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sexta-feira, 14 de março de 2014

TUDO O QUÊ JÁ TINHA QUE EXISTIR...

Quantas vezes nestes dois últimos anos eu me deparei com a verdade de que nada sei, pior, de que nada sei do que jamais supus existir? Não posso dizer que era uma pessoa que selecionava os temas, sempre tive profunda curiosidade por quaisquer assuntos de categorias bastante abrangentes – mesmo aqueles considerados de veracidade questionável. Por que tais assuntos – ignorados por mim – jamais foram percebidos?

Porque toda ignorância é uma bênção – esperando o momento certo.

Não estou falando de palavras ocultas ou de conhecimentos místicos que poderiam se enquadrar em assuntos desconhecidos, porém já ouvidos. Eles estão lá, esperando um movimento nesta direção quando eu quiser, em estantes de livrarias ou obscuros sebos. Falo de assuntos que, por mais que eu procure nos links mais excêntricos da rede, jamais ouvi um comentário sequer. Na verdade foram temas que escorregaram de meus dedos e se transformaram em lendas de uma imaginação instintiva: o momento certo.

Precisava rever alguns conceitos – crenças limitadoras e incoerentes – se quisesse abrir os olhos para estes tópicos. No meu caso estamos falando de uma doença incurável. Todas as perspectivas mudam de contexto, e assim as ações precisam ser repensadas. Com base em que? Na perspectiva de que eu venha a sofrer? Ou morrer? E todos, mesmo sem tais problemas insolúveis, não correm os mesmos riscos? O bom é que estes obstáculos sempre tem um caráter de transformação interior que poucas pessoas – que não passaram por problemas insolúveis ou medos excruciantes – compreendem, porque precisam experimentá-las na totalidade de suas consequências.

A explicação mais clara que eu encontrei foi dita por Wayne Dyer: “...você não compreenderá estas coisas, mas quando chegar lá, descobrirá que fazem sentido”.

Isto quer dizer que em algum momento de sua vida – e este tempo chegará hoje ou daqui mil anos, pouco importa o tempo, que não existe –, você estará pronto para lutar por suas verdades. A palavra lutar não corresponde ao sentido que eu gostaria de descrever, porque não se trata de uma contenda entre forças antagônicas, mas das percepções que constroem o ego e se rivalizam e se chocam porque começam a se reconhecer – a princípio – contrárias e sobrepostas. No fim, esta luta não exclui. Todas as percepções, mesmos as divergentes, se completam e assumem que o conhecimento não deve ser considerado parcial, por causa das experiências que, ao mesmo tempo em que confirma ou invalida o conhecimento, insinua que existe algo além deste que nós traduzimos por intuição.

Mas e quanto aos assuntos que comentei e eram para mim obscuros e inimagináveis! Na verdade eu possuía algum “conhecimento” apesar de não saber como este agia. Em algum momento eu percebi que podemos nos conectar com uma energia, e aqui podemos chamá-la de Deus. Eu a conhecia por Fluido Cósmico Universal e a descrição contida no Livro dos Espíritos é:


27. Há então dois elementos gerais no Universo: a matéria e o espírito?

Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o espírito não o fosse. Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que não apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.

Poderíamos chamar de hálito de Deus, ou como estamos acostumados a ler, o Verbo como João escreve: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”.

São descrições válidas, porém incompletas. Não que a informação completa pudesse ampliar o conhecimento, o erro está em buscar entender o texto com base nas explicações dadas e difundidas por intérpretes. Henry Ford chamava este fluido de corpúsculos espirituais e percebia que a ação do pensamento [espírito] podia produzir uma infinita variedade de ações.

