segunda-feira, 26 de agosto de 2013

071 - epigenética

[...]

A ciência da epigenética, que significa literalmente "controle sobre a genética", modificou completamente os conceitos científicos sobre a vida (Pray, 2004; Silverman, 2004). Na última década, as pesquisas epigenéticas estabeleceram que os padrões de DNA passados por meio dos genes não são definitivos, isto é, os genes não comandam nosso destino! Influências ambientais como nutrição, estresse e emoções podem influenciar os genes ainda que não causem modificações em sua estrutura. Os epigeneticistas já descobriram que essas modificações podem ser passadas para as gerações futuras da mesma maneira que o padrão de DNA é passado pela dupla espiral (Reik e Walter, 2001; Surani, 2001).


Outros estudos mostram que os mecanismos epigenéticos são um fator importante em diversas doenças, entre elas o câncer, os problemas cardiovasculares e a diabetes. Na verdade, apenas cinco por cento dos pacientes de câncer ou que apresentam problemas cardiovasculares podem atribuir suas doenças a fatores hereditários (Willet, 2002). A mídia alardeou a descoberta do gene do câncer de mama, mas deixou de mencionar que 90 por cento dos casos desse tipo de câncer não está associado a genes herdados. A maioria ocorre por alterações induzidas pelo ambiente e não por genes defeituosos (Kling, 2003; Jones, 2001; Seppa, 2000; Baylin, 1997). 


As evidências epigenéticas foram tantas que alguns cientistas mais tradicionais começaram a mencionar o nome de Jean-Baptiste de Lamarck, o evolucionista antes tão desdenhado, que acreditava que os traços adquiridos por influência do ambiente podem ser transmitidos.


Os biólogos celulares descobriram as grandes habilidades da membrana celular estudando os organismos mais primitivos do planeta: os procariontes. Os procariontes, que incluem as bactérias, consistem numa membrana celular envolvendo uma minúscula gota de citoplasma denso. Embora seja uma forma tão primitiva de vida, tem função específica. Bactérias não vagam pelo mundo como bolas de pingue-pongue, jogadas de um lado para o outro. Executam os mesmos processos biológicos que as células mais complexas. Ingerem, digerem, respiram, excretam e possuem até mesmo um sistema "neurológico". Percebem onde estão os alimentos e vão em direção a eles. Além disso, são capazes de reconhecer toxinas e predadores e utilizam manobras de fuga para salvar sua vida. Ou seja, até os procariontes possuem inteligência! 


Mas de qual parte de sua estrutura vem essa "inteligência"? O citoplasma dos procariontes não possui as organelas encontradas nas células mais desenvolvidas como as eucariontes, que têm núcleo e mitocôndria. A única estrutura organizada que poderia ser considerada "cérebro" nos procariontes é a membrana.

As PIMs - Proteínas Integrais de Membrana - receptoras são os órgãos sensoriais das células, equivalentes a nossos olhos, orelhas, nariz, papilas gustativas etc. Funcionam como "nanoantenas", prontas a reagir aos sinais do ambiente. Algumas dessas proteínas integrais receptoras vão da superfície da membrana para a o interior da célula para monitorá-lo enquanto outras voltam-se para o exterior para captar sinais externos.

 As "antenas" receptoras também captam campos de energia vibracional como luz, sons e frequências de rádio. As antenas dessas receptoras de "energia" vibram como diapasões. Se uma vibração de energia no ambiente fizer vibrar uma antena receptora, isso vai alterar a carga da proteína, fazendo com que a receptora mude seu formato (Tsong, 1989). Tratarei desse assunto com mais detalhes no próximo capítulo. Só desejo explicar que, devido ao fato de as receptoras serem capazes de captar campos de energia, o conceito de que apenas as moléculas físicas têm ação sobre a fisiologia celular é obsoleto. O comportamento biológico pode ser controlado por forças invisíveis, incluindo o pensamento, e também por moléculas físicas como a penicilina, o que serve de base científica para o desenvolvimento de medicamentos energéticos que não envolvem produtos farmacêuticos.



Biologia da Crença. Bruce H. Lipton.
 



Nenhum comentário:

Postar um comentário