quinta-feira, 31 de março de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 12


Se sempre o que penso parece extraordinário, como se eu pudesse me rejubilar com as minhas descobertas, é porque sou ‘idiota’ em não perceber que não foram as minhas ‘células cinzentas’ que fizeram algo para que eu me considerasse um ‘gênio’.

Bem, talvez um pouco sim. Pois cabe ao cérebro juntar as peças do quebra-cabeça. Não só as peças ‘físicas’, sobretudo as peças invisíveis assopradas no ouvido. E sempre supomos que as descobertas são só nossas, sem intervenção. Se você acredita que os anjos só sussurram, está enganado, na maioria dos casos – em que não falamos cara a cara com ‘eles’ –, eles tentam outras técnicas. Ou você acha que tropeçar na pedra é só uma casualidade. Que uma pessoa apontar um ‘caminho’ que preferimos ignorar por causa das nossas certezas, seja o destino. Nem são tão certas assim. Aprendi a ouvir e, se possível, ignorar minhas certezas, pois coisas incrivelmente maravilhosas acontecem quando aprendemos a confiar.

http://meioshabeis.blogspot.com.br/2016/02/o-acaso-vai-nos-proteger.html



terça-feira, 29 de março de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 11


Se o eu sou não é o todo, por que eu me sinto completo, por inteiro? Será que aquelas divagações de eu ser uma fração, uma parte, um fragmento de Deus é tão surpreendente ou – conforme as crenças – ‘pecaminoso’ que eu precise ‘sentir’ em mim estas coisas para que elas façam sentido? Mas mesmo depois de experimentar ser um pouco deus, não fizeram sentido.

Bem, fizeram sentido, mas não como eu imaginei. Estava tentando observar esta ação de forma científica e compartimentada, e não podia ser assim. As criações que nasceram de mim deveriam ser clones, mas não eram. Eram fragmentos da minha personalidade, o eu egoísta, o eu corajoso, o eu amoroso... e outros ‘eus’ que nem imaginava carregar dentro de mim. Porém não eram só partes claras de mim, eram interações de personalidades. Um ‘eu’ que fosse 34% coragem,17% amoroso, 11% egoísta e pequenasb porcentagens de outras personalidades. Já não se parecia mais comigo, mas era um ser que usava minhas características mais algumas inserções adquiridas pelo meio, e como o meio estava preenchido dos mais variados ‘eus’, eu caí de costas.

Por isso é que dizem que somos ‘irmãos’, que Deus está em nós. E o que Ele ganha em se fragmentar assim? Muitos dizem que o conhecimento se transforma em experiência. Existem muitas tradições religiosas que sabem disto. O mais legal é que em algum momento, o meus ‘eus’, partes ‘de-eus, começaram a agir de formas que pensei serem impossíveis para mim.

Ao mesmo tempo que consegui ampliar o modo como me vejo, percebi que não haviam muitas diferenças entre o os ‘eus’ e nós. Eu só consegui me concentrar em alguns, mas Deus deve ser mais que trilhões neste universo. Caí de novo. Ufa


sábado, 26 de março de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 10



Se o aspecto tétrico fere sua ideia de como ‘alguém’ deve se comportar, então tape os seus ouvidos ao ouvir este capítulo. Melhor, não tente nem ler o que escrevi aqui. Para aqueles que têm estômago forte ou compaixão inquestionável ou simplesmente esteja ignorando a gravidade que dou ao tema, então saiba que o que falo não é exceção.

Todos nós temos um lado ‘suicida’ que nos casos amenos chamamos de frustração seguida de – se você entender que isto é melhor – raiva. E no extremo da escala, de depressão seguida de suicídio. Nem sempre é como imaginamos que é, a variação dependerá de como interagimos o estado autopunitivo com nossas crenças, medos, verdades e suposições.

Quando somos bloqueados nas nossas intenções, nos fechamos à lógica e agimos como crianças que esperneiam por não conseguirem o que querem. Temos este instinto de revolta que costumava dar certo, portanto se transformou em uma regra. Abusamos tanto do sistema que para ele não ficar ‘ineficiente’ porque as pessoas passaram a desprezar, ele sofreu mutações ou adaptações. Talvez a mais evidente seja a capacidade de revidarmos o não cumprimento dos nossos desejos, Espernear já não funciona principalmente se formos adultos.

