quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O AMOR EXISTE, MAS...

Talvez, o que eu gostaria de mostrar para você seja impossível de demonstrar ou ensinar. Mas não pense que eu sou exceção e esteja tentando sufoca-lo com uma ideia ou sentimento ou arrogância só minha. A primeira coisa que devo informá-lo é que, independente de você me entender, ou aceitar – em parte, o que eu digo –, ou discordar, ou rejeitar, ou simplesmente ignorar, todas as respostas estarão certas. Porque é preciso fundi-las se quiser ter a Verdade. A Verdade é composta do todo, essa ideia de que tudo é separado entre o bem e o mal só deforma a Realidade.

Mas essa é outra história.

Sobre o amor, depois de definir a sua abrangência nos perguntamos: - Então, se tudo o que disse/dizem sobre o amor é o quê? Tem mais? Sim, muito mais, porém não parece amor. Nós fragmentamos o amor para ver se entenderíamos melhor suas particularidades.

Tem a compaixão: sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor.

E a caridade: ato pelo qual se beneficia o próximo, especialmente os pobres e os desprotegidos; favorável em relação a alguém em situação de inferioridade (física, moral, social etc.); compaixão, benevolência, piedade. Etc, etc, etc...

Mas elas dependem de que usemos a imaginação e emprestemos os nossos sentimentos para que tais situações nos comova. Em qualquer situação eu me envolverei emocionalmente desde que eu injete minhas experiências. Meu envolvimento não será falso, pois todos já fazemos assim por natureza. Eu me envolvo na dor e na compreensão do outro, não por sentir piedade ou compaixão, mas por recriar em mim tais panoramas.

Não estou querendo diminuir o amor, estou querendo mostrar que esperamos amar mesmo quando não queremos, é louvável. Todos os dias eu vejo dor e sofrimento e extraio, de mim, amor e compaixão e caridade. Entretanto saber e não agir é o mesmo que não saber.

Tem mais, me deixe pensar melhor...

#amorexiste

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

AMOR EXISTE?

O amor que compreendemos é definido como uma forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais; atração baseada no desejo sexual; devoção de uma pessoa ou um grupo de pessoas por um ideal concreto ou abstrato. Só isso? O dicionário se restringe a definir amor como algo palpável, nascido por causa dos relacionamentos que nos importam.



Acho muito pouco. Alias, para mim amor é tão diferente disto que corro o risco de cometer mais uma blasfêmia ao me esclarecer. Amor não é um produto, mas um serviço. Não posso barganhar – com quem quer que seja – para manter ou conquistar o amor. Não posso chamar de amor algo que viaja de um extremo a outro de uma gangorra emocional. Se o amor é tão sublime por que ele pende entre amor e ódio? Quero dizer, será que o que chamamos de amor é só um resíduo deste? Se você remover o amor, o que sobra de uma relação?

Dois meses atrás estava pesquisando sobre Fé, fé em Deus, acreditar em Deus. Porque eu queria entender como se constrói esta fé. Por base religiosa sempre estive diante de uma dicotomia entre fé raciocinada e fé cega e percebi que, por mais que foquem em só uma, elas tem suas razões de existir.

Devo admitir, por mais que eu afirmasse ter fé, bastou ouvir que a minha fé era pouca que eu desmoronei. E a impressão de que eu sabia o que era fé é tão vaga e imponderável quanto sobre o amor. Como eu as pratico? Nunca havia pensado que era preciso compreendê-las. Simplesmente usava as palavras.

Se você pensar a respeito do que significa[ria] amor e fé, talvez se surpreenda ao perceber que suas ideias são confusas e contraditórias. Se não fizer o que chamamos de amor, o que sobra?

Amor é o princípio que cria e sustenta as relações humanas com dignidade e profundidade. O amor espiritual nos leva ao silêncio e este silêncio tem o poder de unir, orientar e liberar as pessoas. Quando o amor é aliado à fé, isso cria uma forte fundação para iniciativa e ação. O amor é um catalisador para mudanças, desenvolvimento e conquistas. - Brahma Kumaris

#amorexiste



sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

BLASFEMAR, PODE?

Depois de um longo ano sabático – mais um mês de experiência – devotado a blasfemar, um contrassenso exigido pelas minhas anomalias de caráter? Ou seriam por causa das verdades não tão verdadeiras que se colidiam em conflitos tão ou mais épicos do que os mitológicos. Em análise estive – ou ainda estou – como Teseu “pegando o fio de Ariadne”, ou seja, encontrando o caminho certo para resolver algum problema. Se bem que talvez não tenha um!

Que seja...

Se para seguir em frente, sair do labirinto, é preciso romper as regras – com perseverança, porque sem, nem precisa tentar, acredite. E romper as regras dói.

É blasfemar, porque no caso de você estar doente – como eu, incuravelmente doente – só precisa admitir que as crenças não passam de hábitos que repercutem por tanto tempo que elas se tornam leis e daí para se tornarem verdades basta um idiota – por vez – que acredite que o mundo é quadrado... Sabemos que bastam meias-verdades espalhadas na internet e elas serão corroboradas e então tais verdades...

Há uma citação geralmente atribuída ao escritor Mark Twain que diz: “Uma mentira pode viajar ao outro lado do mundo enquanto a verdade está calçando seus sapatos”. Mesmo porque esta citação jamais foi dita por ele, mas circula como se houvesse, comprovando que está mais certa do que nunca.


Então o que eu quero dizer com o é preciso blasfemar para que se chegue à Verdade? Pode ficar tranquilo, não precisa destruir, devassar, explodir ou implodir a sua Verdade. Só precisa entender que elas existem sem que precise de intermediários.

Se eu estou falando de religião? Óbvio que também.

E pensar que o impacto deste julgamento ou raciocínio nos obriga a mudar, de ideais, de crenças, de religiões, de sociedades, comece a mudar sua ideia de que buscar implica em trocar. Neste caminho você precisará das experiências, boas e más, para entender que as respostas mais simples são as verdadeiras.

Por fim eu me dei um HARD RESET. E um novo caminho surgiu, um em que basta o acaso agir e a mente vazia, sem ideias preconcebidas, absorva o que deve, Se bem que Buda já disse: “O primeiro passo para se livrar dos vínculos e grilhões dos desejos mundanos é controlar a própria mente, é cessar as conversas vazias e meditar”. Nada fácil, principalmente se “A natureza búdica existe em todos os homens não importando quão profundamente eles a ocultem com a cobiça, a ira, a tolice ou a soterrem com seus atos ou retribuições. A natureza de Buda não se perde nem é destruída, tão logo toda a corrupção seja removida, ele sai de sua latência e reaparece”.