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domingo, 19 de janeiro de 2014

121 - significados ou preconceitos

Todo preconceito surge da nossa incapacidade de lidar com o que acreditamos. Talvez as crenças tenham sido mais prejudiciais do que gostaríamos de admitir. E em algum momento começamos a estabelecer regras que nos definem, quase todas nos foram impostas pelo meio e pelas pessoas que se tornaram – bons ou maus – exemplos. 

Acolher tais escolhas não é o mesmo que sanar todas as deficiências de caráter, mesmo que seja uma catarse – em essência, purificação do espírito através da purgação de suas paixões –, tendemos a justificar o erros camuflando-os como lições. Acolhemos as justificativas e transformemo-las em máximas de nossa esperteza e evolução, quando o ato de admitir é somente o primeiro passo. As justificativas são pontes, mas é a reflexão dos atos que ditam a sua percepção e a correção das regras – ou crenças.

É indiscutível este debate, somos o quê nos informaram e ensinaram, não tinha como ser diferente. E são estas diferentes “crenças” que geram os preconceitos. A sua razão esbarra com a de outras pessoas e, indiscutivelmente, tem que se defender.

Um padrão de regras que chamamos de crenças dependerá do contexto em que elas foram criadas, mantidas e repassadas. As impressões tendem a sofrer mutações de acordo com as mudanças comportamentais. Um conceito cultural apresentado em outras décadas tende a ser menos – ou mais – tolerante nos dias de hoje. Esta mudança é uma tentativa de eliminar conflitos e depende, em grande parte, do modo como as “crenças” são incorporadas e compreendidas pelas novas gerações.

O preconceito é um modo de dizer que o quê você pensa e vive é diferente do que outros acreditam. Nem certo ou errado, diferenças conceituais que passam ao status de verdade absoluta até que sejam derrubadas...

O modo como a mente processa a informação, as diferenças culturais, sociais, econômicas, sexuais, etc. não deveriam ser incompreendidas. Este medo de recuar ou, pelo menos, de tentar aceitar as diferenças – que não são suas, mas das informações que foram passadas a você – impede que se estabeleça a razão.


Uma das importantes funções da mente consiste em dar significado a um objeto de reconhecimento e fazer avaliação. Na maioria das vezes, apreendemos esse significado através dos sentidos, pela forma que tem o objeto reconhecido, pelo sentimento que desperta em nós, ou pelo som, ou cheiro etc. [...] O exemplo muito usado relacionado a isso é o "copo com água pela metade". A avaliação que as pessoas fazem quando olham para esse copo difere de acordo com a situação de cada uma delas. Quem está sentindo muita sede o avaliará positivamente, ao passo que alguém que caiu no rio e bebeu muita água poderá olhar para o copo achando que ele contém muita água, e o reconhecer como algo negativo. E certamente uma pessoa que não bebeu muita água nem está com sede não irá avaliar positiva nem negativamente esse meio copo de água. Observando tal reação da nossa mente, podemos dizer que ela, em linhas gerais, vê as coisas de modo dual, com duas faces diferentes. Uma face segundo o significado; e a outra, conforme a sensibilidade. 

Por exemplo, olhando agora pela janela do meu gabinete de trabalho, vejo elevando-se imponente, no terreno contíguo, em obra, uma máquina longa, de cor dourada, própria para escavações. Olhando para ela, pode haver pessoas que imprimam no cérebro o significado "É uma máquina de construção que enfeia a paisagem", e outras que, achando que sua cor e forma se parecem com um atirador de borracha criado pelas próprias mãos na infância, pensem "É um atirador gigante de borracha levantado para o céu". Podemos dizer que o primeiro caso é o modo de ver que prioriza o significado; e o segundo, o modo de ver que prioriza a sensibilidade. É licito supor que vemos dos dois modos, dependendo da situação ou do nosso estado de espirito no momento. No caso do modo de viver que prioriza o significado, temos a tendência para considerar o que se apresenta à nossa frente, relacionando-o com o objetivo de nosso interesse no momento.

[...] Ainda que existam aqui dezenas de milhares de cores, é possível que estejamos vendo um mundo em que nossa mente as reduziu a apenas três: branco (bem), preto (mal) e cinza (não me diz respeito). Quem vive numa metrópole inevitavelmente tende a ter visão que prioriza o significado. Por isso, ao mudar o nosso modo de ver para aquele que prioriza a sensibilidade, abre-se a possibilidade de surgir repentinamente, das fendas do significado monótono e sem colorido, algo maravilhoso que normalmente não enxergávamos ou não ouvíamos.

O princípio do Relógio de Sol, Masanobu Taniguchi.


Assim sendo, os sentidos e significados ainda encontram diferenças na forma de se expressar: a linguagem. Que imprime uma imagem que dependerá do ponto de vista do observador. Uma palavra que seja compreendida de modo diferente entre duas pessoas se deve ao significado que cada um tenha construído sobre ela. Pode ser um processo “local”, mas tem influencia direta das regras de uma sociedade ou nação, da religião, cultura e outras.


