Mostrando postagens com marcador ciência. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ciência. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 4 de março de 2014

130 - forças antagônicas e complementares

Forças antagônicas e complementares parecem uma anomalia da natureza que define dois aspectos da natureza humana, que tudo quer saber ou tudo quer se opor. Mas sem os opostos não existiria a compreensão, como você saberia se algo é bom se não tivesse noção do que é ruim? O problema é que queremos destruir o oposto negativo que gera sofrimentos e conflitos.

Se Deus joga dados? Claro e evidente que sim, porém é certo que não. Ficou confuso. Decerto foi lhe dito que as respostas só podem ser sim e não. Um ou outro. E se fossem ambas? Não somos preparados para perceber que as ideias divergentes servem para nos possibilitar visões amplas e não criar sistemas separados de julgamentos baseados em percepções e crenças limitadas e preconceituosas. Pois quaisquer divergências de opiniões geram preconceitos. Preconceito é a ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado sem conhecimento abalizado, ponderação ou razão; mas  precisamos perceber que nem sempre esta opinião desfavorável é sem crítica ou razão. 

 Existem sistemas de crenças que se confrontam simplesmente por estarem em oposição aos conceitos defendidos por outro sistema: capitalismo e comunismo, cristianismo e islamismo, católicos e ortodoxos,  xiitas e sunitas, europeus e africanos, eugenia e miscigenação, homossexuais e heterossexuais, ricos e pobres, alopatia e homeopatia, democracia e ditadura, chá e café...

Sempre estaremos defendendo o nosso sistema, ou sistemas de crenças, em detrimento do que combinamos ser felicidade. Todos os sistemas partilham de um “O SISTEMA”, pois a base de todos os sistemas são simples e se aplicam a todos os sistemas. Conhecer, ou ter conhecimento, de todos os sistemas pode se perigoso para aqueles que defendem alguns sistemas e se opõem a outros. Entretanto, se perceberem o fator de união entre os sistemas, fica evidente que a diversidade de sistemas servem para ampliar o conhecimento e a experiência, sem julgamentos, mesmo que este se torne quase impossível, já que somos criados por um sistema que nos modela.

Deus possui várias imagens conforme o sistema de crença em que Ele é compreendido, por vezes se apresenta como deuses ou é amorfo. Mas na base destas expressões, Deus continua a ser onipotente, onipresente e onisciente; é amor. E nos sistemas de crenças Ele assume formas e se contraria porque precisamos temê-lo ou simplesmente aceitar que homens falem por Ele e deturpem algumas ideias. Contudo é esperado em um sistema de crença que quer se opor ou destruir outro sistema.

O que não percebemos é que os sistemas de crenças se sobrepõem e suas ações aparentemente divergentes se baseiam nas obrigações do indivíduo em. Em um sistema religioso que prioriza a extinção do ego, diz-nos que existem pessoas ou grupos que querem experimentar estas ações e não obstruir as demais crenças religiosas porque elas não priorizam estas Verdades. Em outros sistemas temos pessoas que querem sofrer voluntariamente para se alcançar  o aperfeiçoamento espiritual. E existem tantos sistemas quantos forem as necessidades de cada ser.

No budismo: “É tolice e desnecessário a uma pessoa continuar sofrendo simplesmente porque não alcançou a iluminação, quando esperava alcançá-la. Não há insucesso na iluminação, portanto a falha reside nas pessoas que, durante muito tempo, procuraram a iluminação em suas mentes discriminadoras, não compreendendo que estas não são as verdadeiras mentes, e sim, falsas e corrompidas, causadas pelo acúmulo de avidez e ilusões toldando e ocultando as suas verdadeiras mentes. Se este acúmulo de falsas divagações for eliminado, a iluminação aparecerá. Mas, fato estranho, quando os homens atingirem a iluminação, verificarão que, sem as falsas divagações, não poderá haver iluminação”.

Conhecendo a base dos sistemas, poderemos apreciar as suas consequências sem as aflições do que consideramos sofrimento. Quero dizer, será realmente sofrimento o que nos aflige? 

