quinta-feira, 11 de julho de 2013

como começa a autocura

Quando eu me referi às curas, estava dizendo que quase todos – senão todos – somos doentes em um dos aspectos ou em todos. Temos as doenças espirituais, que se constituem basicamente de influências externas. Estas influências externas, que provém de fora dos nossos pensamentos podem ser caracterizadas em obsessores – para aqueles que são muito espíritas -, em influenciações tanto ambientais como de espíritos que não são tão maus – os aspectos biomorfogenéticos também – e do meio e das ideias que nos cercam fisicamente e nos influenciam. 


Paul Weiss aplicou o conceito de campo ao estudo pormeno­rizado do desenvolvimento embrionário e, na sua obra PrincipIes of Development, fala dos campos nestes termos:
"Um campo é a condição à qual um sistema vivo deve a sua organização típica e as suas atividades específicas. Estas atividades são específicas no sentido em que deter­minam o caráter das formações a que dão origem. “

São os mesmos campos que permitem que os nossos corpos, constituídos de mais de 10 trilhões de células próprias e que abriga 100 trilhões de microrganismos de até 100 mil espécies diferentes, possam manter a coesão estrutural. São os campos que transmitem informações entre todos os seres vivos de modo que partilhamos de uma mente inconsciente coletiva. Estas informações podem assumir modelos que nos chocam, como o descrito por Murakami, Bruce Lipton e Paul Pearsall.

Durante muito tempo, de forma empírica, as pessoas se dedicam a orar e pedir a Deus e aos Santos, uma solução para os seus problemas de saúde, financeiros e familiares. Mesmo sem a certeza de uma solução, suas súplicas por vezes são atendidas. Esse fenômeno sempre intrigou a todos, até mesmo o mais cético: Como pode algo acontecer só pela fé ou pelo mero ato de pedir? Como uma súplica pode ser atendida pelo simples ato de ser pedido? É a mente quem produz essa resposta? O inconsciente? É um milagre? Isso se tornou uma incógnita também para os cientistas, e eles estão querendo desvendar esse mistério.       

Atualmente algumas pesquisas estão comprovando a importância dos nossos sentimentos, das nossas emoções e o quanto elas são responsáveis pelo nosso estado de saúde e doença. Muitos pesquisadores estão hoje trabalhando na área de neurociência, procurando entender o que acontece no cérebro de pessoas que oram, que meditam, que têm fé. 

O Dr. Bruce Lipton, no livro A Biologia da Crença, mostra a relação da célula ao seu núcleo. Descobriu que não é o núcleo da célula o mais importante e sim a sua membrana, aquilo que a envolve o que importa. E que por ser assim, somos influenciados pelo meio em que estamos inseridos, bem como por nossos sentimentos e pensamentos. Que não é a nossa genética a responsável por nossas doenças. Ela é apenas um código, mas somos nós quem o ativamos. Outros geneticistas também têm procurado desvendar o nosso código genético, na tentativa de entender a vida. Porém, quanto mais eles estudam mais percebem que existe uma complexidade.

O Dr. Kazuo Murakami, um dos cientistas que codificou o Genoma Humano, em seu livro O Código Divino da Vida, nos diz que temos na nossa cadeia genética todos os genes, para produzir tudo em nós, doenças, talentos, inclusive a genialidade e que seriam ativados através de um mecanismo de liga-desliga, acionado por nós. Segundo ele, existiriam genes benéficos e maléficos e que nós e o meio ambiente seriam os responsáveis pela ativação desse mecanismo.

