terça-feira, 15 de março de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 4|5



Se uma parte se refere ao passado mais que longínquo, a outra fica há poucos anos. Que impressões do agora são reverberações mais antigas do que posso me recordar e, outras aconteceram para se fixar no subconsciente. Oras como ser alguém sem se conhecer a si mesmo?

Poucas verdades são tão certas quanto saber quem sou, mas esta certeza é tão oculta quanto um tesouro pirata esquecido em alguma ilha isolada. Podemos ficar anos esperando por algum barco enquanto estivermos preocupados em achar o tesouro. As prioridades soam absurdas, procurar por algo que não poderá ser usufruído enquanto estiver perdido ou ficar parado perscrutando o horizonte, esperando que a saída surja.

Ademais, se não souber o que é este ‘tesouro’, provavelmente vou ficar imaginando só o que posso aceitar. Em termos psicológicos, nunca é o que queremos ou podemos ter, é algo que diverge daquilo que possam nos dizer ser, O meu ‘tesouro’ dói porque é algo que eu não posso vender, nem fazer uso dele para me sobressair, seja em riqueza, glória ou conhecimento. É essencialmente autoconhecimento, e isto dói porque percebemos coisas que gostaríamos de esconder, não saber.

Porém algumas verdades são boas.

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