Eu particularmente começo a integrar vários sistemas de crenças e percebo que quaisquer considerações que fizermos será baseado em sistemas que são intrínsecos a nós. É  muito difícil não julgar já que temos certos protocolos instalados em nosso subconsciente. Um dos meus sistemas é o espiritismo e ideias como ação e reação, causa e efeito, carma sempre dirigiram os meus pensamentos, adequando outros sistemas aos meus [pre]conceitos.

Quando apareceram outros sistemas que pareciam reescrever estas ideias eu quase cogitei, conscientemente, em rever ou eliminar o sistema de crença que me animava os pensamentos originais. As diferenças eram aparentes porque as explicações foram criadas e mantidas por pessoas que jamais poderiam conceber a ideia de unificação ou simplificação. Eles estavam errados? Não, simplesmente não imaginaram que suas palavras pudessem ser expressas de outras formas, dando margem a interpretações desconexas. Na Bíblia temos o dente por dente e o amai-vos uns aos outros que se adequam àqueles que preferem agir conforme as opções contraditórias.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

os cinco conflitos armados

Existem alguns meios para se remover ou substituir os modelos originais. Contudo não sei o quanto eles podem ser exímios. E não é uma questão de qualidade terapêutica, mas sim de absorção. Tenho que admitir, que como homem, preferiria experimentar uma de cada vez e anotar os ganhos. Ou seja, analisar e julgar – sem qualquer certeza, pois ela não existe.
E assim acabei experimentando tudo ao mesmo tempo, sem controle, sem racionalismos e julgamentos que pudesse categorizar. Cada pessoa apresenta, em si, o que é necessário para conseguir lidar com os modelos. Desta forma devemos aceitar que, mesmo os modelos mais indigestos, podem não ser removidos. Por que razão? Por causa de um mecanismo de defesa que não admite que a substituição do velho modelo seja necessária.
Se você consegue ver uma situação desagradável sem fazer julgamentos provavelmente percebe a ineficácia de se intrometer no processo. Sabe que a situação é um cenário desenvolvido para se conseguir algo que supera as expectativas dos envolvidos. Temos a capacidade de deturpar o processo fazendo outros julgamentos, ou nos intrometemos – que fazemos com maestria –, ou nos afastamos com esta nova ideia de que era exatamente a situação desejada pelos envolvidos. A proposta não é fugir, mas compreender, dentro dos limites apresentados. Há algo efetivamente lógico que possa fazer para modificar a situação? É como um jogo de pôquer para os envolvidos, mas uma encenação muito bem orquestrada pelo espírito. É o cristo interior, o estado búdico, é a verdadeira consciência do ser que planeja o jogo. Por vezes ele, o espírito, nos dá pistas do que está planejando, mas ele prefere nos ignorar.


Por exemplo, me repetindo, em Sapo em Príncipes, Richard Bandler disse que acreditava que cada parte de cada pessoa é um recurso valioso. Uma mulher lhe disse: "Essa é a coisa mais burra que jamais escutei!”.
“Eu não disse que era verdade. Eu disse se você acreditava que, enquanto terapeuta, você iria conseguir muito mais”.
"Bom, isso é completamente ridículo".
"O que é que te faz crer que isso é ridículo?"
"Tenho partes em mim que não valem dez centavos. Simplesmente me atrapalham. É só o que fazem".
"Diga uma".
"Tenho uma parte que, independente do que eu fizer, toda vez que eu tento fazer alguma coisa, ela simplesmente me diz que não posso fazê-lo e que irei falhar. Faz com que tudo se torne duas vezes mais difícil do que o necessário".
Disse que havia sido uma aluna evadida da escola secundária e que, quando decidira retornar aos estudos, essa parte dissera: "Você nunca irá conseguir; você não é boa o suficiente para isso; você é burra demais. Será embaraçoso. Você não vai conseguir". Mas ela conseguiu. E mesmo depois de ter feito isso, quando decidiu entrar na faculdade, essa parte disse: "Você não irá ser capaz de terminar".
Então Richard disse: "Bem, gostaria de conversar diretamente com essa parte". [...] "Eu sei que essa parte de você está lhe prestando um serviço de grande importância e que é muito matreira na forma como o realiza. Mesmo que você não aprecie o trabalho por ela executado, eu o aprecio. Eu gostaria de dizer a essa parte que, se ela tivesse vontade de contar à sua mente consciente o que vem fazendo por ela, então talvez essa parte pudesse receber um pouco do apreço merecido”.
Então, fiz com que ela se voltasse para seu interior e perguntasse à parte o que de positivo era que vinha fazendo; a resposta: "Estava te motivando". Depois de ter-me revelado isso, ela comentou: "Bem, acho isso uma loucura".


