Se tiver que escolher eu corro o risco de ficar preso em um círculo de suposições e indeterminismos que naturalmente aceitamos.
Por um lado isto garante uma certa segurança, os hábitos, as rotinas e as crenças estabelecem ‘certezas’ que, teoricamente, nos protegeriam das tempestades. Mas existem tempestades que fogem ao nosso controle, aliás, todas. Principalmente as emocionais, ou seja, todas. E se acontecerem envolvendo o ‘relacionamento’, e que é a grande maioria das tempestades, isto é, todas.
Porém a interferência neste padrão acontece. É quando somos obrigados a rever nossas atitudes, mudando hábitos, substituindo rotinas e revendo os valores de crenças. Doenças costumam fazer isto com precisão, somente para aqueles que se entregam a ‘observar’ onde elas mais exigem mudanças.
Dentro disto quem se nega a mudar... de qualquer forma eu aceitei que a segunda opção me dirigisse, deixei de estipular regras para a vida porque não consigo precisar como ela poderia ser baseado no presente. Maneiro, né?
terça-feira, 31 de maio de 2016
O 'LIVRO DE MATEUS' 29
sábado, 28 de maio de 2016
A 'VERDADE vs verdade
Não considero a verdade tão verdadeira assim. Estava observando (observo muito e tento não julgar como se fosse uma injúria para comigo) o quanto as pessoas usam a palavra verdade como uma desculpa esfarrapada às suas opiniões, ou seja, conforme a verdade de cada um ela pode ser o certo ou o errado. Mas também é o errado para que se define o certo, então esta verdade é fraca.
Nunca tinha me preocupado em ver o que dizem sobre a verdade e quando olhei no dicionário me surpreendi: propriedade de estar ‘conforme’ com os fatos ou a realidade; a fidelidade de uma representação em relação ao modelo ou original; qualquer ideia, princípio ou julgamento ‘aceito’ como autêntico; axioma; enfim, correspondência, adequação ou harmonia passível de ser estabelecida, por meio de um discurso ou pensamento, entre a subjetividade cognitiva do intelecto humano e os fatos, eventos e seres da realidade objetiva. Me surpreendi porque a definição da verdade ‘depende’ de um arquétipo, dependerá de quem define quais pontos devem ser considerados quando definirmos a verdade, ela é parcial. Mas porque eu tenho uma ideia totalmente diferente da ‘verdade’?
Não será possível determinar que a ‘verdade’ tem pontos imutáveis, imparciais e homogêneos? Eu vejo as pessoas defendendo (suas) verdades como se elas precisassem ser diferentes, em oposição. Considero uma degradação da palavra ‘verdade’. Para mim, ela sempre pareceu uma daquelas palavras que tem significado absoluto como a escuridão, que não tem parâmetros divergentes já que ela é absoluta. Mas palavras que também deveriam ser absolutas como o amor, acabaram sendo destrinchadas e ao se fazer isto, o amor e a verdade começaram a se esfacelar.
Temos a arrogância de – ao tentar explicar tudo – desvirtuar ideias que só fazem sentido se forem vistas no todo. Você não compra uma bela casa de praia se ela estiver no Alasca e nem se casa com que só tem pés maravilhosos – com exceção dos fetichistas.
Portanto a verdade é só uma, as religiões é que começaram com esta ideia de que as (suas) verdades deveriam ser as únicas. Depois foram reforçadas com a ideia de pecado e de competição...
Você deve ter me entendido...
Ou não.
quinta-feira, 26 de maio de 2016
O 'LIVRO DE MATEUS' 28
Se todas as nossas imperfeições são as mais claras provas de quem somos, porque só nos analisam através de um filtro de julgamentos e preconceitos, talvez eu tenha que me reconstruir se quiser mudar esta imagem que não sou, mas sou.
No âmago de nós existe a ‘contradição’ querendo que procuremos culpados para as nossas falhas, porém as falhas são nossas. Aff. Como convencê-lo de que são suas próprias falhas que se espelham nos outros? Mas eu não sou assim. Talvez a sua ‘cegueira’ esteja em encontrar similaridades antes de afirmar tais absurdos. Não é a similaridade das ações, mas intenções. A ‘raiva’ que sinto porque ele é preguiçoso é porque eu sou assim, mas como?
A preguiça dele é absolutamente visível, negligencia as suas obrigações, enquanto em mim ela pode ser invisível. A preguiça de romper o status quo, de deixar de ser submisso, de evitar ‘obrigações’, por isso me ofendo com o outro que a demonstra abertamente. Provavelmente ele nem deve estar ciente, melhor, sua preguiça nem deve ser grave, mas para mim dói porque ‘é o que mais odeio em mim’.
O esforço de mudar deve ser meu. Este mecanismo de nos projetar nos outros serve para percebermos nossos conflitos. Se a imagem fosse igual à minha, talvez nem percebesse os pontos a serem trabalhados. Se mostrar de forma diferente, dá a nós, a oportunidade de o quê jamais veríamos. No fim somos importunados por nossa presunção e negamos, principalmente porque temos medo de mudar.
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