sábado, 17 de junho de 2017

MOUSE TRAP

Bom seria se eu pudesse compartilhar ‘uma solução’ e nem precisaria ser tão arrebatadora, nem tão científica, nem religiosa. Acho que ter todas as respostas é como responder se ‘quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha?’ e isso realmente importa? Quero dizer, quem garante que as minhas mais profundas reflexões filosóficas amparadas em teorias e práticas à enésima potência serão as corretas?

Por isso prefiro pensar que o problema se concentra no ‘labirinto’ e eis o que o grande Wikipedia diz:


“Um labirinto é constituído por um conjunto de percursos intrincados criados com a intenção de desorientar quem os percorre. [ ... ] Por exemplo, diz-se de um romance com enredo complicado ou cuja narração não é linear que é labiríntico.

[ ... ]

O labirinto originalmente, na Grécia, era um ambiente de experimentação, não uma prisão, onde seu percurso era mais importante que a saída.”


Na mesma moeda temos o dilema destino vs livre-arbítrio. Não conseguimos perceber que os dois agem conjuntamente. O rato tem ‘uma’ saída, mas no percurso precisa descobrir qual é o caminho correto. Isto é, se é que o caminho  mais rápido, sem obstáculos e mais curto poderia ser o único que tentamos criar. Usar a inteligência, a esperteza e a ação gigantesca como a única solução esperada para uma resposta plena de ‘acertos’, onde receberíamos os ‘prêmios’ por chegar à saída sem morrer.

No caso do game, o gato tem essa função de estragar os planos do rato, portanto, seria impossível estabelecer algum parâmetro de fuga que pudesse agilizar a ‘fuga’.

O problema é que nos ‘condicionamos’ a pensar em grupo, em pensar conforme o ‘rei’, ou seja, através daqueles que dizem saber a melhor saída. Mas estes são os que mais erram, pois ‘supõem’ estarem certos por conhecerem a resposta, ou pior, as respostas. No fim o labirinto só tem uma saída, mas muitos mapas e infinitos obstáculos movediços.

‘Aaaaarrrrgggghhh!’.

 Parece confuso porque fomos nós que criamos esse jogo. E ele não precisaria existir. A resposta é ao mesmo tempo simples e inacreditável porque não suportamos sermos discordados e então criamos sub-rotinas que nos apoiem em nossas resoluções complexas.

Sabe quando respondemos para uma criança: ‘Não, porque não!’ e ela retruca ‘Por que não?’, e voltamos a responder ‘Porque não, eu já disse.’ Então devemos responder objetivamente para que as crianças compreendam as suas ‘escolhas’?

Não.

Precisamos pensar se vale a pena perpetuar o erro só porque acreditamos ser o ‘certo’. E sendo assim continuamos revivendo os medos e os erros que sofremos e tentamos reinterpreta-los a fim de dar ‘uma cara nova’, mas isto é só maquiagem. O gato continua lá. E o modo como criamos a vida como um jogo cuja melhor solução é ser o mais rápido, o mais esperto e mais inteligente, acaba com o objetivo do jogo.

O labirinto originalmente, na Grécia, era um ambiente de experimentação, não uma prisão, onde seu percurso era mais importante que a saída. [não fui eu quem escreveu]

Por isso ainda estamos aqui. Quando percebermos que a solução é simples, não precisaremos sofrer. Pois tudo que nos acontece tem ‘um objetivo’ bem específico – e pessoal – que é o que escolhemos e por isso fazemos e sofremos.
Escolhemos culpar porque não admitimos estar errados em nosso princípios, em nossas crenças, só porque foram ditas por quem idolatramos, mas nós entendemos o que significa AMAR, por exemplo?

Ainda me assusto com as pessoas por elas considerem certas os feitos narrados em ‘livros sagrados’. CALMA. Não estou confrontando pessoas como Buda, Maomé, Jesus, Krishna e tantos – milhares – de construtores da ‘razão e do amor’. Considere-as uma só.

Só pergunto, qual a certeza do que os livros dizem uma ‘verdade inquestionável’? Já que foram redigidos por pessoas como eu e você? Não se menospreze, pois ELES mesmo disseram o quanto somos incríveis.

No gênesis fica claro que fomos criados à imagem e semelhança de Deus e eu não estou me referindo ao aspecto físico, e sim às todas as potencialidades de sermos um pouco ‘Deus. De podermos fazer coisas tão incríveis que consideraríamos ‘mentira ou milagre’. Quantas histórias e pessoas que conheci conseguiram usar um pouco deste poder e se curaram de doenças incuráveis – juro, estou tentando – ou uma infinidade de soluções consideradas milagres, mas não querem admitir. Até 200 anos atrás pessoas conseguiam se teletransportar ou levitar ou curar ossos partidos e assim que a ciência começou a controlar no que deveríamos acreditar, matamos Deus.

E da para entender quando criamos o Diabo e nos esquecemos de Deus, pois admitimos a sua grandiosidade e, ao mesmo tempo, Lhe conferimos o status de perverso e sádico por ter criando o ‘mal’? Sinceramente todas as imagens do ‘mal’ não passam de desculpas para nossas fraquezas e medos e maldades. SOMOS OS CULPADOS por todo o mal e preferimos vare-lo para baixo do tapete em vez de construir uma nova realidade.

Poderia ser fácil, mas temos que interagir. Imagine 7 bilhões de ratos se contorcendo num labirinto querendo respostas diferentes. Aqueles que se encolhem num canto escuro enquanto tem os desesperados por fugir.

O nosso objetivo nunca foi SOFRER ou aprender com os erros e sim ENTENDER o que precisamos. Eu precisei de uma doença – filha da puta, ops – para ter que mudar e no começo, aceitar outras realidades porque o gato estava me perseguindo implacavelmente e só depois eu percebi que eu não precisava fugir, porque chegar ao fim do caminho é irrelevante, a saída sempre foi uma história, uma miragem daqueles que acham que compreenderam as regras do jogo.

Bom, chega por enquanto. Mas preciso dizer que aprendi a AMÁ-LOS como são. Gosto de todas as religiões e conceitos científicos e pessoas. Posso até não entender, mas aceito que foram as suas escolhas e as diferenças existem para nos enriquecer. Ops, deixa para depois...

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