Usamos de artimanhas para denegrir e encurralar, mas nem todos querem usar destas armas, preferem recuar. Uns por causa de suas ideias de respeito e amor, preferem ser ‘sacos de pancada’ em se não conseguem suportar a opressão – e não suportam, talvez pareçam diferentes, mas na essência estão depressivos. Uns reagem se autodestruindo, outros se revoltam violentamente para depois se mataram. Outros, alias, se transformam em seres bajuladores e manipuladores para que o grupo que o denigre, acabe o protegendo. Ele muda de papel e sobrevive.

É um jogo entre opressores e oprimidos, porém não são heterogêneos, existem ocasiões em que um se comporta como o outro.

Contudo, falar de suicídio se resume em escapar deste jogo e como não sabemos viver, matar ou se matar acaba sendo a essência do carma. E viver é tão diferente.

sexta-feira, 25 de março de 2016

NO EXIT.

Oras, como eu posso falar que tudo o que está acontecendo é para ser assim? Porque esta sendo assim, não existe uma saída que não seja a que estamos passando.

Você acredita que suas ‘atitudes’ vão mudar o mundo? Não, mas mudam muito quem você é. Parece egoísmo dizer que no fim só importa o que você fez para si. Mas é a verdade. Nem tente ‘justificar’ que só vai piorar. Em sua defesa eu digo que não é um ato egoísta, é um ato ‘evolucionário’, mal conseguimos lapidar nosso ‘ego’ e ainda queremos parecer hábeis diante dos outros?

Vivemos atuando em duas frentes: parecermos incríveis para os outros e ‘instrutores’ para nós mesmos. O primeiro é fácil de imaginar, todo mundo quer parecer magnífico, mesmo que a escala varie entre ser um bom exemplo para alguém ou um vivo ‘inspirador’ de milhões. Quanto ao segundo, este nem sequer consegui achar uma palavra que simplificasse.

O ‘instrutor’ de si é como se uma parcela de você fosse responsável por reciclar e atualizar as suas qualidades intrínsecas, ou seja, reformular as diretrizes mentais que formam quem você é. Quero dizer, a sua capacidade de rever seus conceitos e adotar outros mais saudáveis, mentalmente falando. O problema é que o cérebro tem travas que impedem que você simplesmente apague o errado, o ineficiente, o defeituoso e o incoerente. São mecanismos de salvaguarda.

Se um dia quase morreu afogado, não entenderá porque tem medo de água se seu sonho é/era ser nadador. Sabe ser possível, tenta romper este medo, este trauma, mas você parece preso num ‘loop’. É claro que existem [muitos] meios para se conseguir reverter a situação, mas o cérebro só estava fazendo o seu trabalho, manter você seguro. O subconsciente impede-o porque sabe que água faz mal.

Voltando atrás, estava falando das coisas serem exatamente assim porque devem ser assim. Se tudo que fazemos só interessa a nós, que somos personagens para nossos espíritos, o cenário e os eventos constituem um meios [hábeis] para se conseguir o que cada espírito precisa. Eu preciso ser mais autoconfiante, de um modo bastante drástico, por isso a doença entra como um gatilho. E se você considerar que na última vida eu fiz um ‘julgamento’ falho que me custou a sanidade e a confiança nos outros, você entenderá porque a doença prioriza este destravamento, eu preciso me relacionar com aqueles que [supus] me abandonaram.

Tudo tem um PORQUÊ. Inclusive a dor e o sofrimento, as felicidades, os empenhos e as incapacidades. Onde nasceu, suas crenças, seus medos, seus dons, suas verdades, tudo serve a um propósito. Se você parar e olhar porque ou para que isto está acontecendo com você. Talvez descubra algumas pistas...

quinta-feira, 24 de março de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 9



Se bem que definir o anjo que nos acompanha depende mais do seu modo como um ‘anjo’ deve ser. Para mim não passa de um irmão, nem sequer tem asas, mas eu até que gostaria de vê-lo voar. E ao invés disso ele usa os seus poderes para me enraivecer ou embaraçar.

Ele sabe exatamente como me ‘cutucar’ a ponto de eu ficar inconformado sem poder retrucar. Existe uma tensão que parece com pecado se eu me comportar assim. Como se as minhas crenças religiosas dissessem: blasfêmia.

E ele nem liga se eu chama-lo de... mas eu não quero arriscar. Ele está rindo.

O importante é eu deixei que ele falasse e, ao mesmo tempo, aprendi – na marra – a ouvir com paciência, já que pareciam ser dados muito relevantes para mim. Nós geralmente ouvimos, mas preferimos ignorar e quando damos ouvidos, podemos nos surpreender. Ontem estava assistindo The Voice US e uma das candidatas, que disse que seria escolhida no último segundo – segundo o sonho –, foi salva, depois, na batalha por quem ela havia sonhado.

