domingo, 28 de fevereiro de 2016

O ACASO VAI NOS PROTEGER...


Se não fosse por isso, acredito que continuaria sendo eu mesmo, isto é, aquele ‘eu’ que falava mais do que ouvia, julgava mais do que calava, pensava mais do que sentia, exteriorizava mais do... você deve saber. Por isso, quando me coloco na reserva, os objetivos passam a ser temporiamente negligenciados e outras ações passam a querer um lugar ao sol.

Eu costumo prestar atenção aos sinais, mesmo que sejam absurdamente imprevisíveis são claramente compreensíveis. Mesmo que você não perceba, eles estão gritando.
Então você não acredita em coincidências, eu também. Porque coincidência é como um truque de feitiçaria onde o mágico tira um coelho da cartola e logo depois ouve no rádio Munhoz e Mariano cantando:

... Coelho na cartola é coisa do passado. A moda agora é a mágica do rebolado...


Isto é coincidência? Então você muda a estação e está tocando ‘No rabbit in the hat’. E isto já começa a não parecer coincidência. De repente se lembra que sonhou com o filme ‘Alice no país das Maravilhas’ correndo atrás do Coelho ‘Atrasado’ Branco. ‘Oh, I’m so late!’ porque estou estudando este texto em Inglês.

Procura na internet e descobre: É uma metáfora que quer dizer que você tem um "truque escondido", que você tem algo escondido que pode faze-lo ganhar algo, etc. Então se lembra que realmente tem um trunfo para sair daquele problema ao qual se debatia em resolver, Isto já não é mais coincidência.

Mas este é um exemplo para ‘dummies’.


Ampliar esta ação se torna exponencialmente inimaginável quando, bem, ouça esta música, epitáfio dos Titãs.

...O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído. O acaso vai me proteger enquanto eu andar...




E sabe mais? É quando nos esquecemos de controlar o futuro – baseado no que supomos lógico só porque as experiências do passado nos dizem – o presente aparece diante do seu nariz. Sei que é difícil fazer isto, largar mão do controle, sem cartas na manga ou coelho na cartola, pode parecer um descuido, pior, uma blasfêmia. Mas eu agora não me importo mais. E você ainda me diz:

–– Você é louco! Não preciso de alguém mexendo na minha cabeça.

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