Foi o que pensei ao ler. Como eu poderia conversar com meu subconsciente, e como ele poderia ser assim, tão magnífico?  Pelo que eu saiba, o inconsciente, o subconsciente, armazena as diretrizes que aceitamos como verdades e impede que a consciência crie confusões “não-autorizadas”, mas como o subconsciente pode ter criados diretrizes nada lógicas, não achava que poderia conversar com alguém tão inflexível. Como dizer para o subconsciente que “ter medo de água” é desnecessário e até limitador quando tivemos uma experiência traumática que criou esta diretriz? Como reconfigurar o subconsciente para que ele seja mais cooperativo e menos protetor? Existem muitos meios.


"Olha, existe uma parte que fica morrendo de medo quando você chega perto das pistas de alta velocidade. Vá para dentro de você e diga a esta parte que ela está fazendo uma coisa importante e pergunte-lhe se ela está com vontade de comunicar-se com você". Ela obteve uma resposta positiva muito intensa. Então eu lhe disse: "Agora volte para dentro e pergunte a essa parte se ela tem vontade de lhe dizer o que é que ela está tentando fazer para você quando fica morrendo de medo se você se aproxima de pistas de alta velocidade". Ela se voltou para dentro e depois disse:
"Bom, essa parte me disse que não está com vontade de me contar nada".
Ao invés de proceder a uma remodelagem inconsciente, fiz uma coisa que pode parecer curiosa, porém, de tempos em tempos, realizo-a quando tenho uma suspeita, ou o que as demais pessoas chamam de intuição. Fiz com que ela se voltasse para dentro de si mesma e perguntasse àquela parte se ela sabia o que estava fazendo pela pessoa. Ela fechou os olhos e depois, quando os abriu de volta, disse: "Bom, eu.. , eu não, .. eu não acredito que ela me disse". "Então volte para dentro e pergunte-lhe se está dizendo a verdade". Ela novamente se interiorizou e depois falou:
"Não quero acreditar no que ela me disse".
 "Bom, que foi que ela te disse?"
"Disse que se esqueceu!".
Bom, embora possa soar muito divertido, sempre considerei que essa fosse uma grande resposta. Em certos aspectos, faz sentido. Você está viva há muito tempo já. Se uma parte organiza um comportamento seu e a pessoa realmente resiste a ele e luta contra ele, o comportamento pode ficar tão envolvido na luta que acabe esquecendo por que motivo foi que se organizou daquela forma, para início de conversa. Quantos de vocês já entraram numa discussão e no meio do fala-fala já se esqueciam do que pretendiam fazer, só para começar? As partes, da mesma forma que as pessoas, nem sempre se recordam dos resultados.
Em vez de entrar numa grande trapalhada, disse: "Olhe, essa sua parte é muito forte. Alguma vez você já se deu conta de como ela é poderosa? Cada vez que você se aproxima de uma pista de alta velocidade, essa parte é capaz de amedrontar você até o limite. Isso é realmente surpreendente. Como é que você se sentiria de contar com uma parte como essa do seu lado?" Ela disse: "Uau! Não tenho nenhuma parte como essa!" Então respondi: "Volte-se para seu interior e pergunte-lhe se ela gostaria de fazer alguma coisa que se pudesse apreciar, que fosse válida, e em que valesse a pena empregar todos os seus talentos", E evidentemente a parte respondeu um entusiasmado sim. Então eu disse: "Então se ponha em contato com seu interior, e pergunte à parte se ela teria vontade de te deixar confortável, alerta, respirando regularmente e com suavidade, tendo cuidado e sintonizada na experiência sensorial, toda vez que você subir numa pista de alta velocidade, pela rampa de acesso".
A parte respondeu: "Sim, sim, eu vou fazer isso". Fiz depois com que ela fantasiasse uma duas situações numa pista de alta velocidade. Antes ela havia sido incapaz de fazê-lo, ficava num estado de terror' completo porque até mesmo a fantasia de chegar perto de uma dessas pistas era por demais assustadora. Desta vez, quando ela fez a fantasia, fê-lo adequadamente. Ela entrou no carro, saiu da pista, e procedeu muito bem. Ela se divertiu tanto que dirigiu nessa pista durante quatro horas e acabou ficando até sem gasolina.




