quinta-feira, 22 de agosto de 2013

070 - o genoma humano


Agora que o DNA havia atingido o status de super-estrela da ciência, o desafio seguinte era criar um catálogo de todas as estrelas genéticas no firmamento humano. Iniciou-se, então, em 1980, o projeto Genoma Humano, um esforço científico global para classificar todos os genes de nossa composição orgânica. 
Tratava-se de um projeto ambicioso e de grandes proporções. Convencionou-se que o corpo precisava de um gene-modelo para cada uma das 100 mil proteínas que compõem nosso corpo e também de mais 20 mil genes reguladores para orquestrar a atividade de codificação das proteínas. Os cientistas concluíram que o genoma humano deveria conter um mínimo de 120 mil genes entre nossos 23 pares de cromossomos. 

Mas não era só isso. Parecia que os cientistas estavam no meio de uma piada cósmica, o tipo daquela que acontece sempre que alguém acha que descobriu os segredos do universo. Imagine o impacto que Nicolau Copérnico causou ao anunciar em 1543 que a Terra não era o centro do universo como pensavam os cientistas-teólogos da época. O fato de que era a Terra quem gravitava ao redor do Sol e o de que nem mesmo o Sol era o centro do universo colocaram em xeque os ensinamentos da Igreja. As descobertas de Copérnico deram início à revolução científica ao desafiar o conceito de "infalibilidade" da Igreja e fizeram com que a ciência a substituísse como fonte de conhecimento e de descoberta dos mistérios do universo. 

Os geneticistas também tiveram um grande choque ao descobrir que, ao contrário de sua estimativa de 120 mil genes, o genoma humano tem apenas 25 mil (Pennisi, 2003a e 2003b; Pearson, 2003; Goodman, 2003). Mais de 80 por cento do que se presumia ser DNA simplesmente não existe! A falta desses genes causou mais impacto do que se poderia supor. O conceito de gene e proteína únicos era o princípio básico do determinismo genético. Com isso, o projeto Genoma Humano veio abaixo e todos os nossos conceitos sobre o funcionamento básico da vida tiveram de ser revistos. Não era mais possível continuar acreditando que a engenharia genética iria resolver todos os dilemas biológicos. Não há genes suficientes para compor um quadro tão complexo quanto a vida ou as doenças humanas.

O verme primitivo Caenorhabditis serve de modelo perfeito para o estudo do papel dos genes no desenvolvimento e no comportamento dos seres. E um organismo que cresce e se desenvolve com muita rapidez, tem um corpo de padrão preciso composto de exatamente 969 células e um cérebro muito simples de 302 células. 

No entanto, apresenta um repertório único de comportamento e é bastante dócil para o trabalho em laboratório. Têm aproximadamente 24 mil genes (Blaxter, 2003). O corpo humano, composto de mais de 50 trilhões de células, contém apenas 1500 genes a mais que este microscópico e humilde ser. 
A mosca-das-frutas, outro espécime preferido dos cientistas para este tipo de estudo, possui 15 mil genes (Blaxter, 2003; Celniker et al., 2002). Portanto, esta pequena mosca, de organismo muito mais complexo, tem nove mil genes a menos que o primitivo verme Caenorhabditis. E quando se trata de comparar homens e ratos a situação é ainda mais crítica. Teremos de passar a tratá-los com mais dignidade, pois os resultados dos projetos genoma paralelos revelam que humanos e roedores têm aproximadamente o mesmo número de genes!

Biologia da Crença. Bruce H. Lipton.


O vídeo a seguir "The Living Matrix" apresenta um resumo das teorias – comprovadas – que aparecem no livro de Lipton. Alias este documentário vai além, mostrando o que o Dr. Eric Pearl chama de Cura Reconectiva, que será assunto em breve.


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Talvez o diálogo a seguir seja relevante e elucide alguns pontos do texto apresentado, pelo menos eu acho que seja pertinente.

Tiago, você disse que o universo é redundante e eficiente, como?


Cogite que a proposta quântica poderia ser chamada de virtual, é só uma simplificação das reais potencialidades do universo e de Deus. ― sem parábolas ou fábulas, ele só falava em linguagem binária. ― Está a par das extensões de compactação de imagens digitais?


Acho que sim, por quê?

O universo se comporta mais ou menos assim. Parece-nos tão infinito e vasto quanto uma imagem de altíssima resolução – aqui só uma analogia –, embora ele seja só um pacote de dados. Assim como a imagem pode ser digitalizada e decomposta em dados virtuais que ocupam eficientemente um espaço de armazenamento menor, gerando a possibilidade de compactações e ampliando a capacidade de um disco rígido; o universo realiza o mesmo em uma escala que ultrapassa o poder da imaginação, como a eficiência dos processadores de um computador.
Hã! ― eu entendi, porém não havia a menor possibilidade de imaginar como.

Livro de Mateus


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