quinta-feira, 26 de maio de 2016

O 'LIVRO DE MATEUS' 28



Se todas as nossas imperfeições são as mais claras provas de quem somos, porque só nos analisam através de um filtro de julgamentos e preconceitos, talvez eu tenha que me reconstruir se quiser mudar esta imagem que não sou, mas sou.

No âmago de nós existe a ‘contradição’ querendo que procuremos culpados para as nossas falhas, porém as falhas são nossas. Aff. Como convencê-lo de que são suas próprias falhas que se espelham nos outros? Mas eu não sou assim. Talvez a sua ‘cegueira’ esteja em encontrar similaridades antes de afirmar tais absurdos. Não é a similaridade das ações, mas intenções. A ‘raiva’ que sinto porque ele é preguiçoso é porque eu sou assim, mas como?

A preguiça dele é absolutamente visível, negligencia as suas obrigações, enquanto em mim ela pode ser invisível. A preguiça de romper o status quo, de deixar de ser submisso, de evitar ‘obrigações’, por isso me ofendo com o outro que a demonstra abertamente. Provavelmente ele nem deve estar ciente, melhor, sua preguiça nem deve ser grave, mas para mim dói porque ‘é o que mais odeio em mim’.

O esforço de mudar deve ser meu. Este mecanismo de nos projetar nos outros serve para percebermos nossos conflitos.
Se a imagem fosse igual à minha, talvez nem percebesse os pontos a serem trabalhados. Se mostrar de forma diferente, dá a nós, a oportunidade de o quê jamais veríamos. No fim somos importunados por nossa presunção e negamos, principalmente porque temos medo de mudar.

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