sábado, 5 de outubro de 2013

INTERNET BIOLÓGICA



O DNA HUMANO É UMA INTERNET BIOLÓGICA, e superior em muitos aspectos à nossa internet artificial. Pesquisas de cientistas russos explicam direta e indiretamente fenômenos como a clarividência, intuição, atos de cura espontâneos ou improváveis, técnicas de autocura, técnicas de afirmação, luzes/auras incomuns em volta das pessoas, influência da mente nos padrões climáticos e muito mais. Além disso, há evidências de um novo tipo de medicina nas quais o DNA pode ser influenciado e reprogramado por palavras e frequências sem cortar e substituir um único gene.

Apenas 10% do nosso DNA está sendo usado para construir proteínas. É este subconjunto do DNA que é do interesse dos pesquisadores ocidentais e está sendo examinado e categorizado. Os outros 90% são considerados “DNA lixo”. Os investigadores russos, no entanto, convencidos de que a natureza não produz nada sem uma função específica, juntou-se a linguistas e geneticistas em uma aventura para explorar os 90% de “DNA lixo.” Seus resultados, descobertas e conclusões são simplesmente revolucionários! De acordo com eles, o nosso DNA não é apenas responsável pela construção de nosso corpo, mas também serve como armazenamento de dados e na comunicação. Os linguistas russos descobriram que o código genético, especialmente nos aparentemente inúteis 90%, segue as mesmas regras que todas as nossas linguagens humanas. Para este fim, eles compararam as regras da sintaxe (a forma em que as palavras são unidas para frases formulário e sentenças), a semântica (o estudo do significado nas formas de linguagem) e as regras básicas da gramática. Eles descobriram que os alcalinos de nosso DNA seguem uma gramática regular e têm regras do jogo assim como nossas línguas. Línguas para humanos não aparecem por acaso, mas são um reflexo de nosso DNA inerente.

O biofísico russo e biólogo molecular Pjotr ​​Garjajev e seus colegas também exploraram o comportamento vibratório do DNA. [Para efeitos de concisão, vou dar apenas um resumo aqui. Para a exploração, por favor consulte o apêndice no final deste artigo] O resultado foi: Cromossomas vivos funcionam como computadores solitonicos/holográficos, usando a radiação laser endógena do DNA. Isto significa, que conseguiram modular, por exemplo, certos padrões de frequência de raio laser e com isso influenciaram a frequência de DNA e, portanto, a própria informação genética. Uma vez que a estrutura básica dos pares de DNA e da linguagem (como explicado anteriormente) são da mesma estrutura, nenhuma decodificação do DNA é necessária. Pode-se simplesmente usar palavras e sentenças da linguagem humana! Isto, também, foi provado experimentalmente! Substância de DNA vivo (no tecido vivo, não in vitro) sempre reagirá aos raios laser de linguagem moduladas e até às ondas de rádio, se as frequências apropriadas forem usadas.

Isso explica cientificamente afinal porque as afirmações, o treinamento autógeno, hipnose e similares podem ter efeitos tão fortes nos humanos e seus corpos. É inteiramente normal e natural para o nosso DNA reagir à linguagem. Enquanto os pesquisadores ocidentais cortam genes únicos de cadeias de DNA e os inserem em outros lugares, os russos entusiasticamente trabalham em dispositivos que podem influenciar o metabolismo celular através de frequências moduladas de rádio e de luz adequadas e assim reparar defeitos genéticos.

O grupo de pesquisa de Garjajev conseguiu provar que, com este método, cromossomos danificados por raios-x, por exemplo, podem ser reparados. Eles inclusive capturaram padrões de informação de um DNA particular e o transmitiram para outro, assim reprogramando as células para outro genoma. Desta forma eles transformaram com sucesso, por exemplo, embriões de rã em embriões de salamandra simplesmente transmitindo os padrões de informação de DNA! Desta forma a informação por inteiro foi transmitida sem nenhum dos efeitos colaterais ou desarmonias encontradas quando cortam e reinserem genes únicos do DNA. Isso representa uma inacreditável revolução e sensação de transformação do mundo! Tudo isto pela simples aplicação da vibração e da linguagem em vez do procedimento de corte arcaico. Esta experiência aponta para o imenso poder das ondas genéticas, que obviamente têm uma influência maior na formação dos organismos do que os processos bioquímicos das sequências alcalinas.

