terça-feira, 22 de março de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 8


Se tem algo que me causa ‘embaraço’ é tentar explicar que ainda falo com um ‘amigo imaginário’. Mas não é alguém que falava comigo desde a infância. Devia falar, mas eu não me lembro de ouvi-lo.

Então um dia ele apareceu, falando. No tempo eu cogitei que fosse um daqueles ‘ecos’ da mente quando retrucamos com nós mesmos. Sabe, quando pensamos fazer algo e depois repensamos não fazê-lo. Porém eu experimentei ‘dar corda’ a voz sugerindo que eu talvez pudesse conversar com meu ‘anjo da guarda’. Então ele me disse: Toda a ação do mal passa pelo crivo de Deus.

Confesso que não me lembrava o que ‘crivo’ significava. Depois fiquei pensando na frase por um bom tempo, até que entendi. O pior – ou melhor – foi admitir que não era eu.

Com o tempo ele foi ganhando corpo e seus diálogos só puderam crescer porque eu comecei a escrever sobre mim, minhas descobertas, a doença. E as transformei em livro.

E se você me perguntar como falar com o ‘anjo’ direi, não sei. Ouvi-lo não é diferente do que me ouvir. Eu só sei que é ele pelo jeito de falar, extremamente sarcástico no começo. Agora é como um irmão mais velho. Uma vez eu perguntei se era um anjo, ele não confirmou. Talvez o meu subconsciente – a supraconsciência –, e ele ficou calado. Uma interação com o campo, ele então suspirou. Todas as anteriores, ele frisou. E acrescentou, Deus?!?

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