terça-feira, 29 de março de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 11


Se o eu sou não é o todo, por que eu me sinto completo, por inteiro? Será que aquelas divagações de eu ser uma fração, uma parte, um fragmento de Deus é tão surpreendente ou – conforme as crenças – ‘pecaminoso’ que eu precise ‘sentir’ em mim estas coisas para que elas façam sentido? Mas mesmo depois de experimentar ser um pouco deus, não fizeram sentido.

Bem, fizeram sentido, mas não como eu imaginei. Estava tentando observar esta ação de forma científica e compartimentada, e não podia ser assim. As criações que nasceram de mim deveriam ser clones, mas não eram. Eram fragmentos da minha personalidade, o eu egoísta, o eu corajoso, o eu amoroso... e outros ‘eus’ que nem imaginava carregar dentro de mim. Porém não eram só partes claras de mim, eram interações de personalidades. Um ‘eu’ que fosse 34% coragem,17% amoroso, 11% egoísta e pequenasb porcentagens de outras personalidades. Já não se parecia mais comigo, mas era um ser que usava minhas características mais algumas inserções adquiridas pelo meio, e como o meio estava preenchido dos mais variados ‘eus’, eu caí de costas.

Por isso é que dizem que somos ‘irmãos’, que Deus está em nós. E o que Ele ganha em se fragmentar assim? Muitos dizem que o conhecimento se transforma em experiência. Existem muitas tradições religiosas que sabem disto. O mais legal é que em algum momento, o meus ‘eus’, partes ‘de-eus, começaram a agir de formas que pensei serem impossíveis para mim.

Ao mesmo tempo que consegui ampliar o modo como me vejo, percebi que não haviam muitas diferenças entre o os ‘eus’ e nós. Eu só consegui me concentrar em alguns, mas Deus deve ser mais que trilhões neste universo. Caí de novo. Ufa


Nenhum comentário:

Postar um comentário