Por compulsão eu entendo: imposição interna irresistível que leva o indivíduo a realizar determinado ato ou a comportar-se de determinada maneira. E se fosse só isso a solução deveria ser óbvia, decretar o fim, ou pelo menos o afastamento, daquela ‘imposição’ interna.
Eu chamo de ‘ego’ e assim fica óbvia que qualquer tentativa de demovê-lo de suas ‘ações’ independentemente irresistíveis é uma luta sem trégua, ou seja, chover no molhado. Implica que suas intenções sejam incapazes de mudar o quadro. Porque a compulsão é quase um vício – na verdade é um vício lícito, já que admitimos coexistir com pessoas compulsivas.
Se alguém me obrigasse a cometer tais atos. Impor certos padrões e os repetindo simplesmente porque não vai contra a lei, espero ser ‘idiota’ o suficiente para não perceber. Pois basta uma fração desta aberração e jamais perceberei que estou cometendo tais atos contra mim. Se fosse só comigo, tudo bem, mas e as outras pessoas que se encontram neste circulo vicioso? Somos todos obrigados a se comportar de uma determinada maneira. Somos inerentemente compulsivos e se parecemos normais é por culpa dos compulsivos extremos.
Eu sou em muitos aspectos. Tenho crenças que se tornaram obstáculos e depois ancoras. Ou se mesclaram ao meu ‘ego’ definindo mais alguns personagens responsáveis pela minha saúde mental. Ditando as regras que devo obedecer se quiser ser feliz. O ‘feliz’ aqui é algo que está no horizonte dos nossos desejos. Mesmo que eu tenha que ter medo de coisas ridículas se quiser sobreviver.
Protocolo do inconsciente que é controlado pelo ‘ego’. Posso até ver aquela parte minha que observa tudo com indignação – virando os olhos como se quisesse agitar-nos pelos ombros. Acorde!
Um dia aprendo a ouvi-lo. Um dia.
segunda-feira, 7 de março de 2016
COM PULSIONAL
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