As coisas que acontecem em nossas vidas, por mais absurdas que soem, por mais obscuras que pareçam, por mais aleatório que afirmem, não são. ‘Tudo já está certo’.
Maktub é uma palavra em árabe que significa "já estava escrito" ou "tinha que acontecer". Esta palavra é considerada um sinônimo de "destino", porque expressa alguma coisa que estava predestinada ou um acontecimento que já estava "escrito nas estrelas". Neste caso, apesar de possuirmos o livre arbítrio, as coisas que acontecem já estavam destinadas a acontecer.
Parece incompatível, mas não é. É questão de hierarquia cármica. Hehehehehehehe.
Passei de julgador para observador e, de observante a observado, Desconsiderei as minhas observações e deixei o acaso me guiar. No início fiz papel de ‘neutralidade’ diante das conjunturas, mas aquelas que nos atingem como um soco eu não consegui ignorar. Melhor assim, sinal de que não estava deixando o acaso agir. É difícil se entregar às circunstâncias quando elas me mostram ‘insuportáveis’, porém é uma contramedida de nosso ego. Ou seja, ainda não estou completamente neutro. Ou seja, ainda não deixei de ser aquele que aprecia, analisa, pelo menos usando o bom senso, a razão, o discernimento.
ver 'TILT'.
Um bom aspecto a se perceber é que sempre criticamos aquilo que está escondido dentro de nós e acaba espelhado nos outros. Pelo menos eu percebo que, quando algo me incomoda, não é por culpa dos outros.
E logo me ponho a pensar onde estou ‘errando’, principalmente se o aspecto observado parece intragável. Não quer dizer que todos os sentimentos, que dizem ser errados, sejam. Muita coragem gera ousadia ignorante. E pouca coragem, uma covardia bajuladora... mas na dose certa pode parecer, aos outros, indiferença, intromissão, soberba, persuasão, etc.
Ufa. Pensar em agradar a todos é impossível e pensar que todos vão te amar, é ilusão. Por isso, neste mundo, temos muitas facções, contra e pró, segundo as variações que cada coligação determina e defende. Mas no fim é tudo o mesmo, pois ‘tudo já está certo’.
Não sou o que penso de mim, sou o que pensam de mim, porém posso fazer com que pensem que sou como quero ser. [???] Eis a questão.
E você não deve ter entendido nada do que escrevi, alias, entendeu sim, só não conseguiu ver. Eu também falho e caio em repetir algumas convicções que já não deveriam existir. Bastaria não me importar com o que não posso controlar. Não me importar sem que parecesse estar de costas, mas sim compreendendo que ‘tudo já está certo’.
E tudo pode parecer distinto, mas se eu só consigo ver que ‘as coisas’ continuam iguais, então nada mudou. Só quando eu aceitar e me libertar das minhas ilusões, talvez eu consiga seguir em frente.
sexta-feira, 8 de abril de 2016
SER OU NÃO SER.
quinta-feira, 7 de abril de 2016
O 'LIVRO DE MATEUS' 13
Se suas preocupações constantes sempre ficam enclausuradas nos hábitos já adquiridos, reflita o quanto a vida costuma ser inconstante e mutável e verá o quanto podemos nos ferir ou nos magoar apesar das nossas tentativas de nos proteger construindo muros.
Ademais é impossível prever tudo, basta uma ‘impossibilidade’ nascer e não teremos reação. Por mais que eu passe todo o meu tempo encolhido em reflexões sobre a possibilidade do impossível, jamais conseguirei absorver as sensações que surgem com o imprevisto, e nem o quanto ele estará conectado com outros sentimentos. Por isso você não entendera o que quis dizer ao sentir ‘alívio’ por ter uma doença incurável. Poderia ser um ato suicida de ideias autoflagelantes, mas não é/era.
Existem circunstâncias que jamais poderão ser classificadas para que possa fazer sentido aos outros. Por mais que eu transforme minhas sensações, sentimentos, julgamentos em um compendio, jamais poderei suplantar as suas impressões. Seu julgamento, suas crenças e ideias se fundirão às minhas e o resultado final será muito diferente do que eu propunha.
Aceito que você possa jamais entender o meu ponto de vista e, mesmo que eu seja detalhista, se algo não pôde ser explicado. Paciência.
Talvez a sua ideia sobre tudo tenha sido perfeito para você e o que eu escrevi/falei e você não entendeu como eu entendi, talvez, tenha sido o que precisava ouvir. Preste atenção aos seus [pré] conceitos, suas concordâncias e discordâncias. Isto dirá muito de quem você é.
terça-feira, 5 de abril de 2016
OPOSTOS.
Semana passada tive que me submeter a – mais uma – cirurgia espiritual. Não falo com pouco-caso, é que as coisas mudam sem nada mudar. Isto é, tudo pareceu diferente apesar de acontecerem as mesmas coisas. E aquela frase de Albert Einstein, ‘Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes’, pode não estar certa. Ou ter outros significados, porque a única constante não é tão imutável assim. A insanidade está em acreditar que, mesmo fazendo a mesma coisa, você pode mudar.
Suas ideias deixam de ser as mesmas e, mesmo que nada mude, quem você é, sim.
Portanto o resultado final mudou. Assim como as minhas percepções e necessidades. Nem sei como explicar um processo que parece o oposto do que pensamos comumente. Alguém que se angustia por não conseguir proteger os que ama e realizar os desejos porque está doente, acaba se frustrando quando não se revolta. Mas e se era para ser assim.
Quais oportunidades podem surgir através das limitações e desvios que a enfermidade obriga. Será que estou vendo errado? Será que a doença é o ‘caminho’ pelo qual escolho evoluir? Ou seja, dentro de um grupo – família –, eu sou uma das peças mais palpáveis, mas, talvez, não tão importante assim.
Ficou claro que todos estão obrigados a mudar se não quiserem sofrer, porém tem aqueles que vivem acreditando que suas ideias sobre como os outros devem reagir diante da mudança. Apesar de ficar mais evidente naqueles que não entendem os doentes e as doenças, incorporando imprecisões e medos que não existem, o mesmo acontecem com os enfermos que se fecham em seus sentimentos a fim de evitar que os que ama sofram. É um círculo de ‘se’ que redunda em atuações tragicômicas.
Não vi que quem precisava mudar eram todos, inclusive eu mesmo. Proteger com a omissão da verdade e mentiras acaba abrindo brechas que rompem em algum momento. Supor que não estejam preparados para me ouvir é abrir margem para suposições intoleráveis. Se me calo, ouvem o que deixo escapar através do olhar e posturas admoestadoras. E no fim julgam estar certos quanto ao que queríamos esconder. E explode.
Por outro lado, se tudo for explanado, talvez você descubra que alguém precisava que você ficasse doente para evoluir. E um filho pode aprender muito com a inversão de papéis, aliás, ele sabe muito. Todos nascem onde desejam e as dificuldades não passam de lições. Observe...
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