Místicos antigos, esotéricos e professores espirituais já sabiam há várias eras que nossos corpos são programáveis pela linguagem, palavras e pensamentos. Isso agora foi cientificamente provado e explicado. A frequência, é claro, precisa ser correta. E é por isso que nem todos são igualmente bem sucedidos ou podem fazê-lo sempre com a mesma força. O indivíduo deve trabalhar nos processos internos e maturidade, a fim de estabelecer uma comunicação consciente com seu próprio DNA. Os pesquisadores russos trabalham em um método que não depende destes fatores, mas sempre funcionará, desde que usem a frequência correta.

Porém, quanto maior é o desenvolvimento da consciência de um indivíduo, menos ele precisa de qualquer tipo de artifício! Cada um pode alcançar estes resultados por si só, e a ciência pode finalmente parar de rir de tais ideias e confirmar e explicar seus resultados. E não termina por aí. Os cientistas russos descobriram também que o nosso DNA pode causar padrões de perturbação no vácuo, com isso produzindo buracos-de-minhoca (Wormholes) magnéticos! Wormholes são os equivalentes microscópicos das chamadas pontes Einstein-Rosen em proximidade com os buracos negros (deixados por estrelas que se apagam). São conexões de túnel entre áreas totalmente diferentes no universo através das quais informações podem ser transmitidas fora do espaço e do tempo. O DNA atrai estes pedaços de informação e as passa para a nossa consciência. Este processo de hiper-comunicação é mais eficaz num estado de relaxamento. Stress, preocupações ou um intelecto hiperativo impedem a efetividade da hiper-comunicação e a informação pode ser totalmente distorcida e inútil.

Traduzido do BeforItsNews

Referências:
1. http://www.rexresearch.com/gajarev/gajarev.htm
2. http://noosphere.princeton.edu
3. fosar-bludorf.com



 

domingo, 29 de setembro de 2013

três conflitos


“Neste mundo há três errôneos pontos de vista: Diz-se que toda a experiência humana baseia-se no DESTINO; afirma-se que tudo é criado por DEUS e controlado por sua vontade e; que tudo acontece ao ACASO, sem ter uma causa ou condição.” A Doutrina de Buda.

O ego cria o medo que gera opressão que amplia o medo que sustenta o ego. É um círculo vicioso, assim como o carma. [22/03/13] O que justifica o carma é a ilusão. Metade do mundo tenta escapar da ilusão e a outra em não cometer pecados, mas isto é uma outra estória. Neste ciclo de nascimento, velhice, morte e renascimento, o carma é reflexo das nossas ilusões, de acreditar que a evolução espiritual depende dos obstáculos. Portanto, desfeito o apego – a ilusão de querer ou não querer, que gera o sofrimento – é desfeito o carma e a reencarnação finda. A este estado Buda se refere como iluminação ou nirvana. Quebrado o ciclo passamos a outra realidade, volto a frisar...

“É tolice e desnecessário a uma pessoa continuar sofrendo simplesmente porque não alcançou a iluminação, quando esperava alcançá-la. Não há insucesso na iluminação, portanto a falha reside nas pessoas que, durante muito tempo, procuraram a iluminação em suas mentes discriminadoras, não compreendendo que estas não são as verdadeiras mentes, e sim, falsas e corrompidas, causadas pelo acúmulo de avidez e ilusões toldando e ocultando as suas verdadeiras mentes. Se este acúmulo de falsas divagações for eliminado, a iluminação aparecerá. Mas, fato estranho, quando os homens atingirem a iluminação, verificarão que, sem as falsas divagações, não poderá haver iluminação”.

É como correr atrás do próprio rabo. Buda era o suprassumo em questão de redundância elevada à enésima potência. Nem assim os discípulos entendem – sou o primeiro a assumir minha ignorância. Como não fazer algo que precisa ser feito para se descobrir que não deveria fazê-lo! Isto me soa mais estranho do que falar sobre viagens no tempo, os tais paradoxos no qual voltar ao passado e matar o seu avô jamais permitiria a viagem.

