quinta-feira, 30 de junho de 2016

EU NÃO ACREDITO EM dEUS.



Seria hipocrisia se falasse que acredito se eu faço exatamente o contrário, simplesmente porque fizemos dele a nossa imagem e semelhança. Quando escolhemos adjetivos corremos o risco de limitar o seu alcance. Eu não sei você, mas se ele é, digamos, perfeito, por mais que eu tente imaginar o que realmente signifique, jamais conseguirei.

Portanto não consigo entender porque ele precisa ser temido se de todos os adjetivos o que mais é falado é que Deus é amor. E como eu posso denegrir a sua imagem se...

Deus não pode ser um velho barbudo porque não faz sentido. E nem o motivo porque sofremos, porque ele foi imperfeito demais para criar o homem e coloca-lo no jardim onde existia a única coisa que não poderia comer. Errou em criar um ser imperfeito que não consegue se conter, errou por instigá-lo com ideias obviamente cobiçáveis. Culpou porque não soube o que era certo ou errado. Enfim, este não pode ser deus.

Por outro lado, os poucos que entenderem o que é Deus, foram deturpados por seus seguidores e estes por milênios de profetas que se autoproclamavam donos da verdade. O pior é acreditar que deus permitiu a criação de várias religiões com o objetivo de crescermos e evoluirmos conforme as regras vigentes pela sociedade. Não acredito que Deus se importe com nossas intrigas neste nível infantiloide, pois no final elas acabam servindo para alguma coisa, senão eu tenho que acreditar que deus é imperfeito o suficiente para ser sarcástico e vingativo. Ou que ele precise criar um diabo tão poderoso quanto ele para gerar conflitos imemoriais. Nem as histórias gregas são tão estúpidas.

Ou pior, quando tentam nos depreciar oferecendo a fábula de que estamos presos por carmas negativos ou pecados que mais geram outros do que se extinguem. E se você pensa que só estou fugindo das minhas responsabilidades, pode ficar tranquilo que sem este deus eu consigo respeitar, amar, admirar e ajudar todos. É claro que não sou como um santo, a vida me obriga a ser menos.

Sempre levamos a sério as palavras, mas pouco usamos para sermos melhores. Jesus, por exemplo, disse; “façamos ao próximo o que gostaríamos que fizessem conosco” ou “Pai nosso que estais...”, o que implicaria que não nos importamos de fazer o bem ou porque não nos gostamos ou que só seremos melhores se o ruim desaparecer. Ou que só Jesus é filho de Deus, e ele mesmo afirma que poderíamos fazer coisas melhores e maiores do que ele fez. Depois ele disse que o pai é nosso, pense.

Mas se você prefere ser o dono da verdade que impõe pense a respeito do que foi escrito. Todas as religiões são iguais, mas falam línguas diferentes porque somos diferentes, precisamos ter escolhas que nos façam sentido.

Por isso que eu prefiro dizer que não acredito em deus. Hmmm?

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