sábado, 6 de julho de 2013

barganhar com Deus




Falar de cura e milagre é falar sobre fatos totalmente distintos entre si.

Se me perguntassem – antes – diria que não percebia diferença se um milagre ou uma cura acontecessem diante dos meus olhos. Pois chega um momento em que a barganha com Deus passa a ser constante, especialmente quando nos sentimos sem saída, bloqueados por um medo absolutamente irracional. Os estágios anteriores, como a negação, a raiva e a aceitação de uma doença, e eu não me refiro somente às doenças físicas, são especulações que tentam compreender as razões porque estamos doentes. Eu estou falando para aqueles que passam ou passaram por uma condição tão drástica quanto à minha, de estar “temporariamente” doente. No meu caso, doença incurável degenerativa e desmielizante, mas podia ser qualquer uma das grandes enfermidades: doenças físicas, as doenças espirituais ou as doenças mentais que podemos destrinchar em males psicológicos, ilusões socioculturais, etc. Então as curas podem ser tanto físicas, mentais e espirituais? Não.

A cura é um processo que envolve estas três ações. Antes eu pensava que para sermos curados, bastava que os médicos interviessem com procedimentos científicos, remédios e/ou cirurgias. Mas, e nos casos incuráveis, onde a medicina não consegue se aprofundar? Surge o aspecto da fé, que está presente em todas as curas – mesmo que ela não aconteçam –, todavia ela atinge um aspecto mais intenso, tem que ser uma fé terapêutica, sobretudo. É necessário, antes de uma intervenção física, uma aceitação irrestrita. Da doença? Hum! Talvez.

Uma aceitação irrestrita de que toda doença é curável. Se tivemos a capacidade de cria-la, teremos a capacidade de extingui-la. Ainda não estou falando do milagre como algo inexplicável pelas leis naturais. A única diferença entre o milagre e a cura está em que uma ocorre quase que instantaneamente. Porém o processo é idêntico. A mudança ocorre de dentro para fora, aqueles que compreendem e se submetem – e aqui eu chamarei simplesmente de Deus –, podem acelerar a cura. Prestem atenção no seguinte vídeo:







Contudo nem todos são doentes físicos, pois toda doença surge de uma desarmonia mental que se reflete no espiritual e posteriormente se manifesta no corpo. Quando chega ao corpo, passamos a nos preocupar em sanar a causa, que sempre será de um desempenho intolerável. O psiquismo humano tende a se rebelar diante do que considera inaceitável. A doença é simplesmente a nossa oportunidade de rever os nossos pensamentos deturpados. Promovendo uma mudança de atitudes através das dores e dos medos. Mas vocês querem saber qual é a minha barganha com Deus, não é?

Não existe. Apesar de não aceitar a doença pelo que ela representa, eu aceito a saúde como um aspecto natural do ser humano, para uns as doenças constituem obstáculos, mas para mim, uma oportunidade de correção. Uma doença que tem uma cura que se estende a tempos, e eu diria que é uma cura crônica, tem suas vantagens, principalmente se as correções a serem implementadas exigirem uma total reformulação do que é certo ou errado. A minha certeza quanto ao seu êxito reside em que Deus é perfeição.

Talvez eu tenha barganhado, sim. Que esta oportunidade seja a mais benéfica possível, mesmo que às vezes eu me sinta depressivo ou desesperado, preciso confiar e esperar com paciência, ter fé é isso, não é?

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