“Então disse
Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si
mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a
sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” –
Mt 16.24-25.
Um dos
termos equivalentes no hebraico para a palavra “vida”, usada no grego koine, aponta para o “eu”, o seu “ego”.
A vida do ser humano é o seu “eu”, o que ele é (natureza) e o que ele faz
(ações), a determinação da sua própria vontade.
Jesus aqui
aponta para o “ego”, para o que a pós-modernidade se acostumou a denominar
“amor-próprio”, “autoestima”, o que podemos denominar de “egocentrismo”. A
vontade do homem natural é deificada, seu ídolos entronizados em seu coração,
lugar onde DEUS permanece ausente. Diz A. W. Tozer: “O homem, por natureza, não
mais goza de paz em seu coração, pois DEUS não se acham mais entronizado ali
[desde a queda de Adão, no Éden]; pelo contrário, na obscuridade moral da alma
humana, usurpadores teimosos e agressivos lutam entre si, procurando ocupar
esse trono.”
Quando DEUS
deu um filho a Abraão este o idolatrou. O desenrolar foi dramático (ver Ge.
22.2). Devemos olhar para mais além das aparências, devemos ver que no coração
de Abraão estava entronizado seu único filho. DEUS o testa e o leva a um
decisão. DEUS pediu o sacrifício do maior ídolo de Abraão. Abraão poderia se
recusar e falhar, Certamente DEUS disporia outro homem, para a realização de
Seus Propósitos. DEUS não perderia nada. Mas Abraão perderia tudo! Há muitos
“Isaques” para os homens. Muitos ídolos que o atormentam. DEUS os conclama a
uma decisão. Se recusarem a rendição, perderão tudo!
O que você
não deixaria por CRISTO? Suas posses (bens materiais), seus parentes,
filhos(as), pais, namorados(as), ego, santos(as), religião? Pode ser algo nobre
ou vil, elevado ou simplesmente o seu corrupto comportamento depravado. Se não
o deixares aos pés da Cruz, em rendição, perderás tudo! E em prantos, na
eternidade, lamentarás e tardiamente perceberás que isto tudo nunca foi
realmente e absolutamente nada!
Tozer ainda
nos diz: “Esse apego grosseiro às coisas é um dos hábitos mais daninho da
vida...O Senhor Jesus não veio para destruir, mas para salvar. Tudo quanto for
entregue a ELE, fica em perfeita segurança, pois, na realidade, nada será
garantido enquanto não for entregue a ELE.” Pode, porém ser apenas um
sentimento de amor próprio que impede o homem de achegar-se a CRISTO. O ego é
tudo que rodeia o homem em seus propósitos seculares. Sua carreira, seus
amores, amizades, gostos e preferências, sua estima própria. Esta é sua vida?
Talvez seja este o teu caso?
O que farás
com esta vida? A tomarás nas mãos, desprezarás a DEUS, apegar-te-á a ela até o
fim?...Ou a depositarás aos pés do Salvador? Não poderás deixar de ser
confrontado com a necessidade desta decisão. Mais uma vez Tozer assim explica:
“Autopiedade...é um dos piores pecados do coração humano. Se queremos conhecer
a DEUS em crescente intimidade, precisamos palmilhar o caminho da renúncia.” O
salvo renunciou a si mesmo no calvário. E todos os dias toma sua cruz e morre
um pouco mais para o seu “amor-próprio”, para sua “autoestima”, para o seu
“ego”. Nada mais importa, pois a Graça de DEUS lhe deu tudo e ele não deseja
mais nada senão estar com o seu Salvador!
Você não
pode deixar de ser levado a este conflito. O que ocorreu com Abraão, um dia,
ocorre com todos os seres humanos. Se guardares tua vida, DEUS dará tua parte a
outro, e perderás tudo. Se “levantares a mão para a imolar”, sem reservas, DEUS
te dará tudo: perdão, salvação e adoção. Não poderás fugir a isso. Nem agora,
nem na eternidade!
Que farás,
amigo(a)?
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