Uma outra afirmação desse cientista é que seria muito pouco provável que o nível de organização que existe a nível celular tenha ocorrido ao acaso. Que deveria haver algo maior, que seria responsável por isso.  Segundo ele, alguns denominam Deus e ele prefere denominar Algo Maior – eu acrescento que também há participação da mente. O interessante é que quanto mais há um aprofundamento nas pesquisas, mais os cientistas se aproximam do intangível. Mas observam que existe um criador atrás da criatura.   Muito tem se falado em memória celular, e o que isso representa?
Vivemos num mundo de ilusão. Uma delas é que temos um corpo. Na verdade temos um aglomerado de trilhões de células e é o nosso cérebro que interpreta como corpo.
Quando nós temos emoções positivas acionamos os genes benéficos, quando temos emoções negativas acionamos genes prejudiciais a nós. Então, cabe a nós aprendermos a usar esse mecanismo para podermos ter os resultados que queremos. Isso nos dará infinitas possibilidades.
Espíritos como Jesus, Buda, Babaji, dentre outros, tinham consciência disso e sabiam usar com propriedade. O que mostra a elevação desses espíritos é que eles sabiam que não eram eles quem nos curavam. Que a cura é sempre autocura, e não nos enganavam. Jesus proporcionava o processo de cura e dizia: "A tua fé te curou", "vá e não peques mais", no sentido de dizer: vá e não repitas o mesmo, tenha consciência disso. Porém, pelo nosso desenvolvimento intelectual naquele momento não tínhamos condições de entender que tínhamos um código genético e uma chave que poderíamos abrir e fechar quando quiséssemos.
Até hoje, continuamos adoecendo, sofrendo, nos mortificando por questões que a nossa mente produz, a partir de uma realidade que muitas vezes não conseguimos modificar. 2010 anos depois de Jesus, ainda vivemos mecanismos iguais. Porém, é o momento de acordarmos e assumirmos a nossa vida e o nosso potencial de cocriadores. Para isso temos que quebrar alguns paradigmas. O desafio está em manter o pensamento positivo apesar das situações difíceis.

O Dr. Murakami tem um projeto que é provar a hipótese de que a felicidade, a alegria, a inspiração, a gratidão e a oração podem ativar genes benéficos.  Ele pesquisou em relação a  diabetes e o riso. Comprovou que o grupo que sorria com frequência ativava 23 genes diferentes e conseguia reduzir o seu índice glicêmico. Mas o que acontece com agente quando adoecemos? Nossa autoestima despenca – eu que o diga –, nos sentimos a verdadeira vítima e ajudamos a doença a nos matar. É fato. Está comprovado. Precisamos mudar o conceito de que a mente e o corpo funcionam separados. "Precisamos ter uma visão mais ampla de vida, e nos empenhar para encontrar o lado positivo de tudo que vivemos", nos afirma Murakami.

Não é a toa que os espíritos superiores vêm ao longo do tempo nos orientando a ter bons pensamentos e sentimentos, a nos resignar. A entender as situações como aprendizados e como um processo de cura do espírito. Porque só assim adquirimos autodomínio. E é por esse mesmo motivo que os espíritos não elevados – por vezes o próprio ego faz pior – insistem em atormentar a nossa mente, relembrando-nos fatos que a nossa consciência nos condena, nos estimulando a viver em sofrimento. Dessa forma continuamos suas presas.

Somos reféns de nossos pensamentos e sentimentos antes de tudo. E onde ficam guardadas todas as informações que nos coloca nessa posição? Na nossa célula. Precisamos estar atentos às mensagens que enviamos a elas. Precisamos saudá-las todos os dias. Obrigada minhas amigas. Que bom ver vocês funcionando tão bem hoje. Parabéns pelo ótimo trabalho!

O que todas essas pesquisas vêm nos mostrar é que os genes são a chave para o entendimento dos mecanismos naturais de cura e que a cura é sempre autocura. Os genes são o grande painel de controle do nosso corpo. E o coração onde entra nisso tudo? Ele é o grande gerador. É mais potente do que o cérebro. Ele nos indica o caminho e é por isso que nossos amigos espirituais e mestres nos ensinam o caminho do amor incondicional. Como diz Paul Pearsall em Memórias das Células, o coração ama e sente, mas você sabia que ele também pensa, lembra, comunica-se com outros corações, ajuda a regular o sistema imunológico e armazena informações que pulsam continuamente através de seu corpo?

Agora, se continuarmos esperando elogios e reforços positivos dos outros, se insistirmos na posição de vítima do destino e da má sorte, só atrairemos negatividade para nós. A ciência já comprovou isso. Até quando insistiremos por esse caminho? É tempo de Despertar. 

por Guaraciara Maia - jornadadeluz@gmail.com

Assim, estas influências são incorporadas ao nosso psiquismo, fundindo-se ao ego, mudando o modo como pensamos. Se estas mudanças forem incoerentes e o pensamento destituído de equilíbrio e de uma razão pautada no amor, surge a doença mental. É esta doença mental que criará as desarmonias que serão refletidas no corpo físico. Para algumas situações extremamente insuportáveis, estas doenças serão surtos psicóticos. Para situações suportáveis, porém indigestas, as doenças se comportarão segundo a intensidade e a natureza destes processos angustiosos. Para saber mais do que estou falando ouça a Dra. Cristina Cairo e a relação das doenças com os processos mentais. Nos seus livros sobre a Linguagem do Corpo ela narra o que as doenças querem dizer sobre o comportamento que as gerou. Não tenho porque negar, pois as suas explicações sobre mim foram exatas. Programa Linguagem do Corpo, Rádio Mundial, 11/01/12.