Palavras podem nos colocar em estados positivos ou negativos; são âncoras para uma série complexa de experiências. Portanto, a única resposta à pergunta "O que significa realmente uma palavra?" é "Para quem?" A linguagem é um instrumento de comunicação, e, portanto as palavras significam aquilo que as pessoas convencionam que elas signifiquem.

[...] As palavras não têm um sentido inerente, como fica claro quando ouvimos uma língua estrangeira que não compreendemos. Damos sentido às palavras por meio de associações ancoradas a objetos e experiências no decorrer da nossa existência. Nem todas as pessoas veem os mesmos objetos ou têm as mesmas experiências. O fato de outras pessoas terem mapas e significados diferentes é que dá riqueza e variedade à vida. Todos concordamos com o significado da palavra "pudim" porque todos já compartilhamos a visão, o cheiro e o paladar do pudim. Mas discutiremos bastante a respeito do significado de algumas palavras abstratas, tais como "respeito", "amor" e "política". As possibilidades de confusão são imensas. 

Como sabemos que compreendemos outra pessoa? Quando damos significado às palavras que ela usa — nosso significado, não o significado dela. E não há garantia de que esses dois significados sejam iguais. Como damos sentido às palavras que ouvimos? Como escolhemos palavras para nos expressar? E como as palavras estruturam nossas experiências?

Introdução à programação Neurolinguística, Joseph O’Connor.


BONDADE

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto.

A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.

Nelson Mandela

sábado, 2 de novembro de 2013

LINGUAGEM DO CORPO

  


O que é Linguagem do Corpo

A LINGUAGEM DO CORPO é a psicologia da correlação mente/corpo, ou seja, o corpo é reflexo da mente. No Antigo Egito, na Antiga Índia, Tibete, China e Indonésia, esse conhecimento era empírico e passava-se de pai para filho e todos os médicos sacerdotes faziam diagnósticos através dessa correlação. Devido às guerras políticas e religiosas, esse conhecimento foi escondido em templos e em antigas bibliotecas como: Alexandria no Egito, Vaticano e Grécia e somente os Sacerdotes podiam se utilizar secretamente dessa linguagem e de forma velada.

Hoje, a medicina psicossomática se atreveu a recolocar a "mente no corpo" e apontar algumas emoções negativas que causam distúrbios orgânicos. Mas, a Linguagem do Corpo, por não se afiliar a nenhum dogma, tem respostas mais profundas por não ter medo da "inquisição". Somos uma ciência que médicos, psicólogos e até advogados se utilizam, porém com discrição para não serem "atacados" pela "ciência materialista e cética". A Linguagem do Corpo é um diagnóstico exato e fisiológico e, ao ensinarmos como mudar a causa, a pessoa se cura de todas as doenças, incluindo as hereditárias, que são apenas a repetição dos padrões mentais da família.

Conheça nossa Programação e venha estudar no Instituto Brasileiro de Linguagem do Corpo e tornar-se conhecedor desse "mistério" que é tão científico quanto a medicina de hoje.

A autocura é direito de todo cidadão.

Que Deus os abençoe

Cristina Cairo


Ontem eu estive em uma palestra da Cristina Cairo, subtende-se Linguagem do Corpo. Eu a considero o “melhor pacote de autocura” disponível na atualidade, não porque ela tenha plenos conhecimentos sobre muitas práticas – de curas, religiosas ou terapêuticas –, mas porque as compreende através das experiências. Observações que se transformaram em best-sellers e expandiram as atuações dos terapeutas.

Os seus conhecimentos das medicinas milenares, medicinas naturais e vibracionais, aliadas às práticas mentais como a meditação, à programação neurolinguística e ao autoconhecimento permitiram estabelecer alguns pontos que eu considero de extrema importância no tratamento de qualquer doença, seja psicológica ou física. Lei a atração, atraímos o que pensamos. Lei da Projeção, projetamos ao nosso redor nós mesmos. E a Lei de causa e Efeito, esta eu já conhecia. Além de outras.

Resumindo, ao observar tais leis eu descobri, em mim, as principais falhas. Evidentemente, não estava apto a aceitar que “só por abominar o quê um ladrão faz” eu poderia ser um. Mas, se me identificava, conforme a lei da projeção eu estava projetando as minhas impressões do que constituía “roubar”. O que implica para mim roubar, mesmo que eu não consuma o ato.

Significa que roubar pode ser uma questão de sobrevivência, uma instabilidade de caráter que permite brechas, que leva a pessoa a se justificar. Também pode ser um ato de rebeldia social, de desforra econômica ou um escape cultural, enfim, qual é a minha imagem sobre “roubar”?

Então você se sente incomodado por outras pessoas, pelos seus comportamentos e não se enquadra nestes comportamentos. Lei da atração mais a lei da projeção diz que você se enquadra, sim. Se uma destas pessoas for, digamos, importuna, existe uma grande possibilidade de ela ser somente para você, se acontece com um grupo, todos estão juntos por afinidade. Grupos afins se aglutinam, mas mesmo assim, cada um pode ter uma percepção particular sobre o que significa importuna.

Para alguém, provavelmente, você seja importuno e nem se dar conta disso. Por isso a lei da projeção é fantástica, tem a chance de se conhecer através de sua imagem refletida e promover as mudanças antes que alguém chegue até você falando de suas deficiências.