Ford: Como já disse antes, quando pensamos em alguém ou em algo, uma parte da nossa energia vai até esse alguém ou algo, utilizando os corpúsculos espirituais como veiculo. Os corpúsculos espirituais existem não só dentro de nós, como também fora de nós, envolvendo-nos, formando o ambiente ao nosso redor e influindo no nosso temperamento, no estado psicológico e na saúde.
Mais precisamente no âmbito do pensamento que atrai, há 85 anos uma religião, uma filosofia, ensinava que o pensamento se concretizava quando era impresso neste fluido, denominado aqui como o mundo da imagem verdadeira. No budismo, este fluido é o estado búdico que é simplesmente o nosso estado original e de capacidades infinitas que estão camufladas por ilusões e medos. Parece-nos certo criar medos e viver de acordo com esta regra de autodefesa, reconhecendo no medo a ação do mal. Mas toda a ação do mal passa pelo crivo da bondade de Deus. Ou seja, estamos sendo incoerentes quando afirmamos ter fé em um Deus perfeito, onisciente, onipotente e onipresente e, ao mesmo tempo, apoiar todas as nossas resoluções na ideia de que o homem é imperfeito, pecaminoso e precisa aprender a compaixão se quiser sobreviver. Então onde fica o fato de que somos como Deus, filhos de Deus que são bons perante Seus olhos:

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi.

E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto”. Gênesis 1:26-31

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

105 - as regras que estão mudando as regras

Muitas vezes nós não questionamos o que existe, porque se milhões de pessoas o fazem, é porque esta é a melhor maneira de fazê-lo. Mas este não é o melhor caminho, é apenas o caminho do meio, o de sempre.

Earl Nightingale, Lead the Field

Isto me recorda que o budismo usa a expressão “Caminho do Meio” como um equilíbrio entre extremos, com o objetivo de controlar as nossas emoções e assim, superar os instintos. Mas, de alguma forma, pela primeira vez eu percebo que o próprio caminho do meio pode se transformar numa armadilha quando estagnamos as nossas emoções. O controle das emoções é um passo, depois devemos aprender a usar os extremos a nosso favor. Agora eu entendo porque tudo é mutável e impermanente. Os meios hábeis surgem conforme avançamos, não existem certezas.

Capítulo 2: As regras que estão mudando as regras – tudo o que é popular é errado.

O autor nos diz como ele ganhou uma medalha de ouro do boxe chinês, apenas quatro semanas após começar este esporte, analisando as regras do campeonato e encontrando brechas para que ele pudesse ganhar esta medalha com facilidade, o que 99% daqueles com 5-10 anos de experiência nunca tinham conseguido fazer.
Tim Ferris usa essa história como um ponto de partida para explicar o que é necessário para desafiar o status quo, o que frequentemente todo mundo deseja fazer. Obviamente, devemos inteligentemente mudar: mas não é porque todo mundo anda sobre os pés que nós precisamos começar a caminhar sobre as mãos. Caminhar sobre os pés funciona muito bem. Não devemos consertar o que não está quebrado. O autor dá-nos o que ele vê como as 10 regras básicas do novo rico, e que questionam o consenso:

1 - Aposentadoria é o seguro para o caso de acontecer a pior das hipóteses: deve ser visto como uma chave para se usar na pior situação possível, ou seja, a incapacidade física total para trabalhar.
2 - O interesse e energia são cíclicos.

3 - Menos não é preguiça: fazer menos trabalho e se permitir concentrar nas coisas que realmente importam para você não é preguiça. Preguiça é o fato de suportar uma vida que não é feito para nós, deixando que as circunstâncias e os outros decidam por nós.
 
4 - A noção que se tem do tempo nunca está correta.
 
5 - Peça perdão, não permissão.

6 - Concentre-se em seus pontos fortes, em vez de reparar nos seus pontos fracos. 

7 - Coisas em excesso tornam-se seu oposto.
8 - O dinheiro por si só não é a solução: "Se eu tivesse mais dinheiro" é uma das desculpas mais usadas para procrastinar e impedir de viver seus sonhos. 

9 - A renda relativa é mais importante do que a renda absoluta.