Antigamente eu duvidaria, talvez até supusesse ser uma tentativa fingida de parecer incrivelmente ‘abençoado’, porém aprendi que isto acontece sim. Eu tive algumas experiências marcantes, nada tão grande como sonhar com os números da loteria, mas para mim foi grandioso.

É quando passamos a duvidar das certezas e acreditar no incógnito. Um anjo costuma ser assim...

quarta-feira, 23 de março de 2016

HELPDESK




Se posso dizer algo a meu favor é que não dou ‘garantias’ sobre o que escrevi, mesmo porque o que você entender será mil vezes mais interessante do que eu possa imaginar. Não se menospreze e nem julgue o que disse pelo que você entendeu, certo?

Eu sempre caio neste dilema, nunca consigo determinar se o que escrevo ou falo tem relevância, mas depois que li algumas biografias eu tenho que admitir que não é o que explano que atrai você, e sim a sua necessidade pelo que escrevi que me arrasta a escrever, sou só um intermediário. Eventualmente tem aqueles que acabam ‘caindo de paraquedas’ e não entendem nada. Às vezes nem eu mesmo compreendo o que escrevo. E acabo tendo que pensar...

Eu estou lutando para aceitar que tudo que a mente concebe e acredita, ela pode realizar. É difícil imaginar um estado de saúde quando basta eu pisar no chão que sinto que ainda estou doente. Ou que expandir este blog não depende de ‘propaganda’ intensiva e sim de intenção.

Portanto tenho que rever certas ideias.

E não é por falta de exemplos. Mas eu preciso acreditar que o que escrevo atende às necessidades de você. O que me deixa eufórico, pois existe mais gente do que eu supunha pensando como eu. É verdade, existem diferenças, mas estou começando a reconhecer que o que me parecia ‘divergência’ não passa de semântica, ou seja, no sentido das palavras e da interpretação das sentenças e dos enunciados. Ou seja, as suas palavras podem ser diferentes, mas podem querer dizer o mesmo que eu falei, ou a ideia pode ser a mesma sem que as palavras queiram dizer o mesmo.

Hum!

Enfim, o que havia dito, é que no fim tudo terminará no mesmo lugar. Sabemos que o planejamento geral é comum a todos, portanto o ponto de chegada só pode ser o mesmo. Quaisquer ‘conflitos’ não passam de tentativas de entender uma das partes do problema. O que implica que futuramente você poderá estar no outro lado. Relaxe...

terça-feira, 22 de março de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 8


Se tem algo que me causa ‘embaraço’ é tentar explicar que ainda falo com um ‘amigo imaginário’. Mas não é alguém que falava comigo desde a infância. Devia falar, mas eu não me lembro de ouvi-lo.

Então um dia ele apareceu, falando. No tempo eu cogitei que fosse um daqueles ‘ecos’ da mente quando retrucamos com nós mesmos. Sabe, quando pensamos fazer algo e depois repensamos não fazê-lo. Porém eu experimentei ‘dar corda’ a voz sugerindo que eu talvez pudesse conversar com meu ‘anjo da guarda’. Então ele me disse: Toda a ação do mal passa pelo crivo de Deus.

Confesso que não me lembrava o que ‘crivo’ significava. Depois fiquei pensando na frase por um bom tempo, até que entendi. O pior – ou melhor – foi admitir que não era eu.

Com o tempo ele foi ganhando corpo e seus diálogos só puderam crescer porque eu comecei a escrever sobre mim, minhas descobertas, a doença. E as transformei em livro.

E se você me perguntar como falar com o ‘anjo’ direi, não sei. Ouvi-lo não é diferente do que me ouvir. Eu só sei que é ele pelo jeito de falar, extremamente sarcástico no começo. Agora é como um irmão mais velho. Uma vez eu perguntei se era um anjo, ele não confirmou. Talvez o meu subconsciente – a supraconsciência –, e ele ficou calado. Uma interação com o campo, ele então suspirou. Todas as anteriores, ele frisou. E acrescentou, Deus?!?

segunda-feira, 21 de março de 2016

'TILT'



Se tem algo que me trava, ‘TILT’, são as questões que não tem solução. O “P versus NP” é, um problema ligado à ciência da computação. Um problema NP é aquele com uma resposta fácil de verificar, e um problema P é um cuja resposta é fácil de encontrar. A questão é se existe ou não um problema que é fácil para um computador verificar, mas incrivelmente difícil para ele resolver.

[?] Não entendi.