O mais difícil é aceitar as falhas, reconhecer-se falho, mas depois de identificar o problema, a solução é mais fácil. Porque se não procurar entender quem você é, uma doença poderá deflagrar uma transformação forçada e talvez dolorosa.

Se as coisas parecem absurdas, não se preocupe, as oportunidades surgirão. E a Cristina Cairo nos ensina a identificar estas anomalias mentais que acabam se manifestando no corpo. As reais causas das doenças são psicossomáticas, já reconhecido pela medicina...


Doenças psicossomáticas e a programação neurolinguística.

A tese de que todas as doenças podem ser curadas é respaldada pelos recentes estudos da psicanálise, segundo os quais ficou comprovado que doenças e infelicidades têm como causa a consciência de culpa e contrariedades profundas. Aos que têm interesse por este assunto, encontrarão no livro O Homem contra si Próprio, de Karl A. Menninger no qual o autor cita abundantes provas e conclui que muitas doenças e infelicidades são formas de autopunição e que até as guerras são formas de autopunição coletiva.

No livro Sapos em Príncipes, o Dr. Richard Bandler, aborda, convicto, a cura do câncer pelo trabalho da visualização empregado na PNL - Programação Neurolinguística.

O Dr. John Grinder, coautor do mesmo livro, garante também que foram realizados trabalhos de recuperação com um grupo de seis pessoas condenadas definitivamente pelo câncer. Esse trabalho ocorreu em Fort Worth, fazendo com que os pacientes se voltassem para si mesmos e ”conversassem” com a parte causadora do câncer. Com a ajuda dessa remodelagem mental, obtiveram a remissão completa nos pacientes: um deles fez com que um quisto ovariano do tamanho de uma laranja diminuísse até sumir, num espaço de duas semanas. A ciência médica acha que isso é impossível, mas a cliente relata que tem as radiografias para comprovar o fato.

Os médicos, e já há uma boa parcela deles, começam a admitir que as pessoas podem ”tornar-se doentes” psicologicamente. Sabem que os mecanismos cognitivos psicológicos podem criar enfermidades e que coisas tais como o ”efeito placebo” (1) podem curá-las. Mas esse conhecimento não é explorado de forma útil na cultura norte-americana. A remodelagem (2) é uma forma de começar a fazer isso. A remodelagem é o tratamento ”de escolha” para qualquer sintoma psicossomático. Certificando-se de que a pessoa já tenha esgotado os recursos médicos, é aplicada a remodelagem que dará à pessoa conhecimentos de si própria, tornando-a dona de maiores opções para suas decisões. Estará livre, então, de falsas crenças ou ilusões que a limitavam. ”Assumimos que todas as doenças são psicossomáticas” (Dr. Richard Bandler e Dr. John Grinder — Criadores da PNL — Programação Neurolingüística).


(1) Efeito placebo — É o efeito da sugestão. Segundo pesquisas médicas, pessoas que tomaram um medicamento falso, pensando ser verdadeiro, curaram-se, e outras responderam bem ao tratamento. (2) Remodelagem — É um trabalho da PNL que, resumindo, faz com que o paciente entre em contato com seu sistema interno (inconsciente) e ”apague” ou ”modifique” imagens passadas, ou seja, programas que estavam registrados negativamente em seu subconsciente, causando traumas, doenças, fobias, etc , no presente são compreendidos, transformados ou eliminados, dando-lhe novas opções de vida feliz.
Linguagem do Corpo Vol. I - Aprenda a Ouvi-lo para uma Vida Saudável. Cristina Cairo.





quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O PODER DO FRACASSO

Quando falhar também é importante!

Todos nós na nossa vida temos momentos de fracasso, falhas, derrotas e erros, que na maior parte das vezes desconhecemos que têm um valor incalculável.

Somos habituados a jogar para ganhar, lutar para sermos bem sucedidos, aprender e estudar para tirar boas notas. Não gostamos obviamente de perder, uma “batalha” ou a razão numa qualquer discussão. É sempre bom ganhar. Faz-nos sentir bem, realizados, confiantes e aumenta a nossa autoestima. Mas falhar tem uma verdadeira importância. Não quero dizer com isto que defendo que falhemos de propósito um objetivo qualquer mas que aprendamos com as falhas o verdadeiro valor que daí advém.

No seu discurso na cerimónia de entrega de diplomas em Harvard, J. K. Rowling, famosa autora dos livros de Harry Potter, falou sobre o valor do fracasso:

“Falhar significa eliminar o acessório. (…) Libertei-me porque o meu grande medo já se tinha concretizado e eu ainda estava viva e ainda tinha uma filha que adorava e tinha uma velha máquina de escrever e uma grande ideia. E então o fundo do poço tornou-se a sólida fundação sobre a qual construí a minha vida. (…) Falhar deu-me uma segurança interior que nunca tivera ao passar os exames. Falhar ensinou-me coisas sobre mim própria que nunca poderia ter aprendido de outra forma. Descobri que tinha uma vontade forte e mais disciplina que alguma vez suspeitara; descobri igualmente que tinha amigos cujo valor estava verdadeiramente acima de qualquer rubi. (…) O conhecimento de que emergimos mais sábios e fortes dos contratempos significa que estamos, para todo o sempre, confiantes na nossa capacidade de sobreviver. Nunca nos conhecemos verdadeiramente, ou à força das nossas relações, até que ambos sejam testados pela adversidade.”