Tanto nos aspectos espirituais quanto nos mentais, as anomalias se alimentam do medo que surge com os pensamentos desconstruídos pela constante comunicação entre as impressões espirituais – insinuações sentidas e interpretadas erroneamente – e as imprecisões de um raciocínio alucinado. O que tende a piorar. As doenças físicas, mesmo parecendo uma derrota deste combate, desta comunicação incessante e virótica, serão mecanismos de autoregulação. O combate tem duas opções, chegar rapidamente ao ápice – ou seja, o fundo poço – ou procurar cessar. Em qualquer uma das duas, o objetivo é fazer o doente reavaliar os seus pensamentos, promovendo a transformação. Quase que uma parada técnica para o conserto, antes que a máquina falhe, morra. Por isso é tão doloroso a doença. Mas tudo isto pode acontecer em qualquer estágio da doença, até mesmo antes de sua manifestação física. Para tanto devemos sempre observar os nossos pensamentos. 


Como extinguir as causas de uma insatisfação? Você realmente acredita que Deus não está em nós? Quando eu ouvi que todo Mal passa pelo crivo da bondade de Deus, comecei o meu processo de cura. Se você realmente acredita que Deus é responsável por este Universo, e Ele pode tudo, está presente em todos os lugares em todos os tempos e sabe absolutamente tudo, o que te impede de aceitar que tudo deveria ser exatamente assim?!

Não se preocupe com o mal, ele não existe. Só é uma imprecisão de uma mente doente. Se as suas ideias errôneas forem extintas, o mal deixará de se manifestar. Eu sei que parece inconsistente o que digo. Mas o que te impede de atrair o bem? Sabia que isto é mais fácil do que se lamentar e esperar por um milagre? 


O maior milagre é você...

segunda-feira, 8 de julho de 2013

barganhar conosco


Sobre as curas mentais, de um comportamento em desequilíbrio que provoca anomalias físicas, tanto na bioquímica cerebral quanto nas funções das células dos mais variados órgãos do corpo, só podemos combater este comportamento com as mesmas armas.


A mente, sobretudo a mente inconsciente ou subconsciente, armazena os princípios adquiridos com a experiência. Ou seja, estabelecemos “leis pessoais” pautadas nas ideias experimentadas e que ficam armazenadas no subconsciente com o intuito de nos dirigir as ações conscientes. Costumamos chama-lo de ego. Infelizmente, a maioria de nossas ideias, aquelas que se tornam leis pessoais, verdadeiros protocolos a nos conduzir, surgem na infância e raramente são reavaliadas.


Qualquer conceito que apreendemos de forma equivocada se torna uma diretriz. Esta diretriz fundamentalmente nasce das observações de exemplos, em essência dos nossos pais, e passam pelo crivo de nossas experiências que são, de certo modo, corruptíveis. Por isso o valor dos primeiros exemplos, pais, na formação de experiências seguras que ficarão armazenadas na mente. Por isso somos o espelho de nossos pais. Por mais que neguemos as suas atitudes, e alguns até as odeiam, não podemos fugir de nossas “leis pessoais”. O que eu posso dizer é que estas leis não são absolutas, nem irrevogáveis, mas o primeiro passo é admitir que possuímos as mesmas falhas que observamos em nossos exemplos. Mesmo aqueles que admiramos possuem as suas fraquezas. Somos humanos ainda. 