 Será que precisamos agir assim? A resposta de Deus talvez fosse: Sim e não. Preparem-se, pois as respostas de Deus sempre serão sim e não. Existem duas intenções e elas estão certas, mas mesmo assim erradas. Esta é uma das nossas deficiências, não entender que não existem escolhas. Deus é o certo e também o errado. Ele pode não ter criado o mal, mas nos criou a sua imagem e semelhança, o que pode soar como blasfêmia – é o que eu acho, talvez seja uma destas anormalidades psicológicas que definem o nosso ego. Temos todas as qualidades dEle. Não creio que os filhos de Deus, as suas criações, possam ser falhas – de modo geral.

O que acontece é que Ele nos deu livre-arbítrio. Esta liberdade se dividiu entre culpa e êxito, o que chamamos de causa e efeito. Criamos a dualidade e começamos a experimentá-la como fazemos ao analisar as partes. Esta modalidade intrometida que chamamos de ciência e não é menos ridícula do que vemos os cientistas malévolos do cinema fazerem – modificando genes, criando máquinas temporais, baseando-se em premissas bem duvidosas. Fragmentamos e observamos as partes, o funcionamento destas frações determinam modelos. Modelos astronômicos, modelos biológicos, teorias físicas, receitas nutricionais, etc., entretanto, não percebemos que as partes respondem por uma unidade. E esta unidade cria interações, digamos, inusitadas. Como se um universo paralelo tivesse mais coerência do que o nosso. Um universo mais real.

Todos os conflitos são baseados em ideias parciais, cheias de vazios. Reagimos ao outro porque sentimos uma contrarreação que emana de nós. Parece incoerente, mas estamos em conflito com nós mesmos. O outro reage às nossas vibrações e reage contra-atacando-nos com a nossa imagem interior. Esta ideia se fortalece quando não admitimos que sejam nossas deficiências morais, nossos monstros interiores, que estão se materializando. Como aquele Espelho de Ojesed em que Harry Potter vê seus desejos, e acaba aprisionado por estas ilusões que não o levam para lugar algum, nem o passado e nem o futuro. Uma reação inconsciente daquilo que não gostamos em nós e se apresenta como um inimigo é uma outra imagem refletida no nosso espelho. Pelo menos, ao admitir tais fraquezas – e eu digo por experiência – o inimigo desaparece. E a simbiose autodestrutiva entre você e seu inimigo yourself se transforma. E se isto não acontece, o inimigo se afasta e o conflito não existirá. Por isso devemos agradecer todas as pessoas e coisas, pois são ferramentas que nos incitam a nos conhecer e a nos melhorar. 

Como disse Gandhi: Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer. E os budistas dizem: Quem se vence a si mesmo é um herói maior do que quem enfrenta mil batalhas contra muitos milhares de inimigos. Mas não é muito diferente. Pois o seu pior inimigo pode se parecer com um filho, marido ou esposa, mas esta manifestação caótica não passa de uma reação exteriorizada por você, por nós. Por isso, ao aceitarmos que o outro não está errado, aceitamos que estamos errados e encontraremos meios hábeis – como se existisse outro – para sanar o erro. E este erro não alimentará o conflito. O outro muda porque cessa a animosidade que certamente se baseava em uma impressão criada por nós e projetada como um desagradável reflexo chamado de “próximo” – muito mais próximo do que gostaríamos. 

Ou seja, continuaremos odiando os outros enquanto nos odiarmos. O mestre Ananda Rinpoche disse ao discípulo que queria alcançar a iluminação ao se oferecer à meditação em uma gruta: Não há precisão de ir, pois você encontrará na caverna somente o que levar consigo.


