O que muitos
cientistas ainda consideram antropomorfismo, ou melhor, citopomorfismo, eu
chamo de "biologia 101". Você pode se considerar um indivíduo, mas
como biólogo celular eu lhe digo que você
é uma grande comunidade cooperativa de aproximadamente 50 trilhões de células e
que a maioria delas vive como amebas, ou seja, organismos que desenvolvem uma
estratégia cooperativista para a sobrevivência de todos. Em termos mais
simples: os seres humanos são meros resultados de uma "consciência
amebóide coletiva". Assim como uma nação reflete as características de
seus cidadãos, nossa condição humana reflete a natureza de nossa comunidade
celular.
A ideia da cura não está na sabedoria do homem que corta,
mede e pesa; está na nossa própria força interior. Cristo deixa isto bastante
claro quando diz em João 10:
34 Jesus lhes
respondeu: "Não está escrito na Lei de vocês: 'Eu disse: Vocês são deuses'? 35 Se ele
chamou 'deuses' àqueles a quem veio a palavra de Deus (e a Escritura não pode
ser anulada), 36 que dizer a respeito daquele a quem
o Pai santificou e enviou ao mundo? Então, por que vocês me acusam de blasfêmia
porque eu disse: Sou Filho de Deus? 37 Se eu não
realizo as obras do meu Pai, não creiam em mim. 38
Mas, se as realizo, mesmo que não creiam em mim, creiam nas obras, para que
possam saber e entender que o Pai está em mim, e eu no Pai".
Se referindo ao Salmo 82: 6
"Eu disse: 'Vocês são deuses, todos vocês são filhos do Altíssimo'.
Bem, na verdade não conseguimos aplicar esta Verdade em
nossas vidas. Talvez porque estejamos afundados em impressões doentias, tememos
o mundo que nos cerca. Mas se fôssemos capazes de reverter este pensamento
poderíamos nos curar tão rapidamente com um simples estalo dos dedos. Bruce
Lipton nos apresenta uma explicação científica que poderia ser desnecessária se
compreendêssemos que as religiões, as doutrinas e as filosofias são exatamente
as respostas que procurávamos. Infelizmente temos a petulância de reverter as
religiões para uma série de rituais a serem cumpridos por temor, culpas, medos
que não existem. A verdadeira mensagem das religiões pode ser analisada por um
novo enfoque que priorize o amor e não a discórdia e o medo, que crie harmonia
e interação e não competição.
Mas ainda temos dificuldade em aceitar que a cura seja
como um passe de mágica. Talvez por causa da ideia de pecado e culpas que nos
rodeiam. Então precisamos de alguma ajuda. Por isso estou apresentando mecanismos
muito eficientes como: a programação neurolinguística, as constelações
familiares, – este eu não entendo, mas funciona –, o reiki, a cura reconectiva,
o método Psyck-K, os livros de autoajuda, etc. Quanto aos livros tenho que
acrescentar que serão aqueles que chegarem a suas mãos, aqueles que você
entender melhor para a sua reformulação interior. Podem ser livros espirituais,
esotéricos, científicos, psicológicos ou mesmo uma história em quadrinhos.
Portanto
somos influenciados pelo conjunto de células que
compõem o nosso corpo. O contrário também é verdade. Temos a capacidade
de
modificar o funcionamento do nosso organismo, é o que as religiões dizem
ao
colocar o homem semelhante a Deus, que somos filhos de Deus conforme
escrito no Gênese e reafirmado por Cristo. Em todas as religiões existem
escrituras semelhantes que dizem ser o homem dotado das capacidades infinitas
de Deus. Mas o que aconteceu para passarmos a acreditar que somos suscetíveis
às doenças? Ou seria o contrário, que por termos capacidade infinita e um ponto
de vista errôneo, tornamos as doenças reais?
"Espera
aí! Ele está dizendo que os seres humanos são Deus?"
Sim... mas
não sou o primeiro a fazer esse tipo de afirmação. Está escrito no Gênese que
somos feitos à imagem e semelhança de Deus. Ninguém diria que um cientista tão
racional quanto eu acabaria citando mestres como Jesus, Buda ou Rumi ou que
minha visão reducionista da vida acabaria dando lugar à espiritualidade. Mas se
somos realmente a imagem de Deus precisamos colocar novamente o espírito na
equação quando se trata de melhorar nossa saúde física e mental.
Biologia da Crença. Bruce H. Lipton.
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