Admitindo as suas fraquezas – eu me refiro a você e a mim –, é preciso aceitar que as ideias que construiu sobre determinadas ações também podem ter sido compreendidas erroneamente. A pouca experiência faz com que muitas das nossas admirações se consolidem antes de serem raciocinadas adequadamente. Uma mente saudável é aquela que se coloca constantemente em dúvida e reavalia os seus conceitos. Se este processo ocorrer depois de alguns anos, poderá ser difícil, até doloroso. Quase uma quebra de paradigma pessoal. Pode se apresentar como uma iluminação em alguns casos. Mas o maior ganho seria se ocorresse sempre que nossas ideias fossem surgindo, sem medo de rever. Admita que as suas ideias da infância jamais deveriam ter sido consolidadas a ponto de serem mantidas como “leis pessoais” por toda a vida. Toda ideia deve ser suplantada por outra melhor, senão qual a lógica de sermos seres racionais?


Qual a vantagem em se manter as ideias do passado, colhidas por uma mente frágil e suscetível a influências? Ou você ainda acredita que a mente não muda? Este é o papel das doenças, forçar e romper a carapaça de nossas ilusões.


Qual medo se esconde atrás de você e te impede de transformar a vida? Ainda se justifica com palavras como: Os meus pais faziam assim, portanto...


sábado, 6 de julho de 2013

barganhar com Deus




Falar de cura e milagre é falar sobre fatos totalmente distintos entre si.

Se me perguntassem – antes – diria que não percebia diferença se um milagre ou uma cura acontecessem diante dos meus olhos. Pois chega um momento em que a barganha com Deus passa a ser constante, especialmente quando nos sentimos sem saída, bloqueados por um medo absolutamente irracional. Os estágios anteriores, como a negação, a raiva e a aceitação de uma doença, e eu não me refiro somente às doenças físicas, são especulações que tentam compreender as razões porque estamos doentes. Eu estou falando para aqueles que passam ou passaram por uma condição tão drástica quanto à minha, de estar “temporariamente” doente. No meu caso, doença incurável degenerativa e desmielizante, mas podia ser qualquer uma das grandes enfermidades: doenças físicas, as doenças espirituais ou as doenças mentais que podemos destrinchar em males psicológicos, ilusões socioculturais, etc. Então as curas podem ser tanto físicas, mentais e espirituais? Não.

A cura é um processo que envolve estas três ações. Antes eu pensava que para sermos curados, bastava que os médicos interviessem com procedimentos científicos, remédios e/ou cirurgias. Mas, e nos casos incuráveis, onde a medicina não consegue se aprofundar? Surge o aspecto da fé, que está presente em todas as curas – mesmo que ela não aconteçam –, todavia ela atinge um aspecto mais intenso, tem que ser uma fé terapêutica, sobretudo. É necessário, antes de uma intervenção física, uma aceitação irrestrita. Da doença? Hum! Talvez.

Uma aceitação irrestrita de que toda doença é curável. Se tivemos a capacidade de cria-la, teremos a capacidade de extingui-la. Ainda não estou falando do milagre como algo inexplicável pelas leis naturais. A única diferença entre o milagre e a cura está em que uma ocorre quase que instantaneamente. Porém o processo é idêntico. A mudança ocorre de dentro para fora, aqueles que compreendem e se submetem – e aqui eu chamarei simplesmente de Deus –, podem acelerar a cura. Prestem atenção no seguinte vídeo:







Contudo nem todos são doentes físicos, pois toda doença surge de uma desarmonia mental que se reflete no espiritual e posteriormente se manifesta no corpo. Quando chega ao corpo, passamos a nos preocupar em sanar a causa, que sempre será de um desempenho intolerável. O psiquismo humano tende a se rebelar diante do que considera inaceitável. A doença é simplesmente a nossa oportunidade de rever os nossos pensamentos deturpados. Promovendo uma mudança de atitudes através das dores e dos medos. Mas vocês querem saber qual é a minha barganha com Deus, não é?

Não existe. Apesar de não aceitar a doença pelo que ela representa, eu aceito a saúde como um aspecto natural do ser humano, para uns as doenças constituem obstáculos, mas para mim, uma oportunidade de correção. Uma doença que tem uma cura que se estende a tempos, e eu diria que é uma cura crônica, tem suas vantagens, principalmente se as correções a serem implementadas exigirem uma total reformulação do que é certo ou errado. A minha certeza quanto ao seu êxito reside em que Deus é perfeição.

Talvez eu tenha barganhado, sim. Que esta oportunidade seja a mais benéfica possível, mesmo que às vezes eu me sinta depressivo ou desesperado, preciso confiar e esperar com paciência, ter fé é isso, não é?