sábado, 2 de fevereiro de 2013

morte e...





As portas da morte sempre inspiram temor, as doutrinas divergem quanto ao que encontraremos após a morte. Na verdade elas não divergem, são as nossas ideias que, aliadas às suposições e o medo do invisível, nos trazem ao pensamento incoerências. Todas, quando vistas com clareza e fé, indicam o caminho. E o que é o caminho? É a verdade



“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6). 


“Bem-aventurado aquele que atingiu o estado sagrado de Buda, pois ele está apto para produzir a salvação de seus semelhantes. A verdade tomou a sua morada nele. Perfeita sabedoria ilumina seu entendimento, e a justiça anima o fim de todas as suas ações”. (O Evangelho de Buda cap. III, § 15)


Entretanto, quanto aos bons ventos que dissipam o medo da morte cabe, a cada um de nós, procurar as respostas. Não considere que as religiões devam se digladiar em lutas pela supremacia da verdade. Para cada expressão de Deus, através das Suas manifestações doutrinárias, existe um ser hábil a compreender as Suas palavras. 


“Estou sempre ciente de que são as pessoas que praticam o Caminho e as que não o praticam, e, em resposta às suas necessidades de salvação ensino-lhes várias doutrinas”. 


“No que ele prega nada é em vão. Em relação às várias doutrinas, ele emprega a sabedoria como um meio expedito na sua exposição. Daí que todas as doutrinas por ele expostas se expandem até onde houver sabedoria e entendimento. O Tathagata observa e compreende o fim para que tende cada doutrina. Ele também entende o funcionamento mais íntimo da mente de cada ser vivente, penetrando nela completamente e sem impedimentos. Em relação às doutrinas ele é completamente iluminado e revela aos seres viventes a totalidade da sabedoria”. (Sutra de Lótus, cap. XVI e V)


Inclusive quando consideramos doutrinas teístas e não-teístas – ou seja ateias -, monoteístas ou politeístas, gnósticas ou agnósticas, pagãs ou que mais existam, elas são expressões de um mesmo Deus que emprega vários argumentos para levar os homens a alcançar o fim do sofrimento, o fim do pecado e das ilusões. Por isso existe a necessidade de enfrentar os temores, seja pela doença ou pela morte, os caminhos sempre são justos.


Para muitas pessoas, o temor da morte é uma causa de perplexidade. Donde lhes vem esse temor, tendo elas diante de si o futuro? Falece-lhes fundamento para semelhante temor. Mas, que queres! Se procuram persuadi-las, quando criança, de que há um inferno e um paraíso e que mais certo é irem para inferno, visto que também lhes disseram que o que está na Natureza constitui pecado mortal para a alma! Sucede então que, tomadas adultas, essas pessoas, se algum juízo tem, não pode admitir tal coisa e se fazem ateias, ou materialistas. São assim levadas a crer que, além da vida presente, nada mais há. Quanto aos que persistiram nas suas crenças da infância, essas temem aquele fogo eterno que os queimará sem os consumir. Ao justo, nenhum temor inspira a morte, com a fé, tem ele a certeza do futuro. A esperança fá-lo contar com uma vida melhor, e a caridade, a cuja lei obedece, lhe dá a segurança de que, no mundo para onde terá de ir, nenhum ser encontrará cujo olhar lhe seja de temer”. O Livro dos Espíritos, pergunta 941. Allan Kardec.


E o desígnio das práticas religiosas é enaltecer a fé – confiança absoluta – em Deus, por fim, em nós e nas nossas capacidades de reverter os maus pensamentos que desconstroem a nossa verdadeira imagem. 


"Costuma-se dizer que a vida e a morte fogem ao controle da vontade do homem. Na verdade, elas são controladas à mercê da mente. Aquele cuja mente vivifica os irmãos vive; e aquele cuja mente mata os irmãos, morre. Matar não significa golpear alguém com uma espada. Aquele cuja mente não vivifica os irmãos está matando-os. Corresponder às expectativas das pessoas próximas a ti é um grande ato de vivificar os irmãos. Transferir aos outros aquilo que tu próprio detestas é um dos piores atos de 'matar' os irmãos. Não cuspas nem atires papéis ao teu redor. Isto não se refere apenas à limpeza mental. Quem critica acerbamente os irmãos é um indivíduo que 'cospe' no coração dos irmãos. Quem escreve cartas de ira aos irmãos é um indivíduo que atira papéis no coração dos irmãos. Ele é um indivíduo que 'mata' o coração do próximo pela fala e pela escrita. Porém, mais grave do que 'matar' o coração dos irmãos é 'matar' a benevolência dos pais, é 'matar' a benevolência dos superiores. Enquanto não deixares de assassinar mentalmente e não te preencheres de sentimento de gratidão, a frequência de tua mente não estará sintonizada com a de Deus, e por isso não poderás receber dEle as ondas espirituais de salvação." (Revelação Divinade 5 de setembro de 1931, Masaharu Taniguchi)



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