10 - Stress e eustress (stress positivo): O estresse não é sempre uma coisa ruim, devemos distinguir entre o estresse negativo, que nos enfraquece, diminui a nossa confiança em nós mesmos e nossas capacidades, e eustress - o prefixo grego "eu" significa "saudável" (como em "euforia" ) - que tem uma pressão positiva para nós, como os modelos que nos empurram para superar a nós mesmos, a crítica construtiva, a emoção de risco, tendo que exceder nossas zonas de conforto. Não há progresso sem eustress.

Há um grande fator de autoestima, na verdade são duas vertentes: valorização de si e o elogio. Empregar o seu tempo para ampliar o seu autoconhecimento gera uma expectativa de valorização do ser, que acaba refletindo em todos os aspectos da vida. Tim faz uma conexão entre as capacidades da pessoa, de suas potencialidades, com aspectos profissionais. Pois são as condições profissionais as maiores fontes de estresse e desanimo e, a falta de confiança em si mais a baixa autoestima, nos impedem de romper os hábitos e as crenças criadoras do sofrimento.texto completo em 002MH2: http://livrosqtransformam.blogspot.com.br/2013/11/002-as-regras-que-estao-mudando-as.html



sábado, 16 de novembro de 2013

103 - trabalhe 4 horas por semana

Apesar de não ser um autor de autoajuda, e ele está mais para um empreendedor de ideias, as ideias prevalecem. Porém as suas observações quanto aos padrões e hábitos corporativistas podem nos esclarecer certas limitações pessoais que não conseguimos desbloquear. Se a sua visão destes aspectos são inflexíveis, mesmo sendo algo tão palpável, a sua rigidez não permitirá sequer cogitar uma autocura, um processo de autoconhecimento.
 
Por outro lado, as questões apresentadas neste Primeiro Capítulo, deixam claras as causas da maioria das enfermidades, de que a falta de tempo e sonhos são as causas das doenças. São sempre elas que causam a destruição da autoestima, que substitui a confiança nas nossas qualidades em uma sombra de incapacidades que nos cercam. E não só na vida profissional. Indubitavelmente, ao se concentrar em um aspecto da sua vida, todos os demais seguirão. Apresentarei o resumo dos capítulos, assim que traduzí-los e farei as minhas observações, as mesmas que fiz à época em que o li.
 
Quem é Tim Ferriss, então:

“Tim Ferriss é empreendedor, vive viajando pelo mundo, campeão chinês de kickboxing, fez uma novela no Japão, ganhou um recorde no guiness book em tango, tornou-se investidor anjo e estrela no Vale do Silício.”
 
Ou da Wikipedia:
 
Timothy Ferris é um autor americano, empreendedor, investidor anjo e palestrante. Em 2007, publicou o livro Trabalhe 4 horas por semana, e em 2010 publicou 4 horas por semana – O corpo, ambos ficaram no topo da lista de bestsellers. Seu livro mais recente, Seja um Chefe em 4 horas foi publicado em novembro de 2012.Ferris também é um investidor anjo ou conselheiro para o Facebook, Twitter, StumbleUpon, Evernote e Uber, entre outras empresas.

A frase-resumo de "Trabalhe 4 horas por semana" As pessoas, na sua maioria, são empregados ao longo de suas vidas, e trabalham das 9h às 17h durante 40 anos para se aposentar aos 60 anos (ou mais), este livro explica como quebrar o sistema, reduzindo significativamente o tempo de trabalho, libertando-nos das limitações geográficas - o que nos permite viver em qualquer lugar do mundo - e automatizar nossa renda para que possamos fazer mini-aposentadorias para cantar e viver nossos sonhos.



Resumo de “Trabalhe 4 horas por semana". Passo 1: D de Definição.
 
