural. É a mente que não consegue acompanhar essa fluência e, por isso, imagina que o descontrole seja caos.’ [peixes 06/02/16]

E esvaziar o guarda-roupa é um exercício para que você reconheça se mudou algo dentro de si. Confesso que não teria percebido a mudança se não fosse a doença. Não querendo, mais, elogiá-la.

Ademais, a cada recipiente removido eu removia aquela falsa impressão de que eu precisava daquilo. De que adiantaria tantos livros que não lerei novamente porque eu mudei. Preciso abrir espaço para o novo. Quantas vezes ouvi isso e só agora percebi que depende do quanto estou apegado às ideias do assim é, assim sempre será.

E então li: ‘quem deseja encontrar o seu eu interior não deveria perguntar o caminho para outras pessoas.’ E como aquele aplicativo da minha linha do tempo sabia?

Desisti de limpar o guarda-roupa e comecei a limpar outra cachola. Caixas de HQ’s que guardava para um filho que ainda não existe, fora. Com isso uma parte da infância se fixou onde deveria, fechando o arquivo em aberto. O tempo se mostrou indiferente aos compromissos. Se eu não puder cumpri-los então é melhor descartar. O incrível é que uma nova configuração se estabelece e é bem possível que os compromissos agora se cumpram.

Fico tão preso aos antigos processos que a máquina trava, girando aquela ampulheta por um tempo incomensurável. E então desisto do que suponho necessário, uma fé rígida, e novas conexões nascem. E o tempo se mostra imperceptível. Os resultados que esperei por tanto tempo surgem tão surpreendentemente claros que até duvido.

Que seja, o guarda-roupa é enorme.

O guarda-roupa só quer te dizer que existem coisas que devemos descartar para que elas sejam resolvidas [?] O seu modo de pensar bloqueia o processo, ele precisa de uma nova máquina se quiser resolver alguns assuntos. Como se você precisasse de um novo computador, com um poderoso processador, se quiser resolver algo que era impossível antes. Eu tenho me desconstruído para aceitar que o incurável é absolutamente curável.

Acabou o escaneamento, mas o guarda-roupa está em 25%...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

FUTURO


O futuro surgiu, agora, como uma verdadeira incógnita. Sempre imaginei que as expectativas futuras pudessem delinear as ‘metas’ possíveis, contudo, não consigo e nem quero mais.

Não abandonei os sonhos, apenas estou experimentando perceber as sutilezas do que o EU quer em vez de fincar bandeiras no que o EGO quer – se fixar, ancorar, no aguardo de uma ‘meta’. Quero as ‘metas’ traçadas por quem sabe muito mais de mim e por mais incoerente que seja, ele é eu mesmo.

Quanto mais eu tento explicar, mais ingênuo soa. Agora eu entendo o porquê das parábolas.

E se o futuro é um passado reescrito – nem sempre, pois continuamos repetindo os mesmos erros – , tende a ser diferente de qualquer ‘meta’ pois se vamos criar novas experiências, é presumível que o resultado final seja inesperadamente mais importante do que aquele que imaginamos de acordo com nossas experiência, mas porque isso não acontece?!

“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. [Albert Einstein] Por sua vez como esperar que as ‘metas’ tenham sucesso se você não abrir mão da segurança de suas experiências passadas. Está entendendo? Usar o que você já sabe só servirá de segurança e ancora. Aqueles que superaram o senso tiveram que enfrentar o desconhecido. Arriscaram-se.

E quando eles tentar contar como – e ninguém parece entender, chamam de sorte – fica sutilmente perceptível que existe algo/alguém por trás e, sem perderem tempo racionalizando o como, simplesmente sorriem.

Deve ter percebido que é impossível por em palavras, basta ler o que escrevi sobre o ‘amor’.

AMOR EXISTE?

O AMOR EXISTE, MAS...

AMOR?!?

O AMOR SÓ EXISTE SE HOUVER 'OUTROS'