Parece
inconsistente que eu diga que o melhor jeito de se extinguir o rancor, a raiva
ou o ódio, seja através de uma força de vontade em se colocar na vida do outro.
O outro que admitimos – veladamente – odiar, apesar de ser uma impressão mal
resolvida em nós. Ou seja, o ego.
Pôr-se nesta
situação desagradável não é simplesmente encenar tais jogos emocionais com o
intuito de extinguir a animosidade, ou pelo menos, compreender as ações que
tanto nos incomodam. Nem identificar aqueles defeitos “nossos” refletidos no outro, que devem ser quase impossíveis de
admitir.
Na realidade,
pôr-se no personagem não é mimicar – fazer
mímicas – os atos burlescos que observamos na sociedade, mas sim de
compreender, de uma vez por todas, que se tivéssemos passado por todas as
situações e vivências, expressaríamos nossas ações e respostas conforme o outro
nos mostra. O real objetivo de se vestir o personagem que transgredimos com o
nosso julgamento é de entender que estas experiências – mesmo que criem sofrimento ou se choque com as nossas crenças – são
ações válidas. Que obedecem às necessidades do espírito que depende e conta com
tais conflitos para encontrar felicidade e harmonia.
Ao aceitarmos
que o outro sofre por encontrar sua felicidade, conforme as suas crenças, e
desta forma burilando o seu caráter, a raiva cessa e uma sensação de gratidão
nos absorve como se estivesse nos falando: Agora eu te compreendo. Obrigado por
me ensinar a viver.
Porque também
destruímos as nossas ilusões de que poderíamos interceder com conselhos que
criamos pelo nosso julgamento, como se fossemos capazes de solucionar um
problema baseando-se tão somente nas nossas experiências. Se sofrermos por
saber as respostas, acalmem-se, não sabemos. Se neste conflito a nossa
participação é desnecessária até que seja solicitada. Mas que pode escolher
está além da nossa compreensão.
Uma porta se
fecha e Deus nos abre uma janela? Impossível, as portas e janelas jamais se
fecham, nós é que nos iludimos com ideias de autopunição, por uma culpa que talvez jamais tenha existido. E ao
aceitar que o outro aprenda com os seus erros estaremos garantindo que ele
permaneça no caminho da felicidade,
indiferente de se as nossas ideias forem contrárias ou não.
Para que o ser humano possa
compreender o significado da sua existência neste mundo e sentir a alegria de
viver, é imprescindível conscientizar a presença de Deus em seu interior e
compreender que Ele é a fonte de todas as glórias. Livro: Abrindo o Canal da Provisão Infinita
Vol. 8, p. 116 – Masaharu Taniguchi
A Arte de Entender o OUTRO.
Apesar do
dicionário nos fornecer a teoria, reconhecemos que a prática é difícil.
Julgamos as pessoas sob a nossa ótica e assim, fica difícil entender exatamente
o que se passa pela cabeça dela.
É difícil as
vezes entender que as pessoas tem um ponto de vista diferente porque enxergam a
vida por outro ângulo. É como ir ao teatro: quem senta no camarote tem uma
visão diferente de quem sentou na plateia, ou no canto. Mas todos estão vendo o
mesmo espetáculo. Naturalmente, quem senta perto da aparelhagem de som, tem uma
audição melhor do que quem sentou distante.
Assim é tudo
na vida. Muitas vezes queremos que as pessoas entendam nossos pontos de vistas,
mas pra que formem uma opinião sobre algo é necessário que consultem seus
arquivos internos, onde estão armazenadas suas experiências e suas conclusões,
que são em alguns casos, bem diferentes das nossas.
Porém, quando
um amigo não nos entende, não quer dizer que nos quer mal; as vezes ele quer,
erroneamente, nos conduzir pela trilha que acha certa, sob a ótica dele. E
discute conosco, porque teme que nossas decisões.
Em outros
casos somos nós que não entendemos o que a pessoa quis dizer com determinado
posicionamento; ficamos esperando que ajam da forma que estamos acostumados a
agir, esquecemos que elas tem outra história de vida e outra forma de pensar, e
que ela vai reagir diferente de nós em várias situações.
Entender é
uma arte.
Entender é
deixar a pessoa livre para agir da forma que quiser, sem imposições absurdas da
nossa parte.
Naturalmente,
ENTENDER não quer dizer CONCORDAR. Podemos perfeitamente entender a atitude de
uma pessoa que se embebeda até cair pra esquecer suas mágoas, mas nem sempre
podemos concordar com isso.
Para entender
as pessoas, basta que tenhamos em mente que ela é um ser único que vai agir de
acordo com os impulsos dela, por mais que isso contrarie nossa maneira de
enxergar as circunstâncias.
Devemos estar
sempre abertos ao entendimento mútuo, para que a jornada da vida se torne mais
leve para todos, especialmente PARA NÓS.
Pense nisso.
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