Tim Ferriss começa por contar um encontro que aconteceu a milhares de metros acima do nível do mar, na primeira classe da cabine de uma aeronave, com um magnata americano chamado Mark. Mark possui postos de gasolina, supermercados e salões de jogos de azar: aconteceu que ele e seus amigos poderiam perder 500 mil a um milhão em um fim de semana em Las Vegas, e ele lhe disse:
 
Cada um.
 
Quando Tim Ferriss, com a curiosidade já despertada, perguntou qual dessas atividades ele preferia, a resposta foi rápida: “Nenhuma”. Mark explicou-lhe como havia passado 30 anos de sua vida com pessoas que não se gostavam, fazendo atividades que não gostavam, comprando coisas que não precisavam.
 
Mark foi um destes mortos-vivos. E aqui é precisamente o tema deste livro: evitar fazer parte.
 
Qual é a diferença entre o que o autor chama de Novos Ricos e as Pessoas Normais, que guardam tudo, para no fim descobrir que tudo o que conseguiram na vida escorregou por entre os dedos? Uma série de coisas que definem a sua filosofia de vida, e, portanto, seus objetivos e prioridades são:

Pessoas Normais: Trabalhar para si mesmo.
Novos Ricos: Fazer os outros trabalharem para você.
Pessoas Normais: Trabalhar quando quiser.
Novos Ricos: Evitar trabalhar para o trabalho, e fazer o mínimo necessário para o efeito máximo.
Pessoas Normais: Aposentar-se mais cedo.
Novos Ricos: Distribuir períodos mini-aposentadorias em toda a sua vida. Fazer o que emociona.
Pessoas Normais: Ganhar uma tonelada de dinheiro.
Novos Ricos: Ganhar uma tonelada de dinheiro com razões específicas e sonhos definidos a perseguir.
Pessoas Normais: Comprar todas as coisas que você quer.
Novos Ricos: Fazer todas as coisas que gosta e ser tudo o que se quer ser.
Pessoas Normais: Ser o chefe, em vez de o empregado.
Novos Ricos: Não deve ser nem o patrão, nem o empregado, mas o proprietário.
Pessoas Normais: Tenha mais.
Novos Ricos: Tenha mais qualidade e menos coisas desnecessárias.
Pessoas Normais: Alcançar a grande recompensa, seja a oferta inicial de aquisição, reforma ou outro pote de ouro qualquer.
Novos Ricos: Pensar grande, mas assegurar-se de que a recompensa chegará todos os dias.
Pessoas Normais: Ter liberdade para não fazer o que não gosta.
Novos Ricos: O objetivo não é simplesmente eliminar o mau, mas perseguir e experimentar o melhor do mundo.
 
Ser financeiramente rico e ter a capacidade de viver como um milionário são duas coisas diferentes: o valor do dinheiro é multiplicado por quatro coisas que você precisa controlar, 1) o que você está fazendo, 2) quando você faz , 3) onde você faz e 4) com quem o faz. Esta é a liberdade do multiplicador. 
E um banqueiro que trabalha 80 horas por semana e ganha €500.000 por ano é menos livre e menos poderoso do que um Novo Rico, que trabalha 20 horas por semana e ganha €40.000 por ano, mas tem total liberdade em o quê, o quando, onde, e com quem; e olhamos para o estilo de vida que lhes dão o dinheiro e o tempo necessários.

Porque a liberdade - a capacidade de escolher - é o poder real.

Olivier Roland, extraído de:

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

o sistema operacional









Os modelos são como um sistema operacional do computador. Simples e tem uma ação de dar suporte ou “fazer funcionar” o corpo, no caso o computador. Estes modelos estão tão arraigados na matriz do programa que se comportam quase como um sistema autônomo. Em nós, é responsável por controlar todas as funções que nem sequer percebemos, e mesmo assim elas ocorrem independentemente do controle consciente. Portanto, as ações do nosso subconsciente – mental – geram as ações autônomas, assim como aqueles modelos originais que gostaríamos de poder mexer.










