sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

ANO.



O ano novo é sempre muito bom para planejar metas. E quando isso parece ser um paradoxo? De que esboçar a meta implica em obstáculo, retardo, enfim, fugir de uma ‘meta’ que poderia travar...

O ano passado deixou bem claro – de um modo bem imperceptível, e nem tente compreender como – que os sonhos dependem de não se estabelecer ‘metas’. Para aqueles que não são organizados, as metas serão como um instrumento se conseguirem se manter coesos. Mas e se alguma coisa surge, obrigando-o a se impor diante dos problemas que nascem enquanto você caminha rumo à ‘meta’?

Tudo se confunde. Causando dor, frustração e medo.

Porém, se você tiver convicção – esforço? – e se conhecer bem o suficiente para dançar conforme a música, suponho que a ‘meta’ deixará de ser um alvo e se transformar em parte do projeto. Porque ao se estipular passos, cada ‘meta’ soará como um trampolim que o levará além, perderá a oportunidade de o ‘acaso’ agir. Esta rigidez de pensamento tranca os sonhos simplesmente porque quero controlar os resultados.

E me faz pensar, como podemos dizer que confiamos em Deus se tudo que desejamos só depende do nosso esforço? Será que Deus é uma alegoria? Entendo, porque eu mesmo estou em cima do muro quando se trata de assumir uma posição. E ela não é tão fácil, porque – acho – não acredito em Deus, pelo menos a ponto de dizer:

– Ok, pode agir, cansei de esperar... que eu consiga... me curar... prosperar... amar.

E assim, abri mão de mim mesmo. Não reneguei, nem descartei o que todos acham que tenho que fazer. Mas percebi que precisava erguer minha autoestima sem que eu parecesse orgulhoso e egoísta. Enfrentei as autoridades usando outras armas. Se no passado eu renegava as opiniões daqueles que se apresentavam como a inteligência inquestionável só porque eu não queria assim, agora eu questiono a autoridade porque eu percebi que existem coisas que só dependem de mim. E se eu não admitir que posso me desvencilhar dos medos e receios para seguir além, quem o fará por mim?

E acreditar em Deus, de um jeito que jamais supus possível, é um deles.

Não pense que o que está escrito ou dito sobre Deus garantirá algum domínio, porque é exatamente quando aceitamos que isto está muito mais adiante da compreensão é que teremos respostas que virão de outra fonte -  a mesma aliás. As ‘metas’ são ótimas, mas existem meios muito mais hábeis.


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