domingo, 26 de junho de 2016

SINCRONICIDADE VS SERENDIPIDADE



Aliás, por muito tempo eu acreditei que o sincronismo fosse o que de mais incrível poderia me acontecer, mas eu percebo o quanto ele é limitador. Simplesmente porque tem como regra uma sensação de ‘o acaso vai me proteger enquanto eu estiver andando distraído’ que obedece à um desejo, mesmo que inconsciente, de recebermos o que supomos necessário. Jamais aceitamos algo que fuja ao nosso controle.

Por mais que eu deseje afirmar que me entrego de corpo e alma, só faço isso se eu entender que os resultados tem algum sentido para mim. Algum nexo com o que acho compatível com as minhas ideias, Uff.

E quando eu comecei a desistir desta segurança, percebi que eu estava atrasando o que deveria ter feito. O maior problema é que ele me direciona por caminhos que jamais pensei serem os meus. E eu poderia me revoltar por ser obrigado a desistir do meus sonhos, mas e se o que é apresentado se tornar maior e melhor do que qualquer sonho? Não se consideraria um idiota por insistir em querer algo que parecia confortável, porém andava a ritmo de lesma?

Pois bem, fiz e não me arrependo. E descobri que é mais forte do que a sincronicidade, é chamado de serendipidade. Apesar de ter um nome desagradável, quer dizer: A palavra Serendipismo se origina da palavra inglesa Serendipity, criada pelo escritor britânico Horace Walpole em 1754, a partir do conto persa infantil Os três príncipes de Serendip. Esta história de Walpole conta as aventuras de três príncipes do Ceilão, actual Sri Lanka, que viviam fazendo descobertas inesperadas, cujos resultados eles não estavam procurando realmente. Graças à capacidade deles de observação e sagacidade, descobriam “acidentalmente” a solução para dilemas impensados. Esta característica tornava-os especiais e importantes, não apenas por terem um dom especial, mas por terem a mente aberta para as múltiplas possibilidades.

Por causa disto comecei a estudar inglês, sem saber o porquê. E me surpreendo com a facilidade com que consigo aprender. E então comecei a escrever um livro para adolescentes, que nunca pensei em fazer, cujos assuntos caem em minhas mãos durante o processo como sinais de que estou certo. E as coincidências superam em muito qualquer insinuação de acaso. Chega a me assustar a quantidade de coincidências que soam como serendipidade...

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