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

dois conflitos




Certa vez, num workshop eu disse que acreditava que cada parte de cada pessoa é um recurso valioso. Uma mulher me disse: "Essa é a coisa mais burra que jamais escutei!”.
“Eu não disse que era verdade. Eu disse se você acreditava que, enquanto terapeuta, você iria conseguir muito mais”.
"Bom, isso é completamente ridículo".
"O que é que te faz crer que isso é ridículo?"
"Tenho partes em mim que não valem dez centavos. Simples­mente me atrapalham. É só o que fazem".
"Diga uma".
"Tenho uma parte que, independente do que eu fizer, toda vez que eu tento fazer alguma coisa, ela simplesmente me diz que não posso fazê-lo e que irei falhar. Faz com que tudo se torne duas vezes mais difícil do que o necessário".
Disse que havia sido uma aluna evadida da escola secundária e que, quando decidira retornar aos estudos, essa parte dissera: "Você nunca irá conseguir; você não é boa o suficiente para isso; você é burra demais. Será embaraçoso. Você não vai conse­guir". Mas ela conseguiu. E mesmo depois de ter feito isso, quando decidiu entrar na faculdade, essa parte disse: "Você não irá ser capaz de terminar".
Então eu disse: "Bem, gostaria de conversar diretamente com essa parte". Isso sempre pega o pessoal da AT, diga-se de passa­gem, porque isso não existe em seu modelo. Certas vezes fico falando e olhando por cima de seu ombro esquerdo e eles ficam todos doidos. Mas esse é um mecanismo de ancoragem verdadei­ramente eficiente porque a partir de então toda vez que se olha por cima de seu ombro esquerdo só aquela parte consegue escutar.
"Eu sei que essa parte de você está lhe prestando um serviço de grande importância e que é muito matreira na forma como o realiza. Mesmo que você não aprecie o trabalho por ela executado, eu o aprecio. Eu gostaria de dizer a essa parte que, se ela tivesse vontade de contar à sua mente consciente o que vem fazendo por ela, então talvez essa parte pudesse receber um pouco do apreço merecido”.
Então, fiz com que ela se voltasse para seu interior e pergun­tasse à parte o que de positivo era que vinha fazendo; a resposta: "Estava te motivando". Depois de ter-me revelado isso, ela comentou: "Bem, acho isso uma loucura".
Eu disse: "Mas sabe, não acho que você fosse capaz de vir aqui em cima e trabalhar na frente deste grupo todo". Ela levantou-se em atitude desafia­dora e atravessou a sala, depois se sentou. Aqueles que já estu­daram estratégias e que compreendem o fenômeno da resposta de polaridade irão reconhecer nesta parte apenas um Programador Neurolinguista que sabia da utilização. Essa parte sabia que se dissesse: "Ah, você consegue entrar na faculdade, você pode fazê-lo", ela teria dito: "Não, não posso mesmo". Contudo, se essa parte lhe dissesse: "Você não irá conseguir passar esse ano", ela diria então: "Ah, é?" e a seguir iria para a rua fazer aquilo mesmo.
E então, o que teria ocorrido com aquela mulher se de alguma forma tivéssemos conseguido com que aquela parte parasse de proceder daquela forma, contudo deixando de mudar todo o resto? Ela não teria mais forma alguma de se motivar!


Sapos em Príncipes, Richard Bandler.

Dando continuidade ao assunto, os conflitos são importantes para o desenvolvimento humano, infelizmente não sabemos como encarar tais obstáculos.
Quando eu disse que devemos enfrentar o problema com resignação ou gratidão, não estava querendo ser sádico ou mesmo insensível às complicações emocionais que tais conflitos geram. Nem dizer que devemos ser apáticos, mesmo porque fingir não se importar ou se importar será a mesmíssima coisa. E não ser afetado ou se importar diante dos conflitos parece um contrassenso.

A proposta é a seguinte: o que faz “isto” lhe parecer um conflito? Você já se perguntou se as suas prerrogativas, as suas ideias sobre o que parece ser conflito, não poderiam ser falhas?
Faça-se uma pergunta, sabemos exatamente quem somos? Explico, pensamos que temos uma personalidade que nos define. Aparentamos uma imagem que acreditamos ser a nossa expressão interior. Mas isso é uma ilusão. Somos constantemente moldados pelo meio, por nossas reações ao meio e, apresentamos múltiplas máscaras que nos intermediam. São mecanismos naturais de sobrevivência. Nós chamamos de ego, mas não percebemos o quanto ele é volátil e não confiável. O ego, ou melhor, as máscaras que usamos, são estruturas psicológicas que tentam nos proteger dos conflitos a partir de modelos que “supomos” eficientes. Ou você acredita que os pais amam os seus filhos igualmente?! Nem tem como, pois mostraremos um comportamento diferente para cada tipo de pessoa, ou situações.

