E falei da
programação neurolinguística. O que não é diferente de falar do positivismo, ou
de algumas orações praticadas pelas religiões. A programação neurolinguística
somente me fez apreciar mais as religiões. E algumas ações, fizeram-me apreciar
mais a programação. É uma combinação de intenções com práticas, que até podem
ser religiosas. Como as meditações, os
transes...
Descobri que
podemos mudar os modelos de duas formas: pela repetição de frases-chaves – mas elas devem ser combinadas com
exemplos que as reforcem, ou seja, não basta dizer – se bem que eu tenha me
surpreendido com frases que me propunham o impossível. E por mecanismos subconscientes.
Agora eu
tenho que ser menos segmentário e dizer que eu precisei combinar técnicas para
que pudesse reforçar as minhas intenções. Não estou afirmando que é preciso
combiná-las, mas invariavelmente as combinações vão existir, a não ser que você
seja alguém muito inflexível e que quer controlar os resultados.
Eu “ainda”
tenho uma doença degenerativa que cultivei no cérebro. Para eu reverter o
processo da doença, tive que admitir que os meus pensamentos a criaram.
Precisei de algum tempo para precisar as causas desta doença. E existe como saber? O autoconhecimento é uma destas
ferramentas, mas é muito mutável, se adapta às mudanças. O conhecimento gera
novos pensamentos e estes, uma nova personalidade que adquire outros
conhecimentos que geram outros pensamentos. Funciona, mas para isso é preciso
se fixar em algumas verdades aparentes como âncoras para o raciocínio. E não se
preocupe, o raciocínio será falho, porém mais estável. Com o tempo as arestas são aparadas. E então
surgem as ferramentas combinadas. Se
os conflitos tiverem origem nos exemplos assimilados dentro do núcleo familiar,
quero dizer, se o culpado parece ser as brigas em família, as constelações
familiares são extraordinárias para identificar e solucionar o foco do
problema. Talvez você ainda não acolha a sua cooperação no problema, o que
afetaria o seu autoconhecimento, entretanto o objetivo das constelações é
identificar e solucionar a causa da desarmonia. Um processo de compensações,
onde todo o sistema – familiar – tenta se reorganizar diante de alguma
anomalia.
Um aspecto
importante das constelações familiares é de que, ao identificar a fonte, que
sempre será alguém, descobrirá que as suas relações, ou as ideias acerca do que
supunha problema, passam a ser mais respeitosas. Aprende-se a respeitar e amar
tudo e todos que constituem o que você é.
É o princípio das ações da seicho-no-ie, respeitar as suas origens e agradecer
os mecanismos de aprendizado proporcionado pelas coisas, fatos e pessoas. Como
eu havia dito, o livre-arbítrio está com o espírito onisciente, e desta forma
nem todo o “mal” é realmente mal, depende das nossas ideias, toda a ação do mal
passa pelo crivo da bondade de Deus. Se o “mal” nos causa sofrimento, será um
motivo para nos desvencilharmos daquilo que está em nós e não podemos mais
levar conosco. Se este “mal” é visto como um incentivo, um aprendizado, não
será tão ruim assim.
São nossas
convicções que geram as diferenças entre estar diante de uma barreira
intransponível ou de uma prova de perseverança, sendo ambas, o mesmo exercício.
Quando me
submeti – fui submetido quase à força – às cirurgias espirituais não esperava
que as terapias pré-operatórias fossem mais indigestas do que qualquer
tratamento doloroso que experimentei. É como se soubessem que doentes crônicos
possuem “certas dificuldades em interagir”, isto é, são osso duro de roer, e
usassem as cirurgias espirituais como isca. O maior problemas dos doentes
crônicos é não aceitar que 1] toda doença é criada pela mente rígida, 2] e se
existem curas, que seja conforme a sua decisão, 3] não preciso repensar as
minhas ideias, incluindo os modelos pois, 4] ninguém é capaz de fazer o que eu
faço. Então se tenta mudar o paciente sem que ele perceba, técnica subliminar.
Quando
percebi a eficácia do processo, pude observar os outros pacientes e constatar
que eram afetados emocionalmente por questões como: ao ocupar o espaço das outras pessoas eu as impeço de crescer e, se
morrer não farei falta. Esta é uma das poucas certezas, a de que somos
capazes e nos adaptamos. Portanto ao interferir, controlar a vida dos outros –
mesmo justificando a ação como necessária – estamos prejudicando o
desenvolvimento daqueles que provavelmente nos cercam.
São abertas
as portas da autopercepção. Começamos a rever certos conceitos e romper certas
barreiras rígidas. Estes esclarecimentos rompem as emoções controladas e
provocam crises emocionais verdadeiramente descontroláveis. E assim você se
propõe a recriar estes eventos. Ao se propor experimenta-los, as combinações
começam a surgir.
Então eu
tentei falar comigo mesmo. Usei uma variação do método descrito por Richard
Bandler, depois eu tentei com a autocinesiologia, com a radiestesia, etc. e não
obtinha respostas. Não obtinha respostas porque estava tentando fazer o mais
difícil. Eu já estava falando comigo de um modo bastante eficiente. É como se
um médium tentasse falar com o espírito através de um copo. A diferença do
contato é que me impedia de ver que o diálogo acontecia. Estava esperando contatar
um ser. Por vezes, as minhas sensações pessoais ou provenientes [?]. Um
sentimento vago e indescritível de quando eu participei de uma constelação
familiar sem o saber. Eu podia realmente sentir “quem eu estava representando”,
com sensações tão inoportunas para a minha consciência que pensei que estava
sendo abduzido. E ainda não obtinha as respostas.
continua...
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