A ação consciente da mente é um programa de gerar pensamentos, podemos imaginar este programa como os programas de extensão de um computador que criam ou expandem a capacidade de imaginação do usuário. Programas para armazenamento e compactação de informação, para se exprimir – desenhar, escrever, ouvir, ver –, para se conectar, e por aí vai. Em nós, o usuário é a mente, ou o espírito, que se apropria do corpo e do cérebro para pensar e recriar o pensamento, adquirindo informações e interconectando-as entre si com o objetivo de gerar novas experiências. Como vimos na nova biologia, as células do corpo são como chips individuais que trabalham em simbiose/cooperativismo para gerar o processador. O cérebro não passa de um órgão de intermediação da mente com esta realidade. Assim como no computador, o harddisk – disco rígido – não tem outra função senão a de permitir que os programas funcionem e permitindo que haja interação com o meio, ou seja, o teclado, o monitor, o mouse, a impressora, a webcam e demais periféricos externam o que se processa no computador e recebem os estímulos através do usuário e do meio. Em nós, este mecanismo são os sentidos – não só os cinco – e dependem da junção do processo de pensar com os modelos pré-definidos. Se os dois valores forem antagônicos, ou simplesmente distintos, o computador não executa a ação. Duas linhas de comando que se anulam criam um erro. Em nós, o conflito.







Não admita que o computador humano trave. Existem sistemas de salvaguarda que, além de redundantes, passam por uma autoanálise para corrigir as falhas, mas não impede o conflito. Se num computador duas ações acabam em um shutdown, o homem possui a capacidade de “rodar” as duas ações que se rivalizam, o conflito. O conflito é o mecanismo que nos proporciona a percepção dos modelos, propondo-nos a escolher o melhor. Infelizmente fazemos esta escolha de forma consciente, o que causa uma certa incompatibilidade de intenções. Pois os modelos existentes não concordam com novos modelos. Quando eles são complementares, a mente admite uma adição ao programa. Os dois modelos se tornam um, sob o aspecto se ser mais hábil.













Deepak Chopra diz [sete leis espirituais do sucesso] que as escolhas estão intrinsecamente ligadas à Lei do Karma. Então:

Não há nada de novo na Lei do Karma. Todos já ouvimos a expressão “Colherás aquilo que semeares”. Como é óbvio, se queremos criar felicidade nas nossas vidas, temos de aprender a semear as sementes da felicidade. Portanto, o karma implica a ação da escolha consciente. Nós somos acima de tudo sujeitos dotados da possibilidade infinita de escolher. Em todos os momentos da nossa existência, encontramo-nos naquele campo de todas as possibilidades que nos dá acesso a uma infinidade de escolhas. Algumas dessas escolhas são feitas conscientemente, outras se fazem inconscientemente. Mas a melhor forma de compreender e aproveitar ao máximo a aplicação da Lei do Karma é adquirir o conhecimento consciente das escolhas que se fazem em cada momento. Quer isto lhe agrade ou não, todas as coisas que lhe acontecem no momento presente resultam das escolhas que fez no passado.

Infelizmente, muitos de nós fazemos escolhas das quais não temos consciência, por isso não as vemos como escolhas. No entanto, Se eu o insultasse, o mais provável seria você fazer a escolha de ficar ofendido. Se eu lhe fizesse um cumprimento, o mais provável seria você sentir-se satisfeito ou lisonjeado. Mas pense bem nisto: Não deixa de ser uma escolha. Eu poderia ofendê-lo e insultá-lo e você poderia escolher não ficar ofendido. Eu poderia fazer-lhe o cumprimento e você também poderia escolher não se lisonjear por isso. Por outras palavras, a maioria de nós apesar de sermos sujeitos dotados de uma infinita possibilidade de escolha tornamo-nos feixes de reflexos condicionados nos quais as pessoas e as circunstâncias desencadeiam efeitos de comportamento previsíveis.