Então poderemos criar máscaras que possam até se contradizer, tornando o ego cada vez mais instável. É esta imagem distorcida que não nos permite raciocinar. Não por pura lógica, porém por um raciocínio baseado no amor que não escolhe. Não toma partido. Não julga saber.

Como eu disse antes, a premissa errada cria os modelos que geram conflitos. Os modelos foram e são criados pela sociedade, ou seja, nossos antepassados. Mas os maiores culpados por perpetuar tais modelos – baseados no medo – somos nós. Admitimos que desejamos ser oprimidos por modelos que já não correspondem aos fatos já desvendados. Mas vamos falar disso depois. O que nos importa agora é como rever os modelos e apresentar novas diretrizes.

Deveríamos começar por: há um destino a nos governar, porém somos nós que criamos o nosso destino. Você vai perceber que as novas ideias já não se baseiam mais em escolhas, mas sim em abranger o todo. Isto é, adotar todos os pontos de vistas como certos a partir de uma aceitação das ausências que construíram o ponto de vista que tanto pode nos parecer contraditórias, para não dizer mau ou bom. Este é o princípio da compaixão, aceitar as diferenças. E ainda não é o suficiente, não é uma questão de resignar-se e permitir que a opressão continue existindo.

Tiago saltou para a areia e desenhou um circulo perfeito. ― Este é o símbolo Yin e Yang, de equilíbrio e é um ciclo eterno. Somente isto pode explicar o seu paradoxo. Como não há tempo, não existem paradoxos, simplesmente é.
Não precisamos de um começo e um fim?
Tudo já foi determinado, as nossas vidas são como personagens definidos...
Eu chamo isto de destino implacável. ― como não ser.
Se fosse destino, o espírito não teria esperanças e nem pretextos para experimentar. Tudo é determinado antecipadamente, no entanto o espírito escolhe como usufruir desta liberdade, pois os grilhões e os obstáculos são criados por nós mesmos. Somente nós acreditamos que o tempo é linear, quando seria mais eficiente que ele se comportasse como neurônios ou redes virtuais com links de interesse e não pela correnteza irreprimível de eventos. Como poderá aceitar que as influências, cuja origem é imperceptível, provêm de todos os tempos e todos os lugares? O que te impede de ir aonde quiser, passado ou mundos da fantasia...
Quer dizer que as mesmas impressões sentidas por existências anteriores, podem vir do futuro? ― não ia me estender, estava ficando apreensivo.
Sim e não. As coincidências – que não são bem coincidências – estão te encaminhando para um futuro, reunindo as ferramentas que serão úteis para melhor se adequar. Tem consciência deste processo porque não está mais preso ao passado e o presente te constitui um mecanismo de transição. Os novos objetivos te alavancaram para outros desígnios que estão sendo apresentados como informações para vencer os excessos e disciplinar a mente!


O livro de Mateus.

A opressão é criada pelo medo.

Aceitamos inverdades que nos moldam o ego. Por exemplo, nos sujeitamos a artimanhas para sobreviver em um mundo violento e hostil. Preferimos duvidar e nos proteger de algo que não existe efetivamente. Temos medo de morrer ao sair todos os dias, vemos constantemente assassinatos, que devemos nos proteger. Em uma grande cidade, o número de assassinatos representam 0,003%, mas o nosso medo se amplia e gera uma reação incontrolável e ilógica.
Todos já devem ter ouvido, não cai uma folha da árvore sem que Deus o saiba. Então você vai continuar se preocupando com coisas que realmente não podem ser controladas por você? Todo o nosso ser acredita que se não interferirmos, se nós tentarmos controlar o meio e nos proteger, Deus não será capaz.

Sem o medo, sem a nossa presunção por tentar controlar, o fluxo da vida se encaminhará para o destino. Sem obstáculos, sem conflitos, pois estes surgem com o objetivo de nos redirecionar para o nosso destino. Eu disse que há um destino a nos governar, porém somos nós que criamos o nosso destino. Parece contraditório, contudo somos nós que teimamos em catalogar e escolher lados, para Deus, todos os lados são uma excepcional escolha.