sexta-feira, 11 de março de 2016

CONHEÇA-TE A TI MESMO.



Não gostei de usar a palavra ‘saúde’ num artigo anterior e pesquisei – em mim – o porquê. O dicionário explica que é estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais.

Piorou. Mas está baseado em que? Quero dizer, quais meios de saúde eu devo aplicar em mim?

Percebi que faço uso de dois que soam antagonicamente incompatíveis. E usamos assim mesmo. A medicina ocidental e a alternativa. Hoje a alternativa passou a ser complementar para não ferir o orgulho dos médicos que depois de anos de estudo se advogam no direito de estipular as ‘regras’.



‘Nas últimas décadas, com os avanços cada vez maiores da ciência médica, a tentativa e muitas e muitas vezes ao conseguir encontrar procedimentos cada vez mais específicos para tratar sintomas, às vezes até doenças gerou uma prática médica que é simplesmente fruto de um pensamento linear.

Affe, parágrafo longo demais , que linearmente resume-se em “para toda doença, existe uma causa”, conhecendo e eliminando a causa, acabamos com o sintoma. Isso é medicina hoje em dia.

Matematicamente se temos x então y. (if statement). Ótimo, que seriam dos nossos bancos de dados e toda a programação se não fosse esse pensamento claro, direto, objetivo, materialista e mecanicista’.

http://www.blog.mariofialho.com/qual-a-diferenca-entre-medicina-ocidental-e-oriental/



Por sua vez, a medicina oriental é basicamente a medicina chinesa tradicional. ‘A MCT tem por princípio básico a teoria da energia vital do corpo (chi ou qi) que circula pelo corpo através de canais, chamados de meridianos, os quais teriam ramificações que os conectariam aos órgãos. Os conceitos de “corpo” e “doença” utilizados pela Medicina Tradicional Chinesa se baseiam em noções de uma cultura pré-científica [...] Pesquisas científicas não encontraram nenhuma prova fisiológica ou histológica dos conceitos tradicionais chineses, como qi, meridianos ou mesmo pontos de acupuntura’. É considerada uma medicina complementar. Mesmo que terapeutas orientais, etc. tenham dedicado suas vidas para se aprimorarem e dizer: ‘ainda estamos longe’.

Não quero denegrir nenhum dos dois, pois existem aqueles que são bons [ou ruins] no que fazem. O problema não está em usar os dois como formas complementares. Poder dizer que usar medicamentos naturais – não importa os métodos, existem muitos - para se curar de um câncer terminal e intratável, e quando os exames indicam uma melhora, suficiente para se submeter aos procedimentos de quimioterapia, faz uso da medicina ocidental como se ela fosse a complementar, a alternativa.

Ou usar a acupuntura para fixar as ‘melhoras’ ocorridas com uma cirurgia espiritual enquanto usa medicamentos bioquímicos que causam reações colaterais. As opções são tantas, contudo as pessoas – principalmente os homens – se negam a misturar as coisas. Eu pensava assim, no entanto não consegui manter este amor-próprio por muito tempo.

As pessoas que estão perto de você começam a querer ajudar, é natural que seja assim, deixe-os se sentirem úteis para não se desintegrarem em lágrimas. Percebi que os não-doentes parecem se incomodar mais com a doença do que os próprios doentes, que depois de um tempo se acostumam. Acostumam-se porque é uma das duas opções óbvias: resignação ou desespero. Independente de ser anômala ou não, o medo tem suas táticas emocionais.

Na verdade eu queria dizer outra coisa, e quando estas sugestões medicinais – ocidente e oriente, oficial e alternativa – parecem como um ‘cabo de guerra’?

Todo o seu ser define uma, você presta atenção ao que seu corpo exige, desconfia de certas verdades porque elas soam ilógicas. Não estou falando de descartar e sim de aceitar, porque enquanto não se livrar das amarras – geralmente a opção mais difundida, que todos acreditam ser a solução, mesmo se elas experimentaram ou não –, esta indefinição ou indecisão destruirá sua ‘determinação’.

Concordo que é difícil, mesmo porque parece que está desistindo do que todos querem. E os medos junto com o amor fazem com que todos se ‘intrometam’ – no bom e mau sentido. O desespero cria respostas instantâneas e automáticas e momentâneas baseadas num padrão. Este padrão atende a este medo oferecendo meios [hábeis] para se livrar do ‘mal’. Entretanto, onde se encontra a certeza senão dentro de você?

Seu corpo saberá que o tempo de cura não dependerá do desespero.

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