Quem sabe
estes posts de autocura não pareçam nem um pouco práticos do ponto de vista
“medicinal” e científico. É que eu percebi, depois de me concentrar nas ações
mais comuns, a da medicina aplicada, que a premissa para uma cura se baseia
exclusivamente em como o paciente vê a doença, o problema.
Todas as
técnicas são válidas, pois todas podem gerar respostas eficazes, porque as
respostas dependerão de como o paciente compreende o tratamento. São, portanto,
válidos os tratamentos que surtem respostas positivas, mas para isso, dependerá
o que você considera apto ou não. Ou seja, a sua fé estará ligada
proporcionalmente ao tratamento que julga “funcionar”. Assim qualquer coisa
funcionará, desde que a sua compreensão aceite-a como verdade. Não há erros
quanto a isso.
Das três
frentes de ataque – mental, espiritual e física –, a que mais percebemos
interferir em nossas decisões quanto ao tratamento é a física, cirurgias,
remédios, avanços biomédicos, etc. Principalmente quando nos preocupamos
verdadeiramente em sanar algum problema bastante visível, no qual não
conseguimos ocultar com nossas desculpas. As doenças se encaixam perfeitamente
aqui, elas nos obrigam a rever atitudes e ações, no princípio nós somos
obrigados a lutar para manter as aparências, depois para nos resignarmos ou
deixarmos simplesmente que a revolta nasça.
Porém, a
frente que deveríamos nos preocupar é a mental, pois é ela que gera a doença.
Todas as dores emocionais são mecanismos de regeneração mental, mas se não for
avaliada ou considerada, ela tem que ser mais contundente. E então surgem as
manifestações físicas destes distúrbios mentais, as doenças. Se criamos a
doença através da desarmonia mental, então poderíamos reverter o processo de
dentro para fora.
Tanto é assim
que as novas terapias complementares voltadas para a cura vibracional têm como
componente ativo as reformas do pensamento. As técnicas podem variar, no
entanto, elas têm como origem a reconstrução do pensamento. De atitudes
negativas consolidadas no subconsciente para novos padrões de comportamento
positivo. Ou seja, mudar o pensamento.
A principal
barreira a estas técnicas é o preconceito de que só mudar o pensamento não resolveriam
as coisas ou de que como isto poderia funcionar? Primeiro, a força do
pensamento é uma prática comum, todos os nossos pensamentos criam um meio
imaginado ou desejado. Isto mesmo, se as coisas que te cercam parecem más, que
o crime e a impunidade vicejam, então está diante da sua realidade do mundo. Os
meios de comunicação em massa transmitem, quase que na totalidade, aquilo que
alimenta a mente – ou ego – ávida por desgraças e maldades sem fim. E o bem?
Não existe? Sabia que, na realidade, somente 0,003% a 0,3% [visão pessimista]
das ações são negativas? Mas os noticiários fazem parecer que estamos
mergulhados em trevas.
Entretanto
tudo parece ruim? Não jogue a sua culpa nos outros, esta imagem distorcida
provém de você. Se nós conseguimos criar tantos problemas e já o consideramos absolutamente
normais, por que existem pessoas que são bem sucedidas? Sorte, carma, destino?
Não pense
demais, não considere os problemas como uma espécie de castigo divino se a sua
conduta for resignante ou, como provas para o seu aprimoramento ou como um
momento de revolta contra o sistema que parece injusto. São impressões erradas
que a sua percepção criou e recriou desde a infância. É simplesmente um
mecanismo de reequilíbrio. As suas ações geram anomalias e a natureza – Deus –
ajuda-o, forçando-o a se equilibrar com o meio. Ver post de 24 de janeiro:
Pense em você
como uma engrenagem de um relógio que, por conhecer os seus movimentos e
direções e daquelas engrenagens – pessoas – que estão ligadas a você, supõe e
começa a acreditar que poderiam ser melhoradas. Mesmo que a engrenagem – você –
esteja agindo com conhecimento da causa e agindo em nome do relógio – Deus –,
as suas ações desconhecem o que as demais engrenagens, mancais, eixos e molas
do relógio devem fazer para que o relógio funcione muito bem. As nossas tentativas
de imaginar o que nos parece ser a perfeição do relógio, são falhas, equívocas
e no mínimo imperfeitas. Toda esta fricção que estaríamos causando às demais
engrenagens do relógio, gerariam atritos, problemas cuja solução poderia ser
indigesto para nós, a pequena engrenagem que acha que deve agir sem considerar
o todo.
O relógio
travaria. Mas o relógio – Deus – possui uma capacidade surpreendente de forçar
as suas peças a fazerem o certo. Este desconhecimento das intenções do relógio
em ser preciso e perfeito, esbarra nas nossas ideias do que o relógio deveria
ser, ou pior, de que não somos partes do relógio, engrenagens egoístas.
Então as
tentativas falhas de uma engrenagem que tenta seguir o seu caminho, decidindo o
seu movimento por conta própria, é o chamamos de problemas, erros e frustrações
de alguém que quer decidir o próprio destino. E não podemos decidir o destino?
A pergunta certa seria: o que devemos fazer para trabalhar em conjunto com o
destino? Aceitá-lo cegamente? Só parece porque tememos o que nos é
desconhecido.
O destino não
é algo imutável como uma engrenagem criada para gerar um tempo e um movimento e
nem flexível como supõe a nosso livre-arbítrio. A ideia de livre-arbítrio
esbarra em uma contextualização tão errônea quanto a que fazemos sobre o carma.
Não somos guiados por um destino e nem presos por provas de um carma
cumulativo, entretanto estamos a mercê de nós mesmos, uma partícula lúcida de
nosso espírito que se confunde com Deus. Somos guiados por nós mesmos.
Já pensou em experimentar uma mudança de pensamento?
Se um dia uma situação que, aparentemente tende a ser desastrosa começar a se
formar, e você começar a pensar que ela se desenvolverá conforme o seu modo de
pensar negativo, experimente inverter. Pense em um resultado benéfico – para
todos, não seja egoísta e não prejudique ninguém – ou emita pensamentos
constantes como: “Coisas boas acontecem todos os dias” ou similar, repita-a
mentalmente. Não é para acreditar, não existe um exercício para nos fazer
acreditar naquilo que se constitui o certo. Este pensamento tem o poder de
reescrever algumas diretrizes deturpadas do seu inconsciente. Faz-te perceber a
realidade de que somos peças de Deus.
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