Na verdade muito do que descobrimos sobre nós surge no fracasso, na adversidade. A nossa riqueza interior, que depois transparece para quem nos rodeia e quem contatamos, vem ao de cima. O fracasso ou a derrota e o consequente ressurgimento (“a volta por cima” como se costuma dizer) trazem à tona o nosso verdadeiro Ser e revela-nos tudo acerca de nós. Lidar e recuperar do fracasso faz parte constituinte da natureza humana enquanto Ser que aprende, evolui, melhora, avança, pois isso é o que cria a dinâmica do mundo e da vida. Um Mundo só com sucessos seria um mundo desequilibrado. Não havendo nada para reconstruir o Ser Humano iria sentir-se desmotivado da sua própria vida. E a vida naturalmente é feita de altos e baixos, sucessos e fracassos, dia e noite, luz e escuridão. A própria vida tem a morte para equilibrar.

Algumas pessoas têm medo do fracasso porque provavelmente desconhecem o que é preciso para ter sucesso. Isto acontece porque muitos estão tão focados no sucesso que esquecem o que é realmente necessário para alcança-lo. Raramente pensamos que foram precisas muitas falhas para conseguir um grande sucesso. Na história existem inúmeros exemplos. Desde Thomas Edison a Steve Jobs, de Abraham Lincoln a Bill Gates.

Talvez a facilidade de sentir e contatar com o sucesso e a forma como no nosso dia-a-dia o conseguimos observar nos leve a uma falsa percepção de facilidade na sua obtenção. Talvez não tenhamos a noção de que o sucesso é um caminho, mais do que apenas um resultado e isso condiciona-nos a desejar muito obtê-lo.

Uma das características que o fracasso carrega é o medo que nós temos dele. O medo de falhar quase sempre nos leva a fracassar. Tendo mais medo de falhar do que vontade de vencer leva-nos a uma inércia, a um bloqueio mental e a partir daí só vemos barreiras à nossa frente.

Uma vez disse aos meus atletas: “Já perdemos muitos jogos. Agora já sabemos ganhar!”

Por Alcino Rodrigues

*Coach Profissional Certificado, atua em Business, Career, Life, Sports Coaching and Coaching for Young. * Empresário, Consultor e Formador em várias Áreas de Desenvolvimento Pessoal, Gestão de Conflitos, Liderança e Motivação, Inteligência Emocional, e em Áreas de Gestão, Inovação e Empreendedorismo, Marketing, Webmarketing, Gestão de Websites e Webdesign. * Formações em Coaching, Programação Neuro-Linguística, Comunicação, Public Speaking, Marketing, Psicologia Desportiva. * Orador e Dinamizador de Equipas. * Autor colaborador da Revista Online e Otimismo e do portal de futsal Futsal Porto Distrital. -|- * Estudo Licenciatura em Gestão e Negócios em Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

frases-chaves

E falei da programação neurolinguística. O que não é diferente de falar do positivismo, ou de algumas orações praticadas pelas religiões. A programação neurolinguística somente me fez apreciar mais as religiões. E algumas ações, fizeram-me apreciar mais a programação. É uma combinação de intenções com práticas, que até podem ser religiosas. Como  as meditações, os transes...



Descobri que podemos mudar os modelos de duas formas: pela repetição de frases-chaves – mas elas devem ser combinadas com exemplos que as reforcem, ou seja, não basta dizer – se bem que eu tenha me surpreendido com frases que me propunham o impossível. E por mecanismos subconscientes.


Agora eu tenho que ser menos segmentário e dizer que eu precisei combinar técnicas para que pudesse reforçar as minhas intenções. Não estou afirmando que é preciso combiná-las, mas invariavelmente as combinações vão existir, a não ser que você seja alguém muito inflexível e que quer controlar os resultados.


Eu “ainda” tenho uma doença degenerativa que cultivei no cérebro. Para eu reverter o processo da doença, tive que admitir que os meus pensamentos a criaram. Precisei de algum tempo para precisar as causas desta doença. E existe como saber? O autoconhecimento é uma destas ferramentas, mas é muito mutável, se adapta às mudanças. O conhecimento gera novos pensamentos e estes, uma nova personalidade que adquire outros conhecimentos que geram outros pensamentos. Funciona, mas para isso é preciso se fixar em algumas verdades aparentes como âncoras para o raciocínio. E não se preocupe, o raciocínio será falho, porém mais estável.  Com o tempo as arestas são aparadas. E então surgem as ferramentas combinadas. Se os conflitos tiverem origem nos exemplos assimilados dentro do núcleo familiar, quero dizer, se o culpado parece ser as brigas em família, as constelações familiares são extraordinárias para identificar e solucionar o foco do problema. Talvez você ainda não acolha a sua cooperação no problema, o que afetaria o seu autoconhecimento, entretanto o objetivo das constelações é identificar e solucionar a causa da desarmonia. Um processo de compensações, onde todo o sistema – familiar – tenta se reorganizar diante de alguma anomalia.


