sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

BLASFEMAR, PODE?

Depois de um longo ano sabático – mais um mês de experiência – devotado a blasfemar, um contrassenso exigido pelas minhas anomalias de caráter? Ou seriam por causa das verdades não tão verdadeiras que se colidiam em conflitos tão ou mais épicos do que os mitológicos. Em análise estive – ou ainda estou – como Teseu “pegando o fio de Ariadne”, ou seja, encontrando o caminho certo para resolver algum problema. Se bem que talvez não tenha um!

Que seja...

Se para seguir em frente, sair do labirinto, é preciso romper as regras – com perseverança, porque sem, nem precisa tentar, acredite. E romper as regras dói.

É blasfemar, porque no caso de você estar doente – como eu, incuravelmente doente – só precisa admitir que as crenças não passam de hábitos que repercutem por tanto tempo que elas se tornam leis e daí para se tornarem verdades basta um idiota – por vez – que acredite que o mundo é quadrado... Sabemos que bastam meias-verdades espalhadas na internet e elas serão corroboradas e então tais verdades...

Há uma citação geralmente atribuída ao escritor Mark Twain que diz: “Uma mentira pode viajar ao outro lado do mundo enquanto a verdade está calçando seus sapatos”. Mesmo porque esta citação jamais foi dita por ele, mas circula como se houvesse, comprovando que está mais certa do que nunca.


Então o que eu quero dizer com o é preciso blasfemar para que se chegue à Verdade? Pode ficar tranquilo, não precisa destruir, devassar, explodir ou implodir a sua Verdade. Só precisa entender que elas existem sem que precise de intermediários.

Se eu estou falando de religião? Óbvio que também.

E pensar que o impacto deste julgamento ou raciocínio nos obriga a mudar, de ideais, de crenças, de religiões, de sociedades, comece a mudar sua ideia de que buscar implica em trocar. Neste caminho você precisará das experiências, boas e más, para entender que as respostas mais simples são as verdadeiras.

Por fim eu me dei um HARD RESET. E um novo caminho surgiu, um em que basta o acaso agir e a mente vazia, sem ideias preconcebidas, absorva o que deve, Se bem que Buda já disse: “O primeiro passo para se livrar dos vínculos e grilhões dos desejos mundanos é controlar a própria mente, é cessar as conversas vazias e meditar”. Nada fácil, principalmente se “A natureza búdica existe em todos os homens não importando quão profundamente eles a ocultem com a cobiça, a ira, a tolice ou a soterrem com seus atos ou retribuições. A natureza de Buda não se perde nem é destruída, tão logo toda a corrupção seja removida, ele sai de sua latência e reaparece”.


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