Em alguns dos aspectos da ‘fé louca’ o que mais mexe comigo é a possibilidade de fazermos tudo com o poder da mente. Temos muitas histórias e poucas certezas, infelizmente o mundo criou as ferramentas que impossibilitam termos certezas destas histórias. Felizmente nunca tivemos tanto acesso a estas histórias tão incomuns...
Neste trecho do livro ‘autobiografia de um iogue’ de Paramahansa Yogananda, percebemos o quanto estamos longe de exercer esta capacidade inerente, inata.
Pediu-nos para acompanhá-lo ao pátio, onde esmurrou a borda de um muro; um tijolo, ao cair, espatifou-se no chão: pela fenda, comparável ao espaço de um dente perdido pelo muro, o céu mirou atrevidamente.
Sentia-me aturdido de espanto; pensei: quem pode remover de um só golpe um tijolo cimentado em sólida parede, deve poder, com certeza, arrancar os dentes de um tigre!
- Homens existem com força física igual à minha; falta-lhes, entretanto, a fria confiança. Os que têm corpos robustos, mas débil a mente, podem desmaiar à simples visão de um animal selvagem saltando com liberdade na floresta. O tigre, em sua ferocidade e ambiente nativo, é muito diferente do animal de circo alimentado de ópio! Muitos homens, porém, de força hercúlea, têm se visto aterrorizados e em abjeto desamparo, ante a investida de um tigre de Bengala. Assim, o tigre converteu o homem, mentalmente, em gato medroso. É possível a um homem, possuidor de corpo vigoroso e imensa determinação, inverter a situação e forçar o tigre a convencer-se de que é um gatinho indefeso. Quantas vezes o consegui!
Eu estava bastante disposto a acreditar que o titã à minha frente era capaz de realizar a metamorfose do tigre em gato. Ele parecia estar com a veia didática; Chandi e eu o escutávamos com todo o respeito.
- É a mente que maneja os músculos. A força de uma martelada depende da energia que nela se aplica; o poder expresso pelo corpo, o instrumento físico do homem, depende de sua agressiva vontade e de sua coragem. O corpo é literalmente construído e sustentado pela mente. Sob a pressão de instintos de vidas anteriores, fraquezas e forças infiltram-se gradualmente na consciência humana e expressam-se como hábitos que, por sua vez, constroem um corpo desejável ou indesejável. A fragilidade física tem origem mental; em círculo vicioso, o corpo enfraquecido pelos hábitos constrange a mente, Se o amo permite ao servo que lhe dê ordens, este se torna autocrático; assim também, a mente vem a ser escrava quando se submete aos ditames do corpo.
Sermos o que acreditamos poder ser ou sermos o que dizem ser possível ou impossível. A beleza está em que, quaisquer que sejam as suas escolhas, elas sempre estarão certas.
sexta-feira, 6 de maio de 2016
APROVEITAR A 'FÉ LOUCA'
quinta-feira, 5 de maio de 2016
O 'LIVRO DE MATEUS' 25
Se eu não estava de acordo com os meus mais perfeitos desejos provavelmente estaria em sofrimento. Como nós nos enganamos acreditando que a felicidade é um jeito perceptível, ou pior, de que não fazemos ideia do que é felicidade e projetamos um personagem que todos estão acostumados a chamar de felicidade.
Por um tempo eu acreditei que era bem-aventurado, mas não passava de uma máscara muito bem difundida, de que a felicidade é um jeito de ser que mais se parece com a dissimulação. Se não me livrar do meu personagem doente, ele se livrará de mim.
Se alguém tentava que convencer de suas verdades, usando de péssimos argumentos, eu me sentia indignado por não conseguir me desvencilhar. Porém por que me incomodava? Porque eu também era assim e não me dava conta. Apesar de parecer diferente, porque as minhas verdades soavam melhores, não estava deixando de ser igual. Queria tanto que me ouvissem, que as minhas verdades pudessem ajudar, que não percebi que estava ‘pedindo dízimo’ ou obrigando a me seguirem.
No passado eu me via encurralado dentro de mim. Tinha que admitir a minha mais hermética e soberba ignorância. Fui levado pelas minhas fraquezas ocultas, aquelas que, desesperadas e perspicazes, me carregaram em louros de um passado indigno que é o fundamento daquilo que sou.
Pus-me em defesa dos meus sentimentos ardilosos e, antes que pudesse ser levado por uma onda de depressão e amargura, invoquei a máscara da soberba com toques de uma tolice travessa. Percebi que o que mais odiava era ser assim.
Recuei, admito que é estranho me importar usando a impassibilidade. Indiferença que é respeito. Admitir que as verdades não precisem ser apregoadas, todos as carregamos dentro de nós. Talvez seja hipocrisia me impor...
terça-feira, 3 de maio de 2016
O 'LIVRO DE MATEUS' 24
Se o verdadeiro aspecto do amor é muito difícil de entender, deixamos nos levar pelas emoções que parecem entender mais do que nossa razão tenta estipular o que é amor.
Admito que todas as vezes que tentei conceituar amor acabei me decepcionando porque o que chamamos de amor – quase sempre – é apego, posse, controle, medo de estar só, aquele aspecto que usamos por sermos obrigados a submeter quem amamos por nos importarmos. Ou, no aspecto mais verdadeiro, poderíamos chamar o amor de compaixão, respeito, solidariedade, estima, admiração, etc. Mas é quando tentamos agrupar tudo que o amor se torna ‘maior’ e, sendo assim, incapaz de fazer se compreender.
Nesta união o amor tenta lidar com a autoestima, a estima pelo que consideramos importantes e o desprezo pelo que não nos é. Somos levados a aceitar as coisas como elas são porque fazemos parte de um grupo que define o ‘amor’ segundo suas experiências e denigrem as outras formas de amor.
Buscar respostas verdadeiras para problemas ilusórios nasce da vontade de nos reconstruir, de aceitar este vestígio luminar. Uma brecha no espírito quase indetectável que contém percepções, sensações e sentimentos indescritíveis. Mas, mesmo assim, muito pouco para fazer a diferença.
Esta impressão determina todas as nossas relações. E o amor é construído de variados meios pelo qual o amor é expressado. Um amor cheio de coragem pode ser sublime, mas também se tornar opressivo, controlador e possessivo.
“Todos os pensamentos e atos humanos se baseiam no amor e no medo. Tendo assim criado todo um sistema de pensamento sobre Deus baseado na experiência humana, em vez de nas verdades espirituais, vocês imaginam toda uma realidade a respeito do amor”. Neale D. Walsch, Conversando com Deus.
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