Um aspecto importante das constelações familiares é de que, ao identificar a fonte, que sempre será alguém, descobrirá que as suas relações, ou as ideias acerca do que supunha problema, passam a ser mais respeitosas. Aprende-se a respeitar e amar tudo e todos que constituem o que você é. É o princípio das ações da seicho-no-ie, respeitar as suas origens e agradecer os mecanismos de aprendizado proporcionado pelas coisas, fatos e pessoas. Como eu havia dito, o livre-arbítrio está com o espírito onisciente, e desta forma nem todo o “mal” é realmente mal, depende das nossas ideias, toda a ação do mal passa pelo crivo da bondade de Deus. Se o “mal” nos causa sofrimento, será um motivo para nos desvencilharmos daquilo que está em nós e não podemos mais levar conosco. Se este “mal” é visto como um incentivo, um aprendizado, não será tão ruim assim.


São nossas convicções que geram as diferenças entre estar diante de uma barreira intransponível ou de uma prova de perseverança, sendo ambas, o mesmo exercício.

Quando me submeti – fui submetido quase à força – às cirurgias espirituais não esperava que as terapias pré-operatórias fossem mais indigestas do que qualquer tratamento doloroso que experimentei. É como se soubessem que doentes crônicos possuem “certas dificuldades em interagir”, isto é, são osso duro de roer, e usassem as cirurgias espirituais como isca. O maior problemas dos doentes crônicos é não aceitar que 1] toda doença é criada pela mente rígida, 2] e se existem curas, que seja conforme a sua decisão, 3] não preciso repensar as minhas ideias, incluindo os modelos pois, 4] ninguém é capaz de fazer o que eu faço. Então se tenta mudar o paciente sem que ele perceba, técnica subliminar.


Quando percebi a eficácia do processo, pude observar os outros pacientes e constatar que eram afetados emocionalmente por questões como: ao ocupar o espaço das outras pessoas eu as impeço de crescer e, se morrer não farei falta. Esta é uma das poucas certezas, a de que somos capazes e nos adaptamos. Portanto ao interferir, controlar a vida dos outros – mesmo justificando a ação como necessária – estamos prejudicando o desenvolvimento daqueles que provavelmente nos cercam.


São abertas as portas da autopercepção. Começamos a rever certos conceitos e romper certas barreiras rígidas. Estes esclarecimentos rompem as emoções controladas e provocam crises emocionais verdadeiramente descontroláveis. E assim você se propõe a recriar estes eventos. Ao se propor experimenta-los, as combinações começam a surgir. 


Então eu tentei falar comigo mesmo. Usei uma variação do método descrito por Richard Bandler, depois eu tentei com a autocinesiologia, com a radiestesia, etc. e não obtinha respostas. Não obtinha respostas porque estava tentando fazer o mais difícil. Eu já estava falando comigo de um modo bastante eficiente. É como se um médium tentasse falar com o espírito através de um copo. A diferença do contato é que me impedia de ver que o diálogo acontecia. Estava esperando contatar um ser. Por vezes, as minhas sensações pessoais ou provenientes [?]. Um sentimento vago e indescritível de quando eu participei de uma constelação familiar sem o saber. Eu podia realmente sentir “quem eu estava representando”, com sensações tão inoportunas para a minha consciência que pensei que estava sendo abduzido. E ainda não obtinha as respostas.

continua...

terça-feira, 22 de outubro de 2013

os cinco conflitos armados

Existem alguns meios para se remover ou substituir os modelos originais. Contudo não sei o quanto eles podem ser exímios. E não é uma questão de qualidade terapêutica, mas sim de absorção. Tenho que admitir, que como homem, preferiria experimentar uma de cada vez e anotar os ganhos. Ou seja, analisar e julgar – sem qualquer certeza, pois ela não existe.
E assim acabei experimentando tudo ao mesmo tempo, sem controle, sem racionalismos e julgamentos que pudesse categorizar. Cada pessoa apresenta, em si, o que é necessário para conseguir lidar com os modelos. Desta forma devemos aceitar que, mesmo os modelos mais indigestos, podem não ser removidos. Por que razão? Por causa de um mecanismo de defesa que não admite que a substituição do velho modelo seja necessária.
Se você consegue ver uma situação desagradável sem fazer julgamentos provavelmente percebe a ineficácia de se intrometer no processo. Sabe que a situação é um cenário desenvolvido para se conseguir algo que supera as expectativas dos envolvidos. Temos a capacidade de deturpar o processo fazendo outros julgamentos, ou nos intrometemos – que fazemos com maestria –, ou nos afastamos com esta nova ideia de que era exatamente a situação desejada pelos envolvidos. A proposta não é fugir, mas compreender, dentro dos limites apresentados. Há algo efetivamente lógico que possa fazer para modificar a situação? É como um jogo de pôquer para os envolvidos, mas uma encenação muito bem orquestrada pelo espírito. É o cristo interior, o estado búdico, é a verdadeira consciência do ser que planeja o jogo. Por vezes ele, o espírito, nos dá pistas do que está planejando, mas ele prefere nos ignorar.