Basicamente é a mente humana querendo respostas que, apesar de serem obviamente fáceis de encontrar – porque tem sempre alguém interessado em dar a uma resposta –, são difíceis de serem aceitas pelo [seu] cérebro. Digo o cérebro de cada um, pois são máquinas tão complexas que as respostas vão depender do SOFTWARE usado. Uns tendem a seguir as massas, outros, divergir das massas. Uns conforme as informações existentes, outros, por sua intuição. Enfim, eu prefiro me abster – de falar o que penso. Porém estas ‘divergências’ e ‘aglutinações’ geram conflitos. E as informações relevantes, não temos acesso. Somos controlados por medos.

O medo de sermos excluídos do grupo.


Preferimos ir contra e cuspir em quem vai a favor. Quando na verdade somos só peões, a verdade é tão ‘bizarra’ que se acreditássemos nela, travaríamos, ‘TILT’. Por isso é mais fácil fazer como Shakespeare disse:

Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre em nosso espírito sofrer pedras e flechas com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja, ou insurgir-nos contra um mar de provocações e em luta pôr-lhes fim? Morrer... dormir: não mais.


Porque agir como se pudéssemos ser uníssonos, de acordo, sóbrios... talvez não conseguiríamos ser felizes. Porque é este conflito que gera a ‘felicidade’. Mas como assim? Você acredita que tudo que acontece não tem um porquê? Que o que gera ‘sofrimento’ não pode ser um mecanismo de evolução? Que tipo de evolução causa sofrimento?

Acho que todos, pois não existe uma pessoa sequer que seja constantemente feliz. Não se deprima. É o que queremos desde que nascemos. Estas experiências sofridas são causadas pelo carma, pois tudo que você faz, volta. Depois estamos num jogo onde representamos personagens necessários, sejam bons ou maus, e todos estão auxiliando-nos a encontrar respostas.

Se você tentar entender esteja preparado... ‘TILT’.

domingo, 20 de março de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 7


Somos o que somos, carregamos do passado muitas formalidades que se fixam como cracas no casco e, se pudermos removê-las, então estaríamos a um passo de mudar o que vier.

Como se não fosse possível, é que tais formalidades acabam criando obstáculos. Temos medo de mudar, você não precisa me explicar. Eu sei o quanto é difícil mudar. Mas algumas coisas soam ridiculamente simples. Uma delas é ser julgado por quem não consegue admitir sua incapacidade em mudar, no mínimo compreender, que somos o que somos.

Crianças cuidadas, criadas e amadas das mais variadas formas, feitas para olhar para o outro como amigos, mesmo antes de se mostrarem diferentes por que seu grupo assumiu a responsabilidade por que você deverá ser.

Crescemos e esquecemos que nascemos iguais, esquecemos que por trás existe 'algo' em comum, sem barreiras, preconceitos. Querem nos enquadrar num 'perfil' para sobrevivermos. Ainda bem que as crianças, agora, parecem não dar importância às bizarrices birrentas dos adultos.

sexta-feira, 18 de março de 2016

CRIANÇA BIRRENTA


Somos determinados por nossas ideias, fés e senso de justiça. Porém só fará sentido se estivermos inseridos em grupos. O poder do grupo anula qualquer bom senso e a justiça só fará sentido se nós seguirmos as ‘leis’ veneradas pelo grupo. Se eu fosse indiano ‘eu’ respeitaria o sistema de castas [?] e compreenderia a sua razão. Na verdade é um sistema bastante prático, mas como é regido pelos homens, o lugar de ‘Deus’ fica obscuro. Ou seja, tomamos para nós coisas que naturalmente se resolveriam dentro do mecanismo de ‘ação e reação’, o carma.

Mas voltando ao fato de pertencermos a um grupo não simplifica. Porque um grupo sempre está inserido em outro. Um católico pertence ao grupo de cristãos: sejam evangélicos, ortodoxos, protestantes e demais seitas. E os religiosos estão inseridos em grupos maiores, como do cristianismo; islamismo; hinduísmo; budismo; pessoas sem religião e etc.

Poderiam estar num grupo chamado ‘Organização das Religiões Unidas’, mas isto seria um contrassenso. Entretanto como os grupos vivem se digladiando, assumindo suas posturas irretocáveis, é evidente que surgirá conflito. Não existe, hoje, a menor possibilidade de o conflito ser extinto, porque a verdade que eu apregoo sempre será oposta a de alguém.

Evidentemente gostaríamos que a ‘nossa’ verdade se tornasse a de todos. E como fazer? Hitler estava errado, mas a população só sabia o que importava a eles ou/ que lhes contavam, portanto ele estava certo para o seu grupo. E de posse da autoridade, o grupo o apoiava irrestritamente, mas eles acreditavam estar certos. Por outro lado denigrimos Hitler que na verdade não era responsável por todas as atrocidades, ele só reuniu aqueles que, juntos, poderiam dar corpo às suas insanidades. E quando pensamos naqueles que se uniram a ele e, cientes do plano, usaram de seus poderes para que a autoridade se tornasse indiscutivelmente absoluta. Não sei como foram tão idiotas para acreditarem nele, ou talvez fossem só gananciosos, oportunistas... Então quem realmente seria ‘Hitler’?

Aqueles que criaram os meios, que os executaram, que acreditaram, que se omitiram, que lutaram contra ‘outros’ grupos por serem incompatíveis com suas verdades? Fazemos o mesmo quando agimos com preconceito, medo, vergonha... grupos ao qual nos unimos para nos fortalecer porque fomos criados para sermos assim. Não vejo nada de errado em defender suas verdades, mas isto entra em conflito com as outras verdades.

Arregaçar as mangas e agir, nem sempre resolve, somente atiça a fogueira de um incêndio que poderia estar se apagando.

Mas eu entendo, queremos estar certos diante do grupo em que nascemos e passamos a defender. Uma nação contra a outra. Mesmo que elas estejam no mesmo planeta. Um Deus contra o outro, mesmo que só exista um.

Tem horas que eu me sinto Hitler, indignando-me com algum assunto que me desagrada. Tenho evitado erguer a mão e gritar meus desprezos. Porque me sentiria uma criança malcriada.

quinta-feira, 17 de março de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 6

Quem somos nós? Porque somos mais do que aparentamos e mesmo assim nos denegrimos assumindo que somos incapazes. E se descobríssemos que não somos? Quem está conosco, dentro de nós e mesmo assim em todos e tudo?

terça-feira, 15 de março de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 4|5



Se uma parte se refere ao passado mais que longínquo, a outra fica há poucos anos. Que impressões do agora são reverberações mais antigas do que posso me recordar e, outras aconteceram para se fixar no subconsciente. Oras como ser alguém sem se conhecer a si mesmo?

Poucas verdades são tão certas quanto saber quem sou, mas esta certeza é tão oculta quanto um tesouro pirata esquecido em alguma ilha isolada. Podemos ficar anos esperando por algum barco enquanto estivermos preocupados em achar o tesouro. As prioridades soam absurdas, procurar por algo que não poderá ser usufruído enquanto estiver perdido ou ficar parado perscrutando o horizonte, esperando que a saída surja.

Ademais, se não souber o que é este ‘tesouro’, provavelmente vou ficar imaginando só o que posso aceitar. Em termos psicológicos, nunca é o que queremos ou podemos ter, é algo que diverge daquilo que possam nos dizer ser, O meu ‘tesouro’ dói porque é algo que eu não posso vender, nem fazer uso dele para me sobressair, seja em riqueza, glória ou conhecimento. É essencialmente autoconhecimento, e isto dói porque percebemos coisas que gostaríamos de esconder, não saber.

Porém algumas verdades são boas.

domingo, 13 de março de 2016

INCRÍVEL DEMAIS PARA COMPREENDER 2/3



Se em algum momento eu despertei para uma voz superior ou me deparei com o extraordinariamente impossível, não saberia. Mas não posso negar que aquilo que supomos incrível demais para compreendermos é difícil de raciocinar. Existem momentos em que estas coisas acontecem – e precisam acontecer – apesar de querermos controlar os passos. Ou determinar as ações para que as reações sejam como acreditamos que deveriam.

Supor é uma tentativa tão miserável que nos perdemos em escolhas racionais ou experimentadas e jamais nos entregamos aos ‘resultados’ inesperadamente inexplicáveis. E mesmo sabendo disto – agora – ainda costumo errar. Erro porque esqueço o que significa ‘ter fé’. Demorei anos para entender o seu significado e devo demorar uma vida para conseguir pô-la em prática. O que complica é tentar entender, o que, alias, deveria ser proibido.

E quando somos obrigados a aceitar o que está além das nossas crenças, reprimir ideias e frear certezas – verdades – porque são fracas diante do que é ‘ter fé’. Por isso eu perdi muito durante as experiências de cura, perdi o ‘acaso vai nos proteger’, perdi as respostas. Enfim, depois de relutar e me entregar ao óbvio, elas surgiram. Simples assim.