Como enfrentar os modelos divergentes? A consciência percebe o problema com o velho modelo e propõe novo. Mas como a consciência se baseia nas impressões e informações parciais que o cérebro armazena e as células processam, o subconsciente tende a não acatar as suas justificativas ou mesmo aceitar as razões para que o modelo vigente seja substituído.

Temos que lembrar que a maioria dos seres humanos não tem acesso à mente ilimitada que é o usuário do nosso corpo, a mente. E o subconsciente, apesar de ter mais familiaridade com a mente, é implacável em manter os modelos. Por quê?

Porque os modelos criados e armazenados no nosso sistema operacional são “os melhores cenários possíveis” definidos por nós. Por nosso espírito que sabe das nossas necessidades. Este é o verdadeiro livre-arbítrio, a de que o espírito sabe o que faz. Faça uma comparação do nosso ego – ser físico – com um personagem de videogame e o espírito com o jogador e terá uma ideia do que quero dizer.





domingo, 29 de setembro de 2013

três conflitos


“Neste mundo há três errôneos pontos de vista: Diz-se que toda a experiência humana baseia-se no DESTINO; afirma-se que tudo é criado por DEUS e controlado por sua vontade e; que tudo acontece ao ACASO, sem ter uma causa ou condição.” A Doutrina de Buda.

O ego cria o medo que gera opressão que amplia o medo que sustenta o ego. É um círculo vicioso, assim como o carma. [22/03/13] O que justifica o carma é a ilusão. Metade do mundo tenta escapar da ilusão e a outra em não cometer pecados, mas isto é uma outra estória. Neste ciclo de nascimento, velhice, morte e renascimento, o carma é reflexo das nossas ilusões, de acreditar que a evolução espiritual depende dos obstáculos. Portanto, desfeito o apego – a ilusão de querer ou não querer, que gera o sofrimento – é desfeito o carma e a reencarnação finda. A este estado Buda se refere como iluminação ou nirvana. Quebrado o ciclo passamos a outra realidade, volto a frisar...

“É tolice e desnecessário a uma pessoa continuar sofrendo simplesmente porque não alcançou a iluminação, quando esperava alcançá-la. Não há insucesso na iluminação, portanto a falha reside nas pessoas que, durante muito tempo, procuraram a iluminação em suas mentes discriminadoras, não compreendendo que estas não são as verdadeiras mentes, e sim, falsas e corrompidas, causadas pelo acúmulo de avidez e ilusões toldando e ocultando as suas verdadeiras mentes. Se este acúmulo de falsas divagações for eliminado, a iluminação aparecerá. Mas, fato estranho, quando os homens atingirem a iluminação, verificarão que, sem as falsas divagações, não poderá haver iluminação”.

É como correr atrás do próprio rabo. Buda era o suprassumo em questão de redundância elevada à enésima potência. Nem assim os discípulos entendem – sou o primeiro a assumir minha ignorância. Como não fazer algo que precisa ser feito para se descobrir que não deveria fazê-lo! Isto me soa mais estranho do que falar sobre viagens no tempo, os tais paradoxos no qual voltar ao passado e matar o seu avô jamais permitiria a viagem.

 Será que precisamos agir assim? A resposta de Deus talvez fosse: Sim e não. Preparem-se, pois as respostas de Deus sempre serão sim e não. Existem duas intenções e elas estão certas, mas mesmo assim erradas. Esta é uma das nossas deficiências, não entender que não existem escolhas. Deus é o certo e também o errado. Ele pode não ter criado o mal, mas nos criou a sua imagem e semelhança, o que pode soar como blasfêmia – é o que eu acho, talvez seja uma destas anormalidades psicológicas que definem o nosso ego. Temos todas as qualidades dEle. Não creio que os filhos de Deus, as suas criações, possam ser falhas – de modo geral.