Por exemplo, me repetindo, em Sapo em Príncipes, Richard Bandler disse que acreditava que cada parte de cada pessoa é um recurso valioso. Uma mulher lhe disse: "Essa é a coisa mais burra que jamais escutei!”.
“Eu não disse que era verdade. Eu disse se você acreditava que, enquanto terapeuta, você iria conseguir muito mais”.
"Bom, isso é completamente ridículo".
"O que é que te faz crer que isso é ridículo?"
"Tenho partes em mim que não valem dez centavos. Simplesmente me atrapalham. É só o que fazem".
"Diga uma".
"Tenho uma parte que, independente do que eu fizer, toda vez que eu tento fazer alguma coisa, ela simplesmente me diz que não posso fazê-lo e que irei falhar. Faz com que tudo se torne duas vezes mais difícil do que o necessário".
Disse que havia sido uma aluna evadida da escola secundária e que, quando decidira retornar aos estudos, essa parte dissera: "Você nunca irá conseguir; você não é boa o suficiente para isso; você é burra demais. Será embaraçoso. Você não vai conseguir". Mas ela conseguiu. E mesmo depois de ter feito isso, quando decidiu entrar na faculdade, essa parte disse: "Você não irá ser capaz de terminar".
Então Richard disse: "Bem, gostaria de conversar diretamente com essa parte". [...] "Eu sei que essa parte de você está lhe prestando um serviço de grande importância e que é muito matreira na forma como o realiza. Mesmo que você não aprecie o trabalho por ela executado, eu o aprecio. Eu gostaria de dizer a essa parte que, se ela tivesse vontade de contar à sua mente consciente o que vem fazendo por ela, então talvez essa parte pudesse receber um pouco do apreço merecido”.
Então, fiz com que ela se voltasse para seu interior e perguntasse à parte o que de positivo era que vinha fazendo; a resposta: "Estava te motivando". Depois de ter-me revelado isso, ela comentou: "Bem, acho isso uma loucura".


Foi o que pensei ao ler. Como eu poderia conversar com meu subconsciente, e como ele poderia ser assim, tão magnífico?  Pelo que eu saiba, o inconsciente, o subconsciente, armazena as diretrizes que aceitamos como verdades e impede que a consciência crie confusões “não-autorizadas”, mas como o subconsciente pode ter criados diretrizes nada lógicas, não achava que poderia conversar com alguém tão inflexível. Como dizer para o subconsciente que “ter medo de água” é desnecessário e até limitador quando tivemos uma experiência traumática que criou esta diretriz? Como reconfigurar o subconsciente para que ele seja mais cooperativo e menos protetor? Existem muitos meios.


"Olha, existe uma parte que fica morrendo de medo quando você chega perto das pistas de alta velocidade. Vá para dentro de você e diga a esta parte que ela está fazendo uma coisa importante e pergunte-lhe se ela está com vontade de comunicar-se com você". Ela obteve uma resposta positiva muito intensa. Então eu lhe disse: "Agora volte para dentro e pergunte a essa parte se ela tem vontade de lhe dizer o que é que ela está tentando fazer para você quando fica morrendo de medo se você se aproxima de pistas de alta velocidade". Ela se voltou para dentro e depois disse:
"Bom, essa parte me disse que não está com vontade de me contar nada".
Ao invés de proceder a uma remodelagem inconsciente, fiz uma coisa que pode parecer curiosa, porém, de tempos em tempos, realizo-a quando tenho uma suspeita, ou o que as demais pessoas chamam de intuição. Fiz com que ela se voltasse para dentro de si mesma e perguntasse àquela parte se ela sabia o que estava fazendo pela pessoa. Ela fechou os olhos e depois, quando os abriu de volta, disse: "Bom, eu.. , eu não, .. eu não acredito que ela me disse". "Então volte para dentro e pergunte-lhe se está dizendo a verdade". Ela novamente se interiorizou e depois falou:
"Não quero acreditar no que ela me disse".
 "Bom, que foi que ela te disse?"
"Disse que se esqueceu!".
Bom, embora possa soar muito divertido, sempre considerei que essa fosse uma grande resposta. Em certos aspectos, faz sentido. Você está viva há muito tempo já. Se uma parte organiza um comportamento seu e a pessoa realmente resiste a ele e luta contra ele, o comportamento pode ficar tão envolvido na luta que acabe esquecendo por que motivo foi que se organizou daquela forma, para início de conversa. Quantos de vocês já entraram numa discussão e no meio do fala-fala já se esqueciam do que pretendiam fazer, só para começar? As partes, da mesma forma que as pessoas, nem sempre se recordam dos resultados.
Em vez de entrar numa grande trapalhada, disse: "Olhe, essa sua parte é muito forte. Alguma vez você já se deu conta de como ela é poderosa? Cada vez que você se aproxima de uma pista de alta velocidade, essa parte é capaz de amedrontar você até o limite. Isso é realmente surpreendente. Como é que você se sentiria de contar com uma parte como essa do seu lado?" Ela disse: "Uau! Não tenho nenhuma parte como essa!" Então respondi: "Volte-se para seu interior e pergunte-lhe se ela gostaria de fazer alguma coisa que se pudesse apreciar, que fosse válida, e em que valesse a pena empregar todos os seus talentos", E evidentemente a parte respondeu um entusiasmado sim. Então eu disse: "Então se ponha em contato com seu interior, e pergunte à parte se ela teria vontade de te deixar confortável, alerta, respirando regularmente e com suavidade, tendo cuidado e sintonizada na experiência sensorial, toda vez que você subir numa pista de alta velocidade, pela rampa de acesso".
A parte respondeu: "Sim, sim, eu vou fazer isso". Fiz depois com que ela fantasiasse uma duas situações numa pista de alta velocidade. Antes ela havia sido incapaz de fazê-lo, ficava num estado de terror' completo porque até mesmo a fantasia de chegar perto de uma dessas pistas era por demais assustadora. Desta vez, quando ela fez a fantasia, fê-lo adequadamente. Ela entrou no carro, saiu da pista, e procedeu muito bem. Ela se divertiu tanto que dirigiu nessa pista durante quatro horas e acabou ficando até sem gasolina.




