Faz um ano que eu comecei este blog, com qual objetivo? De escrever o que eu estava começando a entender. Sobre o
quê? A princípio, sobre todas as coisas.
Não pensem
que eu esteja me vangloriando de uma condição superior – que eu acredito que não existe em mim, nem nos outros. Calma, não
estou subestimando os seus conhecimentos, na verdade, eu estou profundamente
grato por repartirem comigo as suas experiências. Os seus problemas e suas
soluções, sejam doenças, conflitos ou simplesmente um momento de desabafo, são
sinais de que existem pessoas de carne e osso atrás destes números
que crescem.
Eu os
observo, aqueles que curtem, aqueles
que compartilham, os seus grupos e as
suas afinidades, aqueles que reclamam porque sofrem e daqueles que simplesmente
agradecem.
Somos como
elos de uma corrente de pensamentos afins que se conectam sem percebermos o seu
alcance. Se eu me propus a partilhar
estes meios – hábeis – para que
possamos eleger o melhor recurso, não é porque alguns esbarram em nossas ideias
e crenças que não podemos admitir que eles existem por um único desígnio:
oferecer nos uma alternativa para findar com o sofrimento.
Pessoas
poderão se beneficiar de alguns meios, mas nem todos servirão aos seus
propósitos. O objetivo é perceber quais
lições nos são proporcionadas. Só comecei a compreender estas palavras
quando ouvi esta frase:
“É tolice e desnecessário a uma pessoa
continuar sofrendo simplesmente porque não alcançou a iluminação, quando
esperava alcançá-la. Não há insucesso na
iluminação, portanto a falha reside nas pessoas que, durante muito tempo,
procuraram a iluminação em suas mentes discriminadoras, não compreendendo que
estas não são as verdadeiras mentes, e sim, falsas e corrompidas, causadas pelo
acúmulo de avidez e ilusões toldando e ocultando as suas verdadeiras mentes.
Se este acúmulo de falsas divagações for eliminado, a iluminação aparecerá.
Mas, fato estranho, quando os homens atingirem a iluminação, verificarão que,
sem as falsas divagações, não poderá haver iluminação”.
E Buda
também me presenteou com: “Um Buda é aquele
que compreendeu a Lei insondável e nunca antes revelada, pregando-a de acordo
com a capacidade das pessoas, ainda que seja difícil compreender a sua
intenção. Sharihotsu, desde que atingi a
iluminação tenho exposto meus ensinos utilizando várias histórias sobre relações
causais, parábolas e inúmeros meios hábeis para conduzir as pessoas e fazer com
que renunciem aos seus apegos a desejos mundanos. Qual a razão disso? A
razão está no fato de o Buda ser plenamente dotado dos meios e das perfeições
de certas práticas da sabedoria”.
Observo
de onde todos são, do que gostam, as suas famílias, enfim, do que realmente somos feitos. Somos além de religiões, ou pelo
menos das crenças, de limitações que não conseguimos romper e procuramos por respostas.
Se eu atendi às suas, foi porque
também são as minhas.
No início eu
desejava ensinar e descobri que mais aprendi.
Escutei conselhos que nasceram de meus dedos ou de “oráculos” que permeiam
todos os acontecimentos da minha vida. Aprendi a valorizar o inesperado e a desprezar as
expectativas e seus medos. Aprendi, também, que mais pessoas compartilham de
minhas ideias. Bem, nem sempre são
somente minhas.
Obrigado por
existirem, Mateus Göettees
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