O que acontece é que Ele nos deu livre-arbítrio. Esta liberdade se dividiu entre culpa e êxito, o que chamamos de causa e efeito. Criamos a dualidade e começamos a experimentá-la como fazemos ao analisar as partes. Esta modalidade intrometida que chamamos de ciência e não é menos ridícula do que vemos os cientistas malévolos do cinema fazerem – modificando genes, criando máquinas temporais, baseando-se em premissas bem duvidosas. Fragmentamos e observamos as partes, o funcionamento destas frações determinam modelos. Modelos astronômicos, modelos biológicos, teorias físicas, receitas nutricionais, etc., entretanto, não percebemos que as partes respondem por uma unidade. E esta unidade cria interações, digamos, inusitadas. Como se um universo paralelo tivesse mais coerência do que o nosso. Um universo mais real.

Todos os conflitos são baseados em ideias parciais, cheias de vazios. Reagimos ao outro porque sentimos uma contrarreação que emana de nós. Parece incoerente, mas estamos em conflito com nós mesmos. O outro reage às nossas vibrações e reage contra-atacando-nos com a nossa imagem interior. Esta ideia se fortalece quando não admitimos que sejam nossas deficiências morais, nossos monstros interiores, que estão se materializando. Como aquele Espelho de Ojesed em que Harry Potter vê seus desejos, e acaba aprisionado por estas ilusões que não o levam para lugar algum, nem o passado e nem o futuro. Uma reação inconsciente daquilo que não gostamos em nós e se apresenta como um inimigo é uma outra imagem refletida no nosso espelho. Pelo menos, ao admitir tais fraquezas – e eu digo por experiência – o inimigo desaparece. E a simbiose autodestrutiva entre você e seu inimigo yourself se transforma. E se isto não acontece, o inimigo se afasta e o conflito não existirá. Por isso devemos agradecer todas as pessoas e coisas, pois são ferramentas que nos incitam a nos conhecer e a nos melhorar. 

Como disse Gandhi: Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer. E os budistas dizem: Quem se vence a si mesmo é um herói maior do que quem enfrenta mil batalhas contra muitos milhares de inimigos. Mas não é muito diferente. Pois o seu pior inimigo pode se parecer com um filho, marido ou esposa, mas esta manifestação caótica não passa de uma reação exteriorizada por você, por nós. Por isso, ao aceitarmos que o outro não está errado, aceitamos que estamos errados e encontraremos meios hábeis – como se existisse outro – para sanar o erro. E este erro não alimentará o conflito. O outro muda porque cessa a animosidade que certamente se baseava em uma impressão criada por nós e projetada como um desagradável reflexo chamado de “próximo” – muito mais próximo do que gostaríamos. 

Ou seja, continuaremos odiando os outros enquanto nos odiarmos. O mestre Ananda Rinpoche disse ao discípulo que queria alcançar a iluminação ao se oferecer à meditação em uma gruta: Não há precisão de ir, pois você encontrará na caverna somente o que levar consigo.


sexta-feira, 24 de maio de 2013

os obstáculos são desejados





“O espírito sabe tudo que há para saber o tempo todo. Nada é misterioso ou desconhecido para ele. Contudo, saber não é o suficiente. O espírito procura experimentar. Você pode saber ser generoso, mas a menos que faça algo que demonstre a sua generosidade, terá apenas um conceito, só terá uma ideia a respeito de si próprio. É desejo de seu espírito transformar o seu melhor conceito sobre si mesmo em sua melhor experiência. Enquanto o conceito não se torna experiência, tudo que há é especulação”. Conversando com Deus. Neale D. Walsch.

Os obstáculos, ou provas e expiações, carecem de dados que lhes possam distinguir como uma convicção, senão aquela que dizemos em momentos de angústia – Seja o que Deus quiser! – e que é pura especulação. Todo o fracasso é uma tentativa de acerto, as experiências acumuladas são os obstáculos que permitirão o ser a progredir. Mas que conceito fazemos de Deus?

“Deus é a inteligência suprema e a causa primária de todas as coisas”. Livro dos Espíritos. Allan Kardec. Que é Deus?

Deus é perfeição. Ele permite que usemos estes meios para alcançar a compreensão. Os limites que restringem as nossas ações servem a um propósito, pois devemos acreditar que Deus não se restringe a nossos conceitos, Ele permeia todas as coisas e observa todas as ações sem intervir com o que nos parece erro, pecado, ilusão, especulação.

“Eu acrescentaria que Deus é uma Realidade que está presente em todo o Universo. É o Universo. É o princípio da criação do Universo e, sendo uma realidade invisível, denominam-no Deus Absoluto e também Criador. Deus é Amor Absoluto”. Um futuro brilhante nos espera. Seicho Taniguchi.

“Se não existisse o ser humano, o Amor de Deus não poderia se expressar perfeitamente. Por isso Deus precisa de você. Se você não existisse, faltaria um canal de expressão de Deus, isto é, um ser dotado de individualidade, por meio do qual ele quer se manifestar. Por isso Deus necessita de você”. Você é dono de potencialidade infinita. Masaharu Taniguchi.


terça-feira, 21 de maio de 2013

desejos constituem obstáculos






“A sabedoria dos Budas é infinitamente profunda e imensurável. O portal dessa sabedoria é difícil de compreender e de transpor. Nenhum dos homens de erudição ou de absorção é capaz de compreendê-la. Qual é a razão disso? Um Buda é aquele que serviu a centenas, a milhares, a dezenas de milhares, a incontáveis Budas e executou um número incalculável de práticas religiosas. Ele empenha-se corajosa e ininterruptamente e seu nome é universalmente conhecido. Um Buda é aquele que compreendeu a Lei insondável e nunca antes revelada, pregando-a de acordo com a capacidade das pessoas, ainda que seja difícil compreender a sua intenção. Sharihotsu, desde que atingi a iluminação tenho exposto meus ensinos utilizando várias histórias sobre relações causais, parábolas e inúmeros meios para conduzir as pessoas e fazer com que renunciem aos seus apegos a desejos mundanos”. Sutra de Lótus.


Para compreendermos as regras do mundo, devemos nos submeter às práticas religiosas. – hoje contamos também com a psicologia, que é o deus dos ateus alterados. Para se exterminar o sofrimento, para entender a origem do sofrimento e assim por diante. Buda sintetiza esta percepção em Quatro Nobres Verdades que são de que a vida é sofrimento, a causa do sofrimento é o desejo, a cessação do sofrimento é se ver livre do desejo e, o modo de fazê-lo é o Caminho Óctuplo.

Então tudo se resume em desejos e em como aplacá-los. Os desejos nascem de nossas necessidades, misérias. Podem ser de prazer, conforto, etc. como podem ser exageradas e se transformarem em luxúria, gula, inveja, etc. ou mesmo em pobreza, fome, humildade... Você não está me entendendo errado, todos os extremos constituem desejos, existem pessoas que anseiam pelo sofrimento, em seus subconscientes são atraídos pelas experiências requeridas. Não estou só me referindo ao ciclo de morte e renascimento, ao carma, falo das expectativas de aperfeiçoamento. São Francisco de Assis acreditava que sofrer, inclusive estigmatizado com as chagas de Cristo, era o caminho para a redenção. O mesmo pode-se dizer de Madre Tereza de Calcutá que, em suas cartas, chegava a indagar porque Deus permitia tanto sofrimento. Eles cumpriram as suas missões nas condições necessárias para a sua compreensão, portanto todas as ações são meios hábeis. – tenho exposto meus ensinos utilizando várias histórias sobre relações causais, parábolas e inúmeros meios para conduzir as pessoas e fazer com que renunciem aos seus apegos a desejos.