quinta-feira, 26 de setembro de 2013

dois conflitos




Certa vez, num workshop eu disse que acreditava que cada parte de cada pessoa é um recurso valioso. Uma mulher me disse: "Essa é a coisa mais burra que jamais escutei!”.
“Eu não disse que era verdade. Eu disse se você acreditava que, enquanto terapeuta, você iria conseguir muito mais”.
"Bom, isso é completamente ridículo".
"O que é que te faz crer que isso é ridículo?"
"Tenho partes em mim que não valem dez centavos. Simples­mente me atrapalham. É só o que fazem".
"Diga uma".
"Tenho uma parte que, independente do que eu fizer, toda vez que eu tento fazer alguma coisa, ela simplesmente me diz que não posso fazê-lo e que irei falhar. Faz com que tudo se torne duas vezes mais difícil do que o necessário".
Disse que havia sido uma aluna evadida da escola secundária e que, quando decidira retornar aos estudos, essa parte dissera: "Você nunca irá conseguir; você não é boa o suficiente para isso; você é burra demais. Será embaraçoso. Você não vai conse­guir". Mas ela conseguiu. E mesmo depois de ter feito isso, quando decidiu entrar na faculdade, essa parte disse: "Você não irá ser capaz de terminar".
Então eu disse: "Bem, gostaria de conversar diretamente com essa parte". Isso sempre pega o pessoal da AT, diga-se de passa­gem, porque isso não existe em seu modelo. Certas vezes fico falando e olhando por cima de seu ombro esquerdo e eles ficam todos doidos. Mas esse é um mecanismo de ancoragem verdadei­ramente eficiente porque a partir de então toda vez que se olha por cima de seu ombro esquerdo só aquela parte consegue escutar.
"Eu sei que essa parte de você está lhe prestando um serviço de grande importância e que é muito matreira na forma como o realiza. Mesmo que você não aprecie o trabalho por ela executado, eu o aprecio. Eu gostaria de dizer a essa parte que, se ela tivesse vontade de contar à sua mente consciente o que vem fazendo por ela, então talvez essa parte pudesse receber um pouco do apreço merecido”.
Então, fiz com que ela se voltasse para seu interior e pergun­tasse à parte o que de positivo era que vinha fazendo; a resposta: "Estava te motivando". Depois de ter-me revelado isso, ela comentou: "Bem, acho isso uma loucura".
Eu disse: "Mas sabe, não acho que você fosse capaz de vir aqui em cima e trabalhar na frente deste grupo todo". Ela levantou-se em atitude desafia­dora e atravessou a sala, depois se sentou. Aqueles que já estu­daram estratégias e que compreendem o fenômeno da resposta de polaridade irão reconhecer nesta parte apenas um Programador Neurolinguista que sabia da utilização. Essa parte sabia que se dissesse: "Ah, você consegue entrar na faculdade, você pode fazê-lo", ela teria dito: "Não, não posso mesmo". Contudo, se essa parte lhe dissesse: "Você não irá conseguir passar esse ano", ela diria então: "Ah, é?" e a seguir iria para a rua fazer aquilo mesmo.
E então, o que teria ocorrido com aquela mulher se de alguma forma tivéssemos conseguido com que aquela parte parasse de proceder daquela forma, contudo deixando de mudar todo o resto? Ela não teria mais forma alguma de se motivar!


Sapos em Príncipes, Richard Bandler.

Dando continuidade ao assunto, os conflitos são importantes para o desenvolvimento humano, infelizmente não sabemos como encarar tais obstáculos.
Quando eu disse que devemos enfrentar o problema com resignação ou gratidão, não estava querendo ser sádico ou mesmo insensível às complicações emocionais que tais conflitos geram. Nem dizer que devemos ser apáticos, mesmo porque fingir não se importar ou se importar será a mesmíssima coisa. E não ser afetado ou se importar diante dos conflitos parece um contrassenso.

