Bom
seria se eu pudesse compartilhar ‘uma solução’ e nem precisaria ser tão
arrebatadora, nem tão científica, nem religiosa. Acho que ter todas as
respostas é como responder se ‘quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha?’ e
isso realmente importa? Quero dizer, quem garante que as minhas mais profundas
reflexões filosóficas amparadas em teorias e práticas à enésima potência serão
as corretas?
Por
isso prefiro pensar que o problema se concentra no ‘labirinto’ e eis o que o grande
Wikipedia diz:
“Um
labirinto é constituído por um conjunto de percursos intrincados criados com a
intenção de desorientar quem os percorre. [ ... ] Por exemplo, diz-se de um romance
com enredo complicado ou cuja narração não é linear que é labiríntico.
[
... ]
O labirinto originalmente, na Grécia, era um
ambiente de experimentação, não uma prisão, onde seu percurso era mais
importante que a saída.”
Na mesma moeda temos o dilema destino vs
livre-arbítrio. Não conseguimos perceber que os dois agem conjuntamente. O rato
tem ‘uma’ saída, mas no percurso precisa descobrir qual é o caminho correto.
Isto é, se é que o caminho mais rápido,
sem obstáculos e mais curto poderia ser o único que tentamos criar. Usar a inteligência,
a esperteza e a ação gigantesca como a única solução esperada para uma resposta
plena de ‘acertos’, onde receberíamos os ‘prêmios’ por chegar à saída sem morrer.
No caso do game, o gato tem essa função de estragar os planos do rato,
portanto, seria impossível estabelecer algum parâmetro de fuga que pudesse
agilizar a ‘fuga’.
O problema é que nos ‘condicionamos’ a pensar
em grupo, em pensar conforme o ‘rei’, ou seja, através daqueles que dizem saber
a melhor saída. Mas estes são os que mais erram, pois ‘supõem’ estarem certos
por conhecerem a resposta, ou pior, as respostas. No fim o labirinto só tem uma
saída, mas muitos mapas e infinitos obstáculos movediços.
‘Aaaaarrrrgggghhh!’.
Parece
confuso porque fomos nós que criamos esse jogo. E ele não precisaria existir. A resposta é ao mesmo tempo simples e
inacreditável porque não suportamos sermos discordados e então criamos sub-rotinas
que nos apoiem em nossas resoluções complexas.
Sabe quando respondemos para uma criança: ‘Não,
porque não!’ e ela retruca ‘Por que não?’, e voltamos a responder ‘Porque não,
eu já disse.’ Então devemos responder objetivamente para que as crianças
compreendam as suas ‘escolhas’?
Não.
Precisamos pensar se vale a pena perpetuar o
erro só porque acreditamos ser o ‘certo’. E sendo assim continuamos revivendo os
medos e os erros que sofremos e tentamos reinterpreta-los a fim de dar ‘uma
cara nova’, mas isto é só maquiagem. O gato continua lá. E o modo como criamos
a vida como um jogo cuja melhor solução é ser o mais rápido, o mais esperto e
mais inteligente, acaba com o objetivo do jogo.
O labirinto originalmente, na Grécia, era um
ambiente de experimentação, não uma
prisão, onde seu percurso era mais
importante que a saída. [não fui eu quem escreveu]
Por isso ainda estamos aqui. Quando percebermos
que a solução é simples, não precisaremos sofrer. Pois tudo que nos acontece
tem ‘um objetivo’ bem específico – e pessoal – que é o que escolhemos e por
isso fazemos e sofremos.
Escolhemos culpar porque não admitimos estar
errados em nosso princípios, em nossas crenças, só porque foram ditas por quem
idolatramos, mas nós entendemos o que significa AMAR, por exemplo?
Ainda me assusto com as pessoas por elas considerem
certas os feitos narrados em ‘livros sagrados’. CALMA. Não estou confrontando
pessoas como Buda, Maomé, Jesus, Krishna e tantos – milhares – de construtores
da ‘razão e do amor’. Considere-as uma só.
Só pergunto, qual a certeza do que os livros
dizem uma ‘verdade inquestionável’? Já que foram redigidos por pessoas como eu
e você? Não se menospreze, pois ELES mesmo disseram o quanto somos incríveis.
No gênesis
fica claro que fomos criados à imagem e semelhança de Deus e eu não estou me
referindo ao aspecto físico, e sim às todas as potencialidades de sermos um
pouco ‘Deus. De podermos fazer coisas tão incríveis que consideraríamos ‘mentira
ou milagre’. Quantas histórias e pessoas que conheci conseguiram usar um pouco
deste poder e se curaram de doenças incuráveis – juro, estou tentando – ou uma
infinidade de soluções consideradas milagres, mas não querem admitir. Até 200
anos atrás pessoas conseguiam se teletransportar ou levitar ou curar ossos
partidos e assim que a ciência começou a controlar no que deveríamos acreditar,
matamos Deus.
E da para entender quando criamos o Diabo e
nos esquecemos de Deus, pois admitimos a sua grandiosidade e, ao mesmo tempo,
Lhe conferimos o status de perverso e sádico por ter criando o ‘mal’?
Sinceramente todas as imagens do ‘mal’ não passam de desculpas para nossas
fraquezas e medos e maldades. SOMOS OS CULPADOS por todo o mal e preferimos
vare-lo para baixo do tapete em vez de construir uma nova realidade.
Poderia ser fácil, mas temos que interagir.
Imagine 7 bilhões de ratos se contorcendo num labirinto querendo respostas
diferentes. Aqueles que se encolhem num canto escuro enquanto tem os
desesperados por fugir.
O nosso objetivo nunca foi SOFRER ou aprender
com os erros e sim ENTENDER o que precisamos. Eu precisei de uma doença – filha
da puta, ops – para ter que mudar e no começo, aceitar outras realidades porque
o gato estava me perseguindo implacavelmente e só depois eu percebi que eu não
precisava fugir, porque chegar ao fim do caminho é irrelevante, a saída sempre
foi uma história, uma miragem daqueles que acham que compreenderam as regras do
jogo.
Bom, chega por enquanto. Mas preciso dizer
que aprendi a AMÁ-LOS como são. Gosto de todas as religiões e conceitos
científicos e pessoas. Posso até não entender, mas aceito que foram as suas
escolhas e as diferenças existem para nos enriquecer. Ops, deixa para depois...
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