A proposta é a seguinte: o que faz “isto” lhe parecer um conflito? Você já se perguntou se as suas prerrogativas, as suas ideias sobre o que parece ser conflito, não poderiam ser falhas?
Faça-se uma pergunta, sabemos exatamente quem somos? Explico, pensamos que temos uma personalidade que nos define. Aparentamos uma imagem que acreditamos ser a nossa expressão interior. Mas isso é uma ilusão. Somos constantemente moldados pelo meio, por nossas reações ao meio e, apresentamos múltiplas máscaras que nos intermediam. São mecanismos naturais de sobrevivência. Nós chamamos de ego, mas não percebemos o quanto ele é volátil e não confiável. O ego, ou melhor, as máscaras que usamos, são estruturas psicológicas que tentam nos proteger dos conflitos a partir de modelos que “supomos” eficientes. Ou você acredita que os pais amam os seus filhos igualmente?! Nem tem como, pois mostraremos um comportamento diferente para cada tipo de pessoa, ou situações.

Então poderemos criar máscaras que possam até se contradizer, tornando o ego cada vez mais instável. É esta imagem distorcida que não nos permite raciocinar. Não por pura lógica, porém por um raciocínio baseado no amor que não escolhe. Não toma partido. Não julga saber.

Como eu disse antes, a premissa errada cria os modelos que geram conflitos. Os modelos foram e são criados pela sociedade, ou seja, nossos antepassados. Mas os maiores culpados por perpetuar tais modelos – baseados no medo – somos nós. Admitimos que desejamos ser oprimidos por modelos que já não correspondem aos fatos já desvendados. Mas vamos falar disso depois. O que nos importa agora é como rever os modelos e apresentar novas diretrizes.

Deveríamos começar por: há um destino a nos governar, porém somos nós que criamos o nosso destino. Você vai perceber que as novas ideias já não se baseiam mais em escolhas, mas sim em abranger o todo. Isto é, adotar todos os pontos de vistas como certos a partir de uma aceitação das ausências que construíram o ponto de vista que tanto pode nos parecer contraditórias, para não dizer mau ou bom. Este é o princípio da compaixão, aceitar as diferenças. E ainda não é o suficiente, não é uma questão de resignar-se e permitir que a opressão continue existindo.

Tiago saltou para a areia e desenhou um circulo perfeito. ― Este é o símbolo Yin e Yang, de equilíbrio e é um ciclo eterno. Somente isto pode explicar o seu paradoxo. Como não há tempo, não existem paradoxos, simplesmente é.
Não precisamos de um começo e um fim?
Tudo já foi determinado, as nossas vidas são como personagens definidos...
Eu chamo isto de destino implacável. ― como não ser.
Se fosse destino, o espírito não teria esperanças e nem pretextos para experimentar. Tudo é determinado antecipadamente, no entanto o espírito escolhe como usufruir desta liberdade, pois os grilhões e os obstáculos são criados por nós mesmos. Somente nós acreditamos que o tempo é linear, quando seria mais eficiente que ele se comportasse como neurônios ou redes virtuais com links de interesse e não pela correnteza irreprimível de eventos. Como poderá aceitar que as influências, cuja origem é imperceptível, provêm de todos os tempos e todos os lugares? O que te impede de ir aonde quiser, passado ou mundos da fantasia...
Quer dizer que as mesmas impressões sentidas por existências anteriores, podem vir do futuro? ― não ia me estender, estava ficando apreensivo.
Sim e não. As coincidências – que não são bem coincidências – estão te encaminhando para um futuro, reunindo as ferramentas que serão úteis para melhor se adequar. Tem consciência deste processo porque não está mais preso ao passado e o presente te constitui um mecanismo de transição. Os novos objetivos te alavancaram para outros desígnios que estão sendo apresentados como informações para vencer os excessos e disciplinar a mente!


O livro de Mateus.

A opressão é criada pelo medo.

Aceitamos inverdades que nos moldam o ego. Por exemplo, nos sujeitamos a artimanhas para sobreviver em um mundo violento e hostil. Preferimos duvidar e nos proteger de algo que não existe efetivamente. Temos medo de morrer ao sair todos os dias, vemos constantemente assassinatos, que devemos nos proteger. Em uma grande cidade, o número de assassinatos representam 0,003%, mas o nosso medo se amplia e gera uma reação incontrolável e ilógica.
Todos já devem ter ouvido, não cai uma folha da árvore sem que Deus o saiba. Então você vai continuar se preocupando com coisas que realmente não podem ser controladas por você? Todo o nosso ser acredita que se não interferirmos, se nós tentarmos controlar o meio e nos proteger, Deus não será capaz.

Sem o medo, sem a nossa presunção por tentar controlar, o fluxo da vida se encaminhará para o destino. Sem obstáculos, sem conflitos, pois estes surgem com o objetivo de nos redirecionar para o nosso destino. Eu disse que há um destino a nos governar, porém somos nós que criamos o nosso destino. Parece contraditório, contudo somos nós que teimamos em catalogar e escolher lados, para Deus